domingo, outubro 25, 2009

1ª. AMOSTRA ERÓTICO-PARÓDICA DAS CALDAS DA RAINHA

grupo de jovens difusores do evento pela cidade

Notas soltas sobre o pénis


Desde os tempos mais arcaicos, este órgão foi venerado como um símbolo. Na sua história, Heródoto descreveu um culto fálico entre os egípcios: “num andor era transportado um enorme falo que as mulheres aclamavam em delírio pelas ruas”.
Em Portugal há quem veja nas noivas de Santo António e no culto a este santo reminiscências de práticas semelhantes.
Em Alcobaça conhecem-se vários lugares onde as mulheres com problemas de concepção ou de casamento se iam “encomendar” no séc. XVII; antigos cultos que a igreja católica “nacionalizou” e que hoje se vêem sublimados igualmente na Senhora do Leite e na Senhora de O.

Na actualidade, o culto ao falo, ainda se encontra um pouco por todo o mundo, mas é mais visível nos lugares onde o catolicismo não conseguiu destruir formas religiosas primitivas, como fez em alguns por onde passou.
Há em certas zonas do planeta reproduções de enormes pénis dispostos pelas ruas como monumentos. Eles têm simultaneamente carácter religioso, simbólico e estético, e são visitados por casais que se encomendam a estes ídolos pelas mais diversas razões, mas sobretudo para tentar solucionar problemas de procriação.
Em Portugal a religiosidade “fálica” está reflectida e sublimada nalgumas das formas que referi.
Entre as várias coisas que celebrizaram as Caldas da Rainha encontra-se o artesanato caracterizado por um falo ou fazendo referencia a ele. Uma espécie de ídolo, que o tempo transformou em símbolo de identidade desta característica cidade.

A linguagem popular também está impregnada de muitas referências ao falo, ele é utilizado como modelo ou unidade métrica de todas as coisas. Tudo é bonito, grande, feio, bom, elegante, alto, rico, como o... dito cujo! E quando alguém nos diz que choveu como o... dito cujo, sabemos de imediato que foi algo diluviano. Apesar do símbolo que o grafismo linguístico sugere, nunca entendi ao que se refere um homem, quando diz que uma mulher é boa como o... dito cujo! Ou que isto ou aquilo é bom como o...”coiso”! Será que este padrão utilizado por machos assenta no conhecimento efectivo do modelo?

Pela via da saúde pública, o falo ganhou de novo relevo entre a população masculina, não só pela suposta diminuição do seu tamanho, mas também porque, pela boca dos cientistas, está a diminuir a quantidade de espermatozóides. No entanto, parece que é o tamanho que preocupa o macho (ver DN 18/2/2001 e 26/2/2007). Muitos homens não estão satisfeitos com a dimensão do seu pénis e querem-no maior. Este problema afectou de tal forma a saúde pública em Moscovo, que foi criado um hospital com serviço de urgências para pénis, 24 H ao dia (El País 24.2.2001).

Em Espanha, um recente estudo feito a 582 homens entre os 22 e os 75 anos, revelou que a medida média espanhola do pénis é entre os 7,1 cm e os 12,43 cm (de 12,43 cm e a mínima 7,1cm). Os resultados, ao que parece, são similares aos de outros países, mas detectou-se nos inquiridos deste país um “pavor ao micro pénis”, que parece ter provocado uma espécie de síndroma da medição, fazendo com que muitos verificassem se a longitude do seu obedecia aos padrões mínimos de 7,1 cm flácido e 12,43 cm na posição de máxima extensão.

Os outsiders podem recorrer a um programa de alargamento. Não atando-lhe uma pedra, mas através de aparelhos de atracção mecânica de tecidos do organismo, numa cirurgia de alongamento. Além disto falou-se na criação de uma “associação de pénis sem fronteira”, para regular as desigualdades entre países que têm cidadãos com pénis maiores e os que tem pénis menores: uma intenção que resvalou, segundo parece, nos loobies dos preservativos. Talvez o genoma seja a esperança no combate destas assimetrias: aguardamos!

