sexta-feira, agosto 29, 2008

FEIRA DE S. BERNARDO DE ALTO GABARITO



A vida humana tece-se na sucessão do tempo: tempo: dias e noites, semanas, meses, estações, equinócios e solstícios, anos. E, na sucessão de etapas vitais, nascimento, infância, adolescência, maturidade, velhice e morte. Estes momentos e fases estão pontificados por celebrações e ritos festivos. Por meio destas cerimónias cíclicas a colectividade transforma o percurso da vida em celebração de tudo o que afirma, singulariza e quebra a rotina. As festas, com os ritos e cerimónias que lhes dão carácter, convertem-se assim na expressão da criatividade popular, e são elementos muito importantes da cultura que o povo vai elaborando ao longo do tempo e naquele em que vive.

É neste contexto que se deve enquadrar o dia festivo para o concelho em memoria do fundador da ordem de Cister (São Bernardo). O dia proporciona, ainda, e durante uma semana, uma feira designada de S. Bernardo na sede do concelho, evento que acaba por ser uma mostra de produtos oriundos das actividades económicas do concelho (e não só) e ponto de encontro entre alcobacenses e forasteiros. O evento é muito criticado por alguns quanto ao modelo em que se concebe e defendida por outros (os que não sabem fazer melhor e vivem enquistados no tempo). Mas a verdade é que o modelo pelo qual se regula a feira de São Bernardo está ultrapassado.


Propomos aos leitores uma pequena volta pela feira.