pintura de Gustav Klimt Danea
A VIDA SEGUNDO QUINO
“...penso que a forma na qual a vida flui está mal. Deveria de ser ao contrário: Um deveria morrer primeiro, para sair disto de uma vez. Logo, viver num asilo de idosos até que te tirem quando já não és tão velho para estar alí.
Então começas a trabalhar, trabalhar por quarenta anos até seres suficientemente jovem para desfrutar da tua reforma. Imediatamente festas, boémia, drogas, álcool. Diversão, amantes, noivos, noivas, tudo, até que estejas pronto para entrar na secundária.
Depois passas à primária e és uma criança, que gasta o tempo a brincar sem responsabilidades de nenhum tipo.... Logo passas a ser um bebé, e vais de novo para o ventre materno, e ai passas os melhores e últimos 9 meses da tua vida flutuando num liquido tíbio, até que a tua vida se apaga num tremendo orgasmo...
ISSO SIM É VIDA!!!.”
40 comentários:
olá antónio, eu já conhecia esta teoria de vida perfeita. não posso imaginar um modo de me apagar melhor do que esse mas, infelizmente, a vida não nos dá esta escolha, não é?
Hoje, regresso a mim e pernoito na magia do sonho.
Beijinhos embrulhados em abraços
Nunca pensei nisso mas era tão bom que fosse assim. Podia-me reformar com 25 anos e assim poder gozar a reforma com saúde e grande vigor. Assim não, graças ao Sócrates, nem sei se aos 70 me dão a reforma.
Uma óptima ideia a defender por todos os que já passaram dos setenta. Alguém que organize um abaixo assinado a propor esta alteração à mãe Natureza. Quero começar o ciclo de vida mas com dispensa dos 40 anos de trabalho que já custaram muito suor. A não ser que seja trabalho de assessor de político.
Um abraço
Isso seria uma bela vida... Também gostaria de a ter assim... Muito boa esta tua sátira humorística...
Um Abraço Fraterno
A vida segundo Quino parece apetitosa, à primeira vista e porque as atenções se fixam no último parágrafo da exposição...
Mas, já imaginaste que se assim fosse, o ser humano, insatisfeito como é, por natureza, desejaria logo mudar o ciclo de vida?
Cá para mim, deixava tudo como está e alterava só a forma da morte... Pelo menos assim as pessoas morriam em estado de prazer...
Lucia pois não e é pena!
Que bom sonhar para nos elevar-mos das coisas mesquinhas.
beijos envoltos em sonhos
Caro Antonio Delgado, e não terminaria nesse orgasmo. Os espermatozóides, e óvulos começariam em sua viagem de volta às origens, terminando ensacados no homem e entubados nas trompa menstruadas da mulher.
Parabéns pela criatividade, deveria ser assim mesmo.
Abraços.
Papagueno, de facto a ideia é maravilhosa esta a do Quino. e outro dia ouvia o meu pai dizer que afinal Deus não é um ser perfeito se não teria feito seres ideais e não à sua semelhança...que se deterioram aos poucos durante varios anos de forma penosa até se estinguirem por completo. Depois com governantes como Socrates mais temos a certeza que a criatura divina é mesmo imperfeita.
amigo A. João soares, Eu seria dos primeiros a subscrever, porque a ideia de trabalhar 40 anos é muito longa e imagino aqueles que tem de fazer coisas que não gostam e exigem muitos sacrificios. Assessor de facto é um grande emprego infelizmente só ao alcance dos mais incapazes!
CAro Ludovicus é mesmo bem disposta esta sátira. Mas que faz imaginar lá isso faz.
Um abraço fraterno
OH, Maria Faia? Essa de morrer de prazer não gosto...mas desaparecer por prazer, como quino refere, fascina-me.
Nao e, mas talvez deve-se ser!
Gostei da ideia de nos finar-mos com um tremendo orgasmo!
Saudacoes serranas d'Algodres.
Ola amigo Carlinhos Madeira, pois eu também acho que sim. E para mim uma coisa teriamos certa era que os nosso objectivo neste mundo era mesmo o prazer da criatividade. Obrigado pela passagem.
Um abraço fraterno
Amigo Al Cardoso obrigado pela sua visita e não tenho a menor duvida que a vida assim seria muito mais saudavel e alegre. E finar ou melhor, desaparecer num orgasmo seria mesmo o FIM.
Um abraço fraterno.
Antonio
Não me restam duvidas de que seria esta uma vida de sonho...
Mas sabem que mais(?) eu sou uma autentica apaixonada pela vida, esta, como a conhecemos, como a vivemos, com estes tempos todos.Adoro o sol, a chuva, a familia, a terra onde vivo e aquelas outras onde já vivi, adoro os meus 48 anos, sabe-me tão bem olhar para trás e ver que fiz alguma coisa...pouca para o que gostaria, mas olho para a frente e penso que ainda terei algum tempo para mais algumas coisas que queria muito fazer...O pouco ou muito que possa ter feito nesta vida faz-me dizer "ADORO VIVER..."
Até sempre
Ana Branco
epa, olhem que o trabalho de assessor de politico não é nada fácil. vocês imaginam o problema que o assessor do sapinho deve ter no pescoço por passar a vida a abanar a cabeça para dizer sempre que sim ao seu patrão?
tenha dó, caro joão soares, nem sabe o que a vida deve ser dificil para esse homem...