Por sua vez, as mulheres, estão ocupadas com outro tema. O antigo dito que o tamanho não é importante, mas sim a forma como se usa, recobra actualidade. A este dito deve-se juntar um outro, “não há mulheres “anorgásmicas”, mas sim homens inexperientes”. A questão está num invento recente que anda na boca de todas e que possibilita à mulher chegar ao orgasmo apertando apenas um botão. Segundo parece, com um implante sensível e um simples comando à distância, a mulher pode ter orgasmos sublimes. Ao médico que descobriu casualmente este sistema, a primeira mulher que o provou ter-lhe-á dito: “o doutor tem de contar ao meu marido, como fez isso”. A mulher levantou-se da mesa de operações com lágrimas de felicidade e o médico em honra a Woody Allen, pretende que o seu descobrimento se chame Orgasmatron. No entanto ainda não está decidido como baptizará comercialmente a descoberta.

Suponho que os comandos à distância estejam estritamente personalizados, senão imaginem alguém, inadvertidamente, a pô-lo em funcionamento e a provocar, por engano, um orgasmo na vizinha; ou que o comando caia nas mãos de um sabotador e este o utilize, para alguém ter orgasmos múltiplos, em momentos e lugares indevidos... Bem, depois do Viagra, agora isto! A ciência e a tecnologia surpreendem-nos sempre, ao ponto de agora nos fazerem “orgasmar” de estupefacção!


Parabéns aos organizadores da 1ª. Amostra erótica - paródica de Caldas da Rainha. TERRA DAS MALANDRICES.
Evento original que incentivo a visitar.



sexta-feira, outubro 16, 2009

MAPA MUNDIAL DA SAÚDE



Não só a Gripe A ameaça o planeta, como dizem alguns. A evolução de epidemias e pandemias vão muito mais além e têm uma grande variedade de nomes. Para informar existe o Mapa da Saúde (Health Map) (clic aqui). Um mapa mundial de alertas epidémicos desenvolvido em meia dúzia de idiomas, onde o Português também se encontra. As suas fontes englobam desde a Associação Internacional para as Doenças Infecciosas (AIDI), até à Organização Mundial de Saúde (OMS) e as notícias do Google. Entre as doenças catalogadas e no activo destacam-se: vírus do Nilo Ocidental, Dengue, Gripe Aviar, Encefalitis Equina, Peste, Ebola, Febre do rio Ross…e as habituais pneumonias, Gripe e Varicela.

segunda-feira, outubro 12, 2009

OUÇAM COM ATENÇÃO (SOBRE A GRIPE A)

CAMPANAS POR LA GRIPE A from ALISH on Vimeo.

Faço a sugestão para ouvirem atentamente este vídeo com um abordagem sobre a gripe A. Um discurso de uma religiosa da Catalunha, doutora em Saúde Publica. Recomendo vivamente.

O texto que se segue a azul é a tradução daquele que se encontra em espanhol na pagina onde se aloja o vídeo.

TERESA FORCADES, doutora em Saúde Pública, faz um reflexão sobre a história da GRIPE A, apresentando dados científicos e inúmera as irregularidades relacionadas com o tema. Explica as consequências da declaração de PANDEMIA, as implicações políticas que derivam dela e faz uma proposta para manter a calma e um apelo urgente para activar mecanismos legais e de participação cidadã em relação a este tema.

Estamos a traduzir e a legendar CAMPANAS em inglês e provavelmente a outros idiomas depois ao ( francês, português, alemão, italiano, russo...). Se alguém quiser ajudar a fazer a legendagem que se ponha em contacto e nós coordenamos! Muito obrigado aos que já se puseram em contacto comigo e me ofereceram a sua ajuda!

sábado, outubro 10, 2009

CHULA DOS PARTIDOS




Ontem acabaram as campanhas políticas finalmente…ufff. A QUADRIANAL FEIRA DO BARRETE, como é para alguns, acabará por certo. Iremos estar livres durante algum tempo…assim espero!

