quarta-feira, novembro 12, 2008

HELCOBATIAE

HELCOBATIAE
“Caminhos diferentes, para um lugar de encontro”
Galeria Exposições, Ala Sul, Mosteiro de Alcobaça
Inauguração: Sábado, 16 Horas, 15 de Novembro 2008

GRUPO MENSAGEM



Helcobatiae é o título da exposição de cinco artistas ibéricos que se inaugura no sábado, 15 de Novembro na Galeria de Exposições da Ala Sul do Mosteiro de Alcobaça. Quatro pintores e uma escultora, portugueses e espanhóis, representando cinco vozes e expressões que na partilha de experiências, vivências, cultura e arte se encontram em Alcobaça.
A iniciativa é do Grupo Mensagem, criado em 2007 e que aposta na natureza ibérica dos seus componentes como elemento central de união. Partilhando conhecimentos dos dois lados da fronteira e apostando em levar essa experiência a públicos portugueses e espanhóis, o Grupo Mensagem quer desenvolver expressões e intercâmbios culturais de todos os tipos, retratando tanto os aspectos únicos como os pontos comuns entre as gentes ibéricas.
Este é um movimento que aposta na mensagem, no comunicar mais longínquo, mais célere e mais intenso de sentimentos, experiências, dúvidas. Que caminha para criar espaços e vivências, no âmbito das artes plásticas, assente num cenário onde o observar e o sentir têm continuidade, como bases do suporte artístico. Mais que só um espaço de acção colectivo, este é um movimento onde transparecem os pilares emocionais de cada um, o medo, a nostalgia, a alegria, o encanto, a esperança, o desejo. Sem limites.
Pretende promover exposições individuais e colectivas de Artes Plásticas que reúnam artistas portugueses e espanhóis com colecções que reflectem essa mensagem ibérica. Passos numa constante de intercâmbio sócio-cultural e artístico, tendo como ponto de partida a visão de uma cultura comum, de uma Península que se expande pela Europa e se projecta no Mundo.
Mais que dar a conhecer a obra de artistas dos dois países, em espaços de relevo cultural e artístico, este colectivo de artistas aposta tanto na divulgação dos traços individuais de cada um como na apresentação dos laços que os unem como vozes da cultura e da arte ibérica. A ligação ibérica dos artistas é um dos elementos centrais do projecto que aposta na apresentação tanto de artistas espanhóis em Portugal como de portugueses em Espanha, desenvolvendo um processo de intercâmbio que hoje é já patente em muitos dos aspectos do relacionamento entre as gentes de Espanha e de Portugal.
Em nenhum dos casos pretende este projecto assumir contornos políticos que vão além do que é a aposta na difusão artística e cultural e na partilha de experiências comuns. As gentes de Portugal e de Espanha há muito que mantêm laços sócio-culturais fortes, que se evidenciaram desde sempre ao longo da fronteira, mas que agora se alargam a outros espaços.
Nunca, como hoje, os laços entre Portugal e Espanha foram tão fortes, tão dinâmicos, tão amplos e tão profícuos. É um momento oportuno para cimentar essa proximidade, ajudando a que artistas de ambos os países trabalhem em projectos conjuntos que permitam difundir a sua obra e a sua voz.



As cinco vozes da exposição Helcobatiae:



Luís Flores – “Cielo, Água y Tierra”
Natural de Jaen (1952), cursou os estudos de Bellas Artes na Escola Superior de San Fernando em Madrid. Ao longo das últimas décadas realizou dezenas de exposições individuais e colectivas em vários pontos de Espanha e Portugal onde recebeu vários galardões pela sua obra.
Três partes importantes para um cenário de vida. Nele representamos sentimento, sensações, vivências compartidas. Com elas damos forma a uma obra criativa, plástica, literária, musical e todas as suas variantes, que no mundo da criação se fazem presentes, num apaixonado afã de comunicação entre os homens.
Perez Gabrielli – “Un Mundo Interior”
Nascida em Madrid, Espanha, em 1952.
Licenciada pela Academia de Bellas Artes de San Fernando da Universidade Complutense de Madrid em 1974. Professora de Pintura da Casa de Cultura de Majadahonda Carmen Conde em 1986.
Incluída no dicionário de Pintores e Escultores Espanhóis do Séc 20.
É na expressão do rosto, no raio fugaz de um olhar, na cadência das mãos… na penumbra dos interiores carregados, onde vive e late a alma de personagens, e de garrafas e de fruteiras, peras, limões… É todo esse conjunto, que faz de fio condutor para um mundo interior. Mundo de Alma, intemporal e vibrante.
Castro Viçoso – “Os Caminhos da Cor”
Natural de Lisboa (1957), tem o primeiro contacto com o mundo da arte com a ajuda do Professor Eduardo Zink que despertou a sua paixão pela cor, pela observação das formas e pelo desenvolvimento da criatividade. Os primeiros trabalhos foram executados com materiais da natureza: madeira, argila e pedra.
Quando me encontro entre as quatro paredes do meu atelier, o meu espírito evade-se e vagueia nos traços e na cor. Os "caminhos da cor " é mais uma experiência no meu acto de criar, em que não me lembro de ter utilizado o mesmo estado de espírito para duas telas.
I Tavares da Silva – “Diálogo Geométrico”
Natural do Funchal (1947) participa em exposições colectivas desde 1969. Licenciada em Belas Artes pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, completou cursos complementares de Pintura além de outra formação académica adicional. Professora de Artes Plásticas e Geometria descritiva, colaborou em vários projectos culturais, incluindo a criação do parque 25 de Abril em Queluz e em ateliers de artes decorativas.
Como no passado académico, a certeza geométrica, fria, continua na minha resposta de hoje, numa procura de 'calma lúdica'. E se este estado de espírito conseguir atrair, envolver os olhares expectantes e arrastá-los em cumplicidade, será certamente o mais valioso retorno, e a certeza de que não foi em vão.... dialogar convosco.
S Vieira – “In-ti-mismo”
Natural de Lubango, Angola (1967) S. Vieira completou licenciatura e mestrado em Antropologia Social e Desenvolvimento, tendo trabalhado em várias organizações não-governamentais e multilaterais. Tem o primeiro contacto com o mundo das artes, ainda jovem, através da dança e do ballet.
Esculturas que transpiram como mutações internas e exteriores, patentes no movimento que, ironicamente, se encerra na pedra, moldada em corpos, nem sempre evidentes. Momentos de contorção e de extensão, de esforço, mas também de leveza, onde se mistura o silêncio do movimento e o bailado das posturas, tudo menos naturais.
ESTÃO DISPONÍVEIS FOTOS DAS OBRAS. CATÁLOGO DISPONÍVEL NO DIA DA INAUGURAÇÃO.