Não conhecia esta "A Vida Segundo Quino" Mas como seria bom se a Vida fosse assim!!!
Olá António,
Devia ser curioso andarmos em sentido inverso.
Por essa ordem de raciocínio, ninguém ainda tinha nascido.
Estávamos todos dentro do útero das nossas mães.
Mas não deixa de ser engraçado!
Um abraço
Estimada Ana Branco, suponho que todos nós ( António Delgado e comentadores), partilham desse AMOR e gratidão por esta vida. Mas também é verdade que de forma biológica não temos outra. Na questão do gosto e em jeito de provocação pergunto-lhe: será que a ANA teve outras alternativas... incluindo a biológica?
A ideia do Quino é divertida pela possibilidade que nós seres humanos temos em imaginar e, sinceramente não me importava de experimentar...mesmo sabendo que a curiosidade mata! mas será que a vida tem sentido sem ela?
Cordialmente
António Delgado
Cara Lúcia, é capaz de ter alguma razão no que diz, mas quem corre por gosto não cansa e quem se parece junta-se!
Um abraço.
António Delgado
Estimada XReis, pois eu também penso que sim e deveriamos poder escolher entre esta nova opção e a conhecida.
Um abraço
António
Estimado Mario,
Era a mesma coisa só que o processo era inverso. Surgiamos da terra e desapareciamos no orgamos. A ultima parte da vida seria a primeira e esta a ultima.
Um abraço fraternal
Antonio Delgado
Meu caro António
Agrada-me essa ideia de voltar ás origens, mas com uma condição:
- quando chegar-mos ao tal orgasmo, que tenhamos a possibilidade de voltar a nascer outra vez.
Isto por cá é tão bom...
Um grande abraço
José Gonçalves
seria una buena vida, un paraiso especial
que estes muy bien, besitos
besos y sueños
Uma boa perspectiva... It would be nice. Um abraço.
Amigo Delgado,
Passei aqui meu amigo, para desejar um excelente fim de semana!
Um abraço
Caro José,
Por cá porque é o unico lugar que a memoria recorda. Lembre-se que somos um produto hibrido produzido pelo feliz encontro de um esperma e um ovulo. Qualquer dos dois tem vida propria.
Um abraço.
Antonio
Ola Freyja, pois sim linda.
que bueno seria verdad?
Besitos
António
Dear Mary,
I thing so that you say!
greasts
Anthony
Obrigado Mario para si também um excelente fim de semana.
Pois parece-me muito bem esta inversão da lógica das coisas...
Fiz uma viagem curta de Peniche até aqui. E dei a viagem por muito bem empregue. Ofereço o caminho inverso - os meus versitos.
Um abraço
Mel de Carvalho
www.noitedemel.blogs.sapo.pt
www.maresiademel.blogs.sapo.pt
Obrigado Mel,
Pela sua visita irei fazer essa viagem de caminho inverso em direcçao a Peniche.
cordialmente
Antonio Delgado
Belo texto, boa escolha, como não poderia deixar de ser, vindo de si, caro António Delgado. O mundo às avessas! Nunca deixou de me seduzir a ideia de chegar a velho - tal como estou agora - e voltar aos trinta anos para viver a vida com a sabedoria que agora, eventualmente, adquiri. Só temo a ironia de Fausto: ter de pagar um preço por tão parco prazer...
Pior ainda. Acordar com trinta e, afinal, ter esquecido tudo o que de positivo a existência me trouxe até agora. De forma que, digo-lhe, prefiro pôr às avessas tudo o que há para corrigir no decorrer normal da existência. Será assim? Ou é melhor ao contrário?
Um abraço amigo
António:
Esta visão do Quino é curiosa, realmente!
Bela pintura do Klimt!
Obs: Não sei se já tiraste o texto traduzido de algum lado, mas atenção por favor às traduções, para que o texto não soe a espanhol traduzido para português.
Não leves a mal esta observação por favor. É apenas construtiva!
Um abraço.
Amigo Jorge Borges
da idade e da morte e as implicações socioculturais aplicadas a estas duas realidades sempre me cativaram, porque encontro nelas a essência da vida e onde muitas das nossas fobias se geram. Dai encontrar no texto do Quino um bom referente para uma reflexão, ainda por cima em jeito de humor. Mas a ideia da postagem prende-se igualmente com a insatisfação que há no ser humano em todos os momentos da sua vida relativos à sua condição física e sócio/profissional: quando é pequeno quer ser grande, quando é jovem quer ser adulto e quando é maior de idade gostaria de voltar a ser jovem...é constante a insatisfação vivemos num mundo mas sonhamos com outro e a literatura universal esta pejada de exemplos quer sobre a forma de utopia que sobre a forma de mitos que nos relatam esta constante humana. Será essa a sua principal característica? Viver de uma maneira e sonhar outra?
Obrigado pelo seu excelente comentário
Um abraço fraternal
António Delgado
Amigo JP Sineiro,
Claro que não vou levar a mal... porque iria? A tradução foi feita por mim e talvez haja dois ou três aspectos nela que possam estar mais próximos do castelhano, mas deve-se tão só a que sou bilingue e não pretendi andar longe do próprio escrito original.
Um abraço
António Delgado
Que bom sería. O sonho é livre e não há delatores que o denunciem.
Abraço e bom domingo
Sim é livre amigo Zé Povinho e nem com as novas tecnologias ou planos tecnologicos conseguem.
Um abraço e obrigado pelo comentario
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