Um amigo fez-me chegar este êxito da música portuguesa dos anos 70. Uma musica que é um apanhado da visão popular sobre os partidos . Concebida nos tempos eufóricos do 25 de Abril e as eleições livres que eram uma grande novidade. A musica enquadra-se no género, pimba contestatário (
ouvir original todo aqui).
Recomendo ouvirem atentamente a estética da letra, salpicada que está com a visão popularucha de então sobre os partidos. Um verdadeiro documento antropológico. Antológica! Riam a bom rir como eu fiz …caso tenham vontade obviamente.
Amanhã não deixem de votar.

sexta-feira, outubro 09, 2009

PREMIO NOBEL DA PAZ ATRIBUÍDO A BARACK OBAMA

A minha singela homenagem a um líder que muito admiro
Ver repostagem no El Pais ( clic aqui)
Uma visita à Casa Branca na era Obama (clic aqui)
WGN 720 Radio: anúncio do prémio em Oslo (clic aqui)

quarta-feira, outubro 07, 2009

ALCOBAÇA: POLITICO PROCURA-SE


Procura-se político socialista (no sentido amplo do termo), com experiência, curtido na vida política mas não corrompido. Procura-se um político predestinado, cuja ambição política esteja no dia-a-dia e não no posto que aspira ardentemente para amanhã ou em quimeras irrealizáveis, que usa e abusa unicamente para se afirmar. Procura-se político que não esteja interessado em benefícios económicos, e vaidades pessoais, mas apenas em servir os seus concidadãos. Procura-se homem com as costas largas, que saiba receber tanto um mandatário estrangeiro como fascinar-se pelas gentes mais humildes e carenciadas do concelho e pelas vendedoras na praça de Alcobaça.
Seria tranquilizador, mas não indispensável, que tivesse preparação e formação académica de nível superior (porque nunca é demais para o caso de o quererem humilhar nalguma entrevista), e que fosse sobretudo humano. Apreciar-se-á ainda o talento para rodear-se de uma equipa de técnicos competentes e honestos que possam superar as suas eventuais carências.
Procura-se político de raça, que faça do posto que lhe seja proposto o objectivo absoluto da sua vida. Procura-se político educado, que não despreze a ironia nem a experiência para polemizar com o adversário. Procura-se político honrado, pouco dado a reciclagens. Alguém apaixonado por esta terra.
Não é imprescindível que tenha nascido aqui, de facto há muita gente que não nasceu cá. O votante não lhe vai exigir credenciais de tipo localista, nem requerimentos de tradicionalista, como comer todos os dias “Maçã de Alcobaça”, “Frango na Púcara” ou beber a “Ginja de Alcobaça”. Muito menos a obrigação de usar algum tipo de roupa feita com “Chita de Alcobaça” ou vestir-se de monge para receber dignitários.
Também não se exige que saiba se o “Senhor fulano tal”, estava ou não na “Tal Reunião ” ou no “Tal Jantar ”, nem se exige que esteja vestido com um fato elegante na 1ª fila da inauguração da “Feira de S. Bernardo” ou na das “Tasquinhas de S. Simão”. Tão pouco se exige que vá ao “Cine Teatro”, que esteja em todos os Jantares dos “Rotários”, que vá à feira dos “Doces Conventuais” ou que assista às palestras - sempre do mesmo - nas esplanadas do Rossio. E muito menos se exige que saiba trautear “Quem passa por Alcobaça”, ou recite de memória a letra desta cantiga, todas manhã em frente ao espelho. Detalhes como estes devem ser substituídos e compensados com uma verdadeira vocação de serviço à população do concelho e com igual orientação para resolver os problemas desta castigada terra.
Excluindo os oportunistas que surgem apenas em tempo de eleições, ou aqueles que politicamente não são peixe nem carne mas descaradas incubadoras de desígnios obscuros e albergues de um ou outro marombista da pior espécie, que para a ocasião se travestem de moralistas e supostos executores de projectos que ninguém conhece ou pode provar. Não consigo entender que entre os políticos que medram e outros que aspiram a qualquer coisa, não haja um cujo sonho seja o de ser verdadeiramente candidato à Presidência da Câmara de Alcobaça com vocação de missionário.

