sábado, maio 12, 2007

NAZARÉ


(a infinita ternura e humanidade no olhar e sorriso de uma mulher nazarena )
De Madrid a minha amiga Lluvia enviou-me um MEME a solicitar para falar de um lugar que eu considere, muito especial em Portugal. Esta pedido nasce da ideia de mostrar lugares mágicos do planeta e falar das emoções que produzem ao vê-los. Para que o jogo não pare, escolhem-se cinco novos blogs para continuar esta ideia de divulgação. Da minha parte é com alguma atraso que faço esta postagem solicitada. Escolhi a Vila da Nazaré.
Não tenho nenhuma razão transcendente na minha escolha, senão os muitos afectos que tenho pela vila. A Nazaré é uma vila piscatória do litoral centro de Portugal e foi um símbolo turístico do país antes de se ter inventado o Algarve turístico. A Povoação é, animada por gente laboriosa que conhece muito bem a dimensão do trágico, motivo que tem inspirado muitos artistas portugueses com especial destaque para movimento Neo-realista nos anos 30,40 e 50. É um espaço com uma cultura muito peculiar onde o papel social da mulher é preponderante. Desde os anos sessenta o turismo progressivamente massificado, feriu de forma crónica, esta terra, na sua genuína peculiaridade que só alguns postais ilustrados teimam em manter. Tanto as peculiaridades urbanas, paisagística e até humana ficaram seriamente afectadas. Ajudadas que foram por decisões ,de carácter politico, infelizes e oriundas de governantes locais pouco dignos. Transformando a antiga e gentil vila da Nazaré num dédalo quase sem soluções no que respeita à paisagem urbana. Mas a Nazaré ainda é um espaço de muita sensualidade que oferece aos visitantes emoções, sentimentos, cheiros, sons, brisas e cores, num espectáculo natural, gerado pela situação geográfica impar numa paisagem de rara beleza. É um espaço de vida alegre e palpitante que se vê pela vivencia dos cafés, restaurantes, bares e ruas. Em tudo isto sobressai a figura da mulher que dá ao lugar uma magia impar.
Para continuarem a divulgação de mais lugares mágicos destaco:

O blog da XReis ( Alentejo & Sapientia); do Ludovicus Rex (Momentos & Documentos); da Lúcia Duarte ( Comentar a Nossa Terra); da Raquel Romão (Bazar das Monjas ); Aqui d’Algodres

a todos as maiores felicidades.
.



O Sitio e as suas magnificas vistas

Vista da Nazaré em direcção ao forte de S. Miguel



O entardecer junto do areal


Nazarenas caminhando pelo passeio


Tertúlia entre mulheres


Entardecer junto a barcos


Gaivotas no areal



Magia da luz e cor

Magia de luz ,cor e mar



Nazarenas passeando num fim de tarde



Magia da luz da tarde



Chambres, Rooms, Zimmers.



o matriarcalismo moderno



Carapau seco o arenque da Nazaré.


Uma VERDADEIRA AMIZADE com mais de sessenta anos. Meu pai (direita) e o sr. Antonio Estrelinha (nazareno dos sete costados)companheiros de tropa em 1946. Muitos fins de semana, pelas tardes, "matam" saudades de outros tempos, na esplanda do restaurante do sr. António... um encanto vê-los e ouvi-los conversar... quantas lições aprendo sobre a vida a etica o bem e a Nazaré de outros tempos!

40 comentários:

Verena Sánchez Doering disse...

que bello lugar, las imagenes de la playa logran mostrar un bello lugar
que estes muy bien, un lindo dia domingo
besitos


besos y sueños

Lúcia Duarte disse...

olá antónio
fico satisfeita por saber que mereço esta distinção e o desafio de dar continuidade à solicitação da Lluvia.
é uma das melhores formas de darmos a conhecer as terras que amamos.
conte comigo e, como não poderia deixar de ser, vou mostrar Aljubarrota...

papagueno disse...

E que linda que é a Nazaré.

ANTONIO DELGADO disse...

Sim Freyja é um lugar de encanto e muito aprazivel, sobretudo na primavera e nas noites de Verão. Obrigado pela tua visita e para ti também um lindo fim de semana.
Beijinhos.

ANTONIO DELGADO disse...

Estimada Lucia pois sim e Aljubarrota é uma terra muito simpatica e merece. Porque podia ser uma pequena maravilha e muito genuina se os politicos autarquicos, em vez de exibicionismos e ignrorancia " tout a cour" gastassem os dinheiros publicos onde deviam. Teriamos melhores aldeias espaços mais atrativos para as pessoas se fixarem e ao mesmo tempo elevavam por certo a qualidade de vida das polulações que tanto merecem.

