sábado, agosto 30, 2008

TIRADAS DO DR. SAPINHO




“Fomos fazendo o trabalho de casa e ADIVINHANDO como iríamos agir em termos de projectos”

palavras do presidente da Câmara de Alcobaça (in Suplemento do semanário Região de Cister 27/8/2008)


Será que o Presidente Sapinho rege a Câmara por meio de adivinhações ou sortilégios? Consultará ele o Professor Karamba?


Vejamos sobretudo estas promessas para embasbacar pacóvios: O golfe, em Pataias e S. Martinho do Porto, vão ser viáveis. Num e noutro caso, as consequências são a CRIAÇÃO DE CENTENAS DE POSTOS DE TRABALHO DIRECTOS e a criação de actividades indirectas PARA QUEM ESTEJA ATENTO (Suplemento do semanário “Região de Cister” 27 de Agosto de 2008). Já no último Boletim Municipal (Agosto de 2008) também lemos isto: Investimento, criação directa de postos de trabalho, aparecimento de oportunidades para criar outras empresas em torno do essencial. Para não aborrecer os leitores com a reprodução dos discursos palavrosos, sem nexo, incoerentes e sem lógica racional do Senhor Presidente, proponho, quanto às promessas dos golfes e para que o Senhor Presidente não seja acusado de lançar a poeira aos olhos dos munícipes com «centenas de postos de trabalho directos e a criação de actividades indirectas», que publique uma lista das «previsíveis centenas de lugares de trabalho directos» e outra lista de «actividades indirectas». Se não as apresentar, podemos tomar o Senhor Presidente como um ludibriador, ou um demagogo à antiga que prometia a lua a quem votasse nele, ou como um vulgar vendedor de banha de cobra como já não se vêem nas feiras desde há muito tempo.

sexta-feira, agosto 29, 2008

FEIRA DE S. BERNARDO DE ALTO GABARITO



A vida humana tece-se na sucessão do tempo: tempo: dias e noites, semanas, meses, estações, equinócios e solstícios, anos. E, na sucessão de etapas vitais, nascimento, infância, adolescência, maturidade, velhice e morte. Estes momentos e fases estão pontificados por celebrações e ritos festivos. Por meio destas cerimónias cíclicas a colectividade transforma o percurso da vida em celebração de tudo o que afirma, singulariza e quebra a rotina. As festas, com os ritos e cerimónias que lhes dão carácter, convertem-se assim na expressão da criatividade popular, e são elementos muito importantes da cultura que o povo vai elaborando ao longo do tempo e naquele em que vive.

É neste contexto que se deve enquadrar o dia festivo para o concelho em memoria do fundador da ordem de Cister (São Bernardo). O dia proporciona, ainda, e durante uma semana, uma feira designada de S. Bernardo na sede do concelho, evento que acaba por ser uma mostra de produtos oriundos das actividades económicas do concelho (e não só) e ponto de encontro entre alcobacenses e forasteiros. O evento é muito criticado por alguns quanto ao modelo em que se concebe e defendida por outros (os que não sabem fazer melhor e vivem enquistados no tempo). Mas a verdade é que o modelo pelo qual se regula a feira de São Bernardo está ultrapassado.


Propomos aos leitores uma pequena volta pela feira.
















quinta-feira, agosto 21, 2008

RECORTES (IMPRENSA REGIONAL)

Continuo sem vontade para estar diante do computador e fazer postagens mais pessoais. O Verão atira-me para um merecido relaxe e uma prolongada “preguiça” depois de um longo e extenuante ano de trabalho. Tempo e vontade apenas para ler alguns livros a imprensa regional, nacional e alguma internacional. Além de deambular por aí sem rumo, por cidades e lugares como um verdadeiro "Flâneur" da vida moderna para recordar Baudelaire.
Neste âmbito destaco a entrevista dada ao Jornal de Leiria (imprensa regional), pelo Professor Carlos André, antigo governador civil de Leiria pelo Partido Socialista e que muitos afirmam ter sido um dos melhores. Ressalvo especialmente as respostas relacionadas com a futura limitação de mandatos dos autarcas.



Jornal de Leiria: Com a limitação do número, há muitos presidentes de câmara que vão cumprir o último mandato, caso sejam reeleitos. Isso pode ser oportunidade para o PS vencer mais autarquias no Distrito?

Carlos André: A oportunidade não resulta do limite de mandatos, mas da capacidade que o PS tenha para escolher bons candidatos. No PS, como noutros partidos, fazem-se guerras internas, porque o grande objectivo das pessoas é terem o poder dentro dos partidos. E esquecem-se que isso não conduz necessariamente ao poder na sociedade. O número de militantes é ínfimo em relação ao número de eleitores. Enquanto os partidos, se não convencerem - particularmente o PS - que têm de escolher pessoas não em função do universo partidário, mas do universo social, não conseguem ganhar eleições. Há muitos militantes de partidos que são cidadãos prestigiadíssimos e que são excluídos. Os partidos políticos são máquinas de triturar pessoas. Escolhem quem consegue triunfar melhor nas lutas internas. Triunfar é ser capaz de usar a navalha no momento certo.

Jornal de Leiria: Impera a lei do mais forte?

Carlos André: Ou do mais velhaco. Os partidos esgotam muitas vezes as suas energias nas lutas internas , esquecem-se de que o grande objectivo nao é esse. Temos o hábito de endeusar pessoas, colocá-las no sitio certo, para depois poder-mos disparar mais à vontade.


Apenas um reparo na entrevista: não entendi muito bem a respostas dada por este distinto ex governador civil sobre o Sr. Presidente da Batalha, António Lucas e o seu homólogo de Óbidos ... será que Óbidos não é Óbidos e apenas a Batalha é a Batalha? Sinceramente não entendi a ideia ou a metafora!


Do mesmo jornal destaco ainda uma carta publicada na Rubrica dos Leitores, pág. 20, relacionada com Alcobaça sendo o seu teor sobre a praia de Pedra d’Ouro. Em Maio/Junho deste ano fiz uma postagem sobre esta praia e os problemas que representam os resorts.



Pedra d’Ouro
Praia segregada!



Na costa litoral oeste, ao longo da Estrada atlântica, onde o mar sussurra por entre rochas e falésias no percurso de S. Pedro de Muel para Paredes da Vitória, surge uma outra praia, a Pedra d’Ouro!
Esta pequena pérola do Atlântico, já no concelho de Alcobaça, tem vindo a ser desprezada pela autarquia com evidentes prejuízos para os seus frequentadores e para o turismo sazonal, principalmente na época balnear.
As poucas infra-estruturas urbanas, nomeadamente as viárias, o sistema de recolha de lixos os esgotos e a iluminação pública deixam muito a desejar. A Câmara de Alcobaça parece que se tem “esquecido” desta praia, em contraste com a atenção que dedica a outras do seu concelho, como os casos de Paredes e S. Martinho do Porto.
Pedra d’Ouro tem as poucas ruas esburacadas e com o principal acesso à praia de banhos, para além da acentuada inclinação com o pavimento em mau estado e sem qualquer passeio para os peões sentirem alguma segurança.
A iluminação pública é fraca, com falta de candeeiros nalguns troços da povoação.
Quanto aos lixos, apenas existem dois conjuntos de ecopontos no mesmo local e os restantes contentores estão mal distribuídos.
Outro grave problema que prejudica a população e os veraneantes é o atraso na construção da rede pública de saneamento, adiada ano após ano. As fossas existentes estão saturadas e há períodos em que os cheiros exalados dos esgotos são insuportáveis.
O município de Alcobaça não tem feito qualquer investimento na Pedra d’Ouro, nem sequer a necessária manutenção das ruas e passeios.
A verdade é que a autarquia arrecada anualmente uma elevada verba do IMI, proveniente das habitações existentes...
Talvez que a mega urbanização “Atlântico Village”, com campos de golfe em construção à entrada da Pedra d’Ouro seja no futuro uma mais valia para aquela praia, mas a verdade actual é bem diferente.
Hoje a Pedra d’Ouro é uma praia onde a qualidade de vida se vai degradando apesar de ser um local aprazível, junto ao pinhal de Leiria com condições para poder ser uma estanciado veraneio e lazer das melhores do concelho de Alcobaça.
Edgar de Carvalho

segunda-feira, agosto 11, 2008

LIMPIAS CANTABRIA . CONCURSO DE PINTURA



O mês de Agosto tem-me tirado a vontade de estar diante do computador devido a cansaços acumulados. Não sei se é o sintoma de blogger, se é necessidade de fazer absolutamente nada. A reportagem fotográfica com que ânimo esta postagem faz parte de um concurso de pintura no qual mais um ano fiz parte como membro do júri que distingue as obras que concorrem. Nesta missão fui acompanhado pela presidenta da câmara de Limpias, Maria del Mar Iglésias que presidia e por Andrés Hoyo Aparício, Director Geral de Universidades e Investigação do Governo de Cantábria e professor na Universidade de Cantábria e Candelas Duran Fernandez, pintora e directora do " Estudio Técnico Candelas" em Santander .

A reportagem fotográfica começa com a minha visita a alguns artistas que trabalhavam nos pontos por eles escolhidos para perpetuarem e terminará com a entrega dos prémios. Desde 1999 que sou membro neste júri de pintura e nessa qualidade tenho algumas responsabilidades, assim como outros membros que tem composto este júri, pela excelente colecção de pintura naturalista que a câmara de Limpias possui, derivado dos anteriores concursos. O evento anima muito a vila, e são muitos os forasteiros que a visitam neste dia que é, acima de tudo, um encontro de artistas plásticos que se dedicam à pintura naturalista cujo expoente máxima desta corrente é em Espanha António López.