O lugar que os eleitores lhe oferecem é uma pechincha!
Necessita-se de um candidato livre, não manipulável nem subserviente a qualquer tipo de poder, interesses, grupos e esoterismos ou que tenha de demonstrar que é mais da terra que ninguém. E sobretudo que não pretenda engordar o orgulho localista do eleitor com mentiras e promessas que não cumpre, mas que se dedique a praticar uma política progressista e sem adjectivos, unicamente à medida das necessidades do concelho e das suas populações que tanto merecem e almejam.
Haverá mesmo algum ?

segunda-feira, outubro 05, 2009

FREY PIROLITO DE CISTER

Em 1994 foi criada a figura do “Frey Pirolito de Cister”, que teve muito sucesso num dos jornais locais sem tutoria eclesiástica.

Após o Estado Novo, segundo creio , no concelho de Alcobaça apenas houve jornais tutelados pela igreja. A história da imprensa de Alcobaça ainda continua por fazer. A aludida criatura “emergia”da história de Alcobaça, que como se sabe é terra de monges, sendo que certos personagens do folclore local até se vestem de frades para receber dignitários do estado.….Enfim!
O autor do Frey Pirolito de Cister cedo começou a receber cartas de admiradores e de alguns detractores. Havia telefonemas para a redacção do jornal, porque o seu criador tinha a virtude, tanto através de imagens como de escritos, de provocar amargos de boca a certo tipo de mentalidades e àqueles que sempre têm feito de Alcobaça um espaço por vezes irrespirável e absurdo, onde a liberdade individual não se respeita, e onde medram alguns personagens esquizofrénicos, ocultos em aparente anonimato, comportando-se como os bufos delactores dos tempos mais obscuros e tristes da nossa história passada e recente, como no período da inquisição e no da “Outra Senhora”.
Aquilo que em 1994 era criticado ainda está em voga nos nossos dias: o tabu sobre o sexo no interior da Igreja católica e a moralidade que esta instituição apregoa neste campo. Qualquer pessoa minimamente atenta à natureza humana se indigna com os escândalos de índole sexual dos clérigos católicos, à excepção dos transgressores do voto de castidade. Este é a causa de alguns dos males desnecessários existentes no interior da Igreja católica. Basta recordar, por exemplo, a história da religiosa Marta O´Donohue, coordenadora do programa sobre a Sida da Caritas Internacional e do Fundo Católico à Ajuda e Desenvolvimento, que denunciou em 1995, violações sexuais feitas por padres sobre noviças, em 23 países e que o Vaticano reconheceu existirem; as histórias de pedofilia relatadas frequentemente em jornais e televisões; os escândalos financeiros e as incursões da igreja católica na política do estado.

Valha-me Deus….. Santíssima!

Quem me conhece, sabe que tive educação católica e que não abdico dos seus princípios, mas também sabe como sou intransigente com valores. Preocupa-me ver, na minha terra, cidadãos com veleidades políticas invocarem persistentemente a Igreja Católica para almejar os seus intentos. Fazem-no possivelmente para encobrir sandices, já que a ética pessoal, por muito que se esgravate, não se encontra . Que dizer de quem acoita semelhantes marombistas ou de quem os tutela?
Recordando o desenho, que é o que interessa neste caso, tanto no presente como no passado ele continua actual.