ANTONIO DELGADO disse...

Amigo papagueno

A Nazaré e apesar dos desaforos politicos que há nessa terra é uma pequena maravilha, tanto em termos, paisagisticos como humanos pena é que o desenvolvimento baseado apenas no betão acabe por aniquilar uma das terras mais genuinas de Portugal onde até as mulheres tem um fato proprio dali...parece que estamos noutro pais! Há um sentido etnico muito forte. É pena que sobre o ponto de vista da cultura os antropologos e até sociologos não tenham mais atenção com este "ghetto" cultural.

Anónimo disse...

Maravilhosa terra e maravilhosas fotografias que tao bem a descrevem. No entanto, lembro-me que uma vez depois de estar muito tempo no estrangeiro voltei à Nazaré e... chorei, pelos estragos que fizeram num sitio que deveria ser protegido. Está bem que o progresso tenha que chegar a todos os sitios mas nao a qualquer preço. Até nem voltei a encontrar o verdadeiro sabor de um arroz de marisco como os de antes, que agora só se podem degustar em poucos restaurantes.
Mas a magia perdura quando se faz abastraçao do betao invasor.
Parabens pelas fotografias que sao mesmo para apresentar num concurso.
Beijinhos
Ema Pires

Anónimo disse...

O brigado, pelo meme vou tentar fazer com que ele não fique por aqui... não o poderei fazer já por motivos de ordem familiar mas em breve dou seguinto. mais umá vez obrigado.

António Inglês disse...

A gente sofrida da Nazaré merece bem esta referência.
Hoje a Nazaré não é o que era.
Já não se encontram parelhas de bois a puxarem os barcos da faina, quando a força do braço dos homens e mulheres que na praia aguardavam a sua chegada ao areal, não era suficiente.
No entanto, como dizes António, o trajar continua a fazer a diferença, mas gostaria de evocar uma outra coisa que me encanta ainda mais. A melodia que as gentes da Nazaré emprega no seu dialeto muito particular. Não há igual.
Bons tempos de infância ali passei com meus pais e lembro-me que com dez anos saltei a janela do r/c que alugávamos para uns dias de férias, e de vir a ser encontrado a assistir ao ensaio do Rancho Tá-Mar.
Abraço

ANTONIO DELGADO disse...

obrigado Ema pelo teu contributo, o elogio que fazes às minhas fotos e sobre ideias que tens desta bonita terra. E aquilo que dizes de facto também passou comigo quando por motivos academicos estive fora de Portugal cerca de 12 anos. Sobre o que via nem nem queria acreditar. Chapas de zinco a fazer de divisões (terrenos e paredes), bidons cortados ao meio a servirem de assadores para sardinhas, frangos e febras, no meio das ruas (todas) . Pneus velhos de carros a fazerem de base a chapeus de sol em quase todas as espladadas. Um imenso pó e barulho de carros de feira na altura do verão. Pessoas por todos os lados a assediarem clandestinamente,o transuente com Chambres, Rooms e Zimmers...algumas no meio das estradas...Tudo um espectaculo deprimente e miserabilista para uma terra que não merece. Há efectivamente uma deprimente cultura de betão e construção na Nazaré... O lugar e do Sitio
continua a ser uma das terras mais bonitas de Portugal pena é que a Nazaré seja tão mal governada e não façam desse concelho um verdadeiro postal turistico de cinco estrelas de Portugal.

beijinhos
António

ANTONIO DELGADO disse...

Amigo Jose Gonçalves, Estas terra tem uma magia muito especial para mim. E tudo o que contas sobre os barcos e puxar as redes de forma braçal, posso-te dizer que também os ajudei e era costume os veraneantes (alguns) fazerem o mesmo...é essa a recordação que guardo. Mas a peculiaridade desta ajuda é que eles (os pescadores) davam peixes às pessoas. E eu na minha alegria de puto ia mostrar aos meus pais os peixes que me tinham dado. Também tens toda a razão sobre o sotaque fino da sua prenúncia, é muito divertido e "cantarolim" como dizem os espanhois sobre o nosso modo de falar.

sobre o sofrimento de facto este povo o nazareno é muito sofrido, Lembro-me das pessoas falarem na minha aldeia, sobre o percurso que as peixeiras faziam para levar o peixe bem fresquinho, pelos lugares e muitos deles estava a 20 e a 30 quilométros de distancia. Esta distancia era feita a pé. Um sacrificio imposto pelas necessidades de sobrevivencia da epoca, e que ao memso tempo permitia que todos pudessem comer peixinho fresco pelas aldeias.... Que boas eram as sardinhas assadas, naquele tempo, com aquela gordura que saia e untava a fatia de broa... um verdadeiro orgamos gostativo. E os cheiro que desprendiam enquanto estavam nas brasas de vides a assar...tempos que não voltam mais!
Um abraço e saudaçõe por ai

Anónimo disse...

Gsoei imenso do teu 'meme'
Dei continuação no Momentos Breves
http://momentos.canalblog.com/


--
Um Abraço Fraterno

LLUVIA disse...

Hola ANTONIO:
Efectivamente, bellísimas vistas de luz y color, en esa hermosa villa: Nazaré. ¡Y es que vivir frente al océano es un lujazo!

Una pena que lugares así, tan peculiares, sean invadidos y desvirtuados por esa avalancha de turismo, y transformados en prolongaciones de las grandes ciudades.

Muy completo tu post. El punto emotivo lo pone tu padre y su amigo. Ambos tienen esa sonrisa de buenas gentes. Se les ve estupendos, y llenos de serenidad.

¡ Que tengas tú tambien, una muy buena semana!

Um grande abraço.

zé lérias (?) disse...

Amigo -e quase vizinho- António:

O turismo da Nazaré está em dívida para consigo.

Bom texto, sobretudo porque se sente aí o seu apreço por terra tão castiça e bonita.

As suas gentes são inconfundíveis, não só pelos trajes e pronúncia na fala, como também pela sua intrínseca genuinidade.

Quanto aos desastres paisagísticos causados pelo betão não é só na Nazaré que se verificam, infelizmente.
Mas olhe que tenho para mim que a culpa é de quem vota nessa gente (que descaracteriza uma terra a troco de enriquecimento ilícito e imoral) apesar de à partida saberem do que a casa gasta. Infelizmente grande parte de nós delegamos nos partidos das nossas simpatias o trabalho de pensarem por nós.
E é aí, penso, que reside a raíz de todos esses problemas.
Deixar que os outros pensem por nós em vez de, com algum trabalho, aprendermos a saber ligar as coisas, é o que "eles" querem que se mantenha.
Mais uma vez parabéns.
Cumprimento-o, desejando-lhe uma boa semana

ANTONIO DELGADO disse...

Hola LLuvia pues sin este pueblo es muy magico y su gente también. Esta fue mi primera playa donde stuve en el agua... bautizo de mar. Las mujeres son muy divertidas y de "cojones" como se dice en tu país. Son ella que llevan todo.La filosofia deste pueblo es asi " en mi casa quien ordena soy yo dice el hombre pero quem manda en mi marido soy yo dice la mujer". Asim vive esta encantadora gente.

La salvajada urbanistica es de criminales. Se deveria hacer como empezó hace tiempo en España. Los alcaldes y todos aquellos que preverican, ponerlos a ver el sol por las rejas.
Mi padre y su amigo lo pasan pipa. Y es de morir de risa hoirlos hablar de sus cosas: Del trabajo de antiguamente, de sus salidas por las noches; sus novias; sus fiestas y ir de copas etc. Algunas cosas estan en video . recomiendo este pueblo cuando vengas a Portugal no dudes en visitarlo. Ademas a su alrededor hay muchos pueblos, monumentos y playas que son de lo mejor en Portugal.

Gracias por este MEME que otro blog amigo tambien ya publicó MOMENTOS & DOCUMENTOS...con otro pueblo de encanto si puedes miralo.
Un beso
António

Mário Margaride disse...

Olá António,

Não conheço a Nazaré. Talvez este Verão por lá passe...nunca se sabe!
Mas será um belíssimo local com gente boa e hospitaleira, disso não tenho dúvidas!

Um abraço

ANTONIO DELGADO disse...

Amigo Zé Lerias,

Obrigado pelo seu elogioso comentários mas suponho que o Turismo da Nazaré não precisara das minha palavras. Pretendi neste Meme que é bastante interessante, pela ideia que tem subjacente que é divulgar terras conhecidas ou pouco conhecidas através da sensibilidade pessoal de quem as vive ou tem com elas uma relação afectiva. No meu caso são as duas coisas. Pretendi também falar de forma sensível expondo duas ou três ideias marcantes e depois as fotos expressariam o resto sobre a Nazaré. No entanto para mim esta terra é muito especial, tal como é todo o povo nazareno. Possui uma cultura peculiar dentro de Portugal, mas mau grado, as nossas universidades e sobretudo os departamentos de antropologia, sociologia e etnologias tem dado pouca ou nenhuma atenção para esta realidade sociológica genuína. É um povo que tem um sentido étnico muito grande, demonstrado até, pela maneira como as mulheres se vestem. Aqui as Zaras, as Springfield, os Massimo Dutti, os Versage e tantas outras casas de pronto a vestir teriam sérios problemas em medrarem.
Quando, por vários anos, estive fora de Portugal, a Nazaré era um dos lugares que não passavam sem ir ver. É tranquilizador para o espírito e a mente, ver o mar e toda a paisagem em volta, desde o lugar do Sitio...será por isso que se instituiu um culto aí?
Desde os tempos bíblicos que há uma relação muito grande entre os lugares altos e o Sagrado: desde os montes artificias como eram os Zigurats, As pirâmides, ao montes naturais onde Moisés foi para falar com Deus... o ser humano se sentiu bem . Não eram também em grutas que os gregos consultavam os oráculos com as Pitonisas sobre guerras e o porvir... O Sitio da Nazaré tem tudo isto...a magia esta reunida naquele lugar. Num destes fim de semana, ouvi dizer a um casal de Espanhóis contemplando o infinito da paisagem “NO SABIA QUE PORTUGAL ERA TAN BONITO” .

Amigo Zé Lerias Obrigado pelo seu comentário e passarei a frequentar mais vezes o seu blog, além de vizinhos há mais coisas que nos unem. Um abraço caloroso e fraterno
António

ANTONIO DELGADO disse...

CArissimo Mario,

é sem dúvida não sou da Nazaré, sou do concelho ao lado, Alcobaça e tenho tanto amor por esta terra como pela minha. Alias de uma forma geral toda a região tem um carinho muito especial pela Nazaré. Não falei numa outra maravilha desta terra...a comida!
O peixe é muito especial.

Um abraço

Anónimo disse...

Caro António,

Generosa a sua "memeação"! Podia tê-la feito eu com o seo blog no lugar do Ortogal pois acho o seu "ecos e comentários" o blog de que Alcobaça necessitava para dar o necessário "salto quântico" rumo à urbana civilidade. Os meus parabéns e agradecimentos por isso, e também pelos agradáveis momentos que me tem proporcionado nos últimos tempos (aquela do sapinho a mamar na chupeta fez-me rir até não poder mais...).

Para além das "memeações" que a Raquel acabou de fazer no Bazar das Monjas, e que eu inteiramente subscrevo, ficam aqui os meus "memeáveis":

SOBRE O TEMPO QUE PASSA
http://tempoquepassa.blogspot.com/

O JUMENTO
http://jumento.blogspot.com/

DO PORTUGAL PROFUNDO
http://www.doportugalprofundo.blogspot.com/

TERRA DE PAIXÃO
http://terradepaixao.blogspot.com/

NAS FALDAS DA SERRA
http://nasfaldasdaserra.blogspot.com/

COMENTAR A NOSSA TERRA
http://comentaranossaterra.blogspot.com/

Alzira Henriques disse...

Olá António,

É justa e merecida a homenagem que aqui fazes à Nazaré e ao Povo Nazareno.
Trabalhei durante muitos anos com esse povo e, conheço razoavelmente bem a sua magia, os seus encantos e desencantos, a sua riqueza cultural, etnográfica e sociológica.
Desde logo, trata-se de uma sociedade fortemente marcada pelo seu carácter matriarcal, como eram, até há um bom par de anos atrás, a grande maioria das vilas piscatórias. Enquanto os homens/pescadores saíam para a "faina" (pesca) as mulheres, para além de tratarem da casa e dos filhos, geriam os negócios da família. Ainda hoje essa característica se faz sentir na Nazaré.
Quanto às suas roupas típicas, são umas das poucas comunidades portuguesas que mantêm a verdadeira tradição. As "sete saias" das nazarenas, as camisas típicas de xadrez e calças dos nazarenos ainda hoje são confeccionadas na terra. Mas, o que mais me agrada é o ar sempre bem disposto e alegre daquele povo...
Tal como vós, ainda me recordo bem dos meus tempos de meninice, com os barcos puxados pelos bois - era a arte "Xávega" em pleno vigor - um tipo de pesca de arrasto, com a diferênça que o barco sai de terra deixando já uma corda que está sempre ligada a este dando a volta a mais de 500 metros de distância da costa este deixa a rede que depois é arrastada até á praia puxada por bois que auxiliados por tractores , trazem o peixe que pelo caminho.
Era um quadro lindíssimo do qual tenho muitas saudades porque, como dizes e bem, os veraneantes que se encontravam na praia se associavam à faina, ajudando a puxar as cordas, pelo que os pescadores, simples e afáveis lhes oferendavam parte do peixe que pescavam.
Mas o progresso tem destruído muita coisa bonita do nosso país... e a Nazaré não é excepção.

Maria Romeiras disse...

Que saudades... Beleza natural e humana por estas paragens. Boa escolha. Um abraço.

Jorge P. Guedes disse...

Muito interessante esta visita à Nazaré, que conheço e da qual muito gosto.

O final, com uma amizade de 60 anos daqueles dois jovens, é encantador.

Obrigado pela visita e um abraço

ANTONIO DELGADO disse...

Caro Valdemar Rodrigues ,

não é nada generosa a “memeação” ela é mais que devida e merecida. Gostava que o blog do Valdemar tivesse a visibilidade que merece e deve, porque ORTOGAL é um espaço de pensamento e reflexão SÉRIA. Gostaria de o ter nomeado para Thinking Blogger, mas devido a questões profissionais, deixei passar o tempo do meme, cuja divisa ainda não fixei no meu. Sobre o Eco e Comentários é um simples blog editado pelo cidadão António Delgado que não tem qualquer tipo de negócios com a câmara e em simultâneo seja blogger para publicitar eventos ou dizer muito bem dela como forma de pagamento e “lambe botice”.
O blog Ecos e Comentários é de um cidadão que não bajula qualquer tipo de poder seja de esquerda ou de direita e opõem-se às prepotência por eles praticadas. Também não pede nada aos políticos sejam do PSD do PS da CDU ou BE, senão aquilo para que foram legalmente eleitos ou aquilo que prometeram em eleições. O blog através do seu editor acha que qualquer politico deve de ser ridicularizado e motivo de escárnio publico quando mente, ofende ou desvirtua a democracia, utiliza o povo e a generosidade deste em beneficio próprio . Por isso o cidadão que anima o blog está contra a imensa lacra de parasitas e esfomeados que inundam os partidos políticos, mesmo nos de Alcobaça, apenas pela ideia de lamber a côdea molhada no azeite do poder , como se os partidos fossem a sopa do Sidónio, a Santa Casa da Misericórdia ou o Centro de Emprego. Também é contra a ignorância, obscurantismo e oportunismo ideológico, mascarado por anos de militância partidária com que alguns se justificam e outros que não são nem FU nem FA vivem de amiguismo e aparelhismo partidário para serem nomeados para aqui e para acolá mas que são ZEROS redondos.
O blog é ainda concebido por um cidadão que tem um enorme sentido colectivo, pelo bem e a causa publica além de ver esta como uma enorme fonte de solidariedade e aprendizagem humana no caminho d aperfeiçoamento individual e colectivo. Do mesmo modo gosta de arte de desenhar, pintar, fazer escultura de cinema, viajar, ler, escrever, estudar, e parar para pensar e reflectir. Por isso gosta de trocar e confrontar ideias, expô-las e intervir. Defende causas e põem-se do lado daqueles que vêem os seus direitos espezinhados como faz o actual elenco PSD, que preside aos destinos da nossa terra , aos cidadãos de Alcobaça. Ajudado que é por uma plêiade de gente disfarçada de boas intenções ( na rádio, nos jornais e alguns blogs locais) e que contribuem para que este elenco seja o pior que alguma vez passou naquele espaço depois do 25 de Abril. Estas pessoas acabam por ser um corpo anónimo mas que é cúmplice do estado em que se encontra a região.
Se a tudo isto achar que é aplicável à designação que expressou eu agradeço, mas não gostava de agradecimentos porque faço tudo de forma voluntaria por isso são mais as inimizades que ganho que perco. Gostava sim era de mais participação no blog, mais troca de ideias e mais debate. Quanto ao Sapinho e a chupeta pode crer que eu também me divirto a conceber estas imagens e na da chupeta tenho pena que não apareça a imagem em movimento...ele a chupar.
O problema que a imagem levanta pelas conclusões de Ernani Lopes ela é capaz de ser mais real que de ficção e talvez não seja sarcasmos do António Delgado. Num Pais civilizado as conclusões do estudo e as praticas realizadas pela câmara já teriam sido motivo de intervenção judicial, ainda mais proferidas por um “camarada” de partido. É impossível haver mais descrédito e vergonhoso, além de imbecilidade elevada à milionésima potencia pagar para dizer mal do que são as praticas correntes...É impossível o Sapinhistão estar tão em baixo.
Um abraço
António

ANTONIO DELGADO disse...

Era sim Alