sábado, maio 05, 2007

ALCOBAÇA CAPITAL DA MAMA




Caros amigos e leitores:
A propósito da reconfiguração do terreiro do mosteiro entregue ao arquitecto Byrne vejam o texto seguinte. Foi extraído das conclusões do estudo encomendado à SaeR (Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco) e dirigido pelo Ex- Ministro da Economia e Finanças prof. Ernani Lopes, do PSD, que, segundo o sr. dr. Sapinho, é “um técnico de alto gabarito”. O Estudo foi publicado pela Câmara Municipal de Alcobaça sob o título de “Avaliação Estratégica das Condições de Desenvolvimento do Concelho de Alcobaça”. As citações que publico aqui foram também mostradas aos cidadãos de Alcobaça pela C.R.E.P.M.A., em circular enviada à população em 14 de Junho de 2004. –Pergunto:
Qual foi o interesse da Câmara em inflacionar o custo da operação em 50%?
Não haverá um conluio de amiguismo na Câmara?
O dinheiro gasto a mais não poderia ser utilizado em obras realmente necessárias em zonas muito carenciadas e totalmente abandonadas por este elenco camarário?
Serão os decisores da Câmara dignos da nossa confiança e capazes de gerir as contas do Concelho?
Não haverá corrupção e desvios de dinheiro por detrás disto tudo?


Não deixa também de ser preocupante a promoção de intervenções relevantes desinseridas de uma estratégia global, como por exemplo a requalificação da zona envolvente do Mosteiro de Alcobaça, e que podem, apesar da sua inegável necessidade e qualidade, não só ver comprometida a sua eficácia (por falta de coordenação temporal com intervenções complementares essenciais) como também criar padrões financeiramente incomportáveis e bloqueadores de acções subsequentes (não existindo argumentos que justifiquem grandes discriminações qualitativas, ou se mantêm o mesmo nível de investimento, ou não se faz, como já aconteceu com o parque de estacionamento de apoio ao Mosteiro.” Pag. 401,402

Na página 439 do mesmo estudo, pode ler-se:
0 Projecto de requalificação da área envolvente do Mosteiro de Alcobaça, abrangendo uma área de intervenção da ordem dos 30.000 m2 de áreas exteriores, foi posto a concurso recentemente com o preço base de 7 milhões de Euros, e está em vias de adjudicação por cerca de 5 milhões de Euros acrescidos de IVA, valor considerado excepcionalmente elevado (cerca de 175€ por m2, o que significa um desvio da ordem dos 50% face aos valores padrão para intervenções de elevada qualidade, e que não parece estar justificado por dificuldades adicionais, tais como o desvio de infra estruturas).”
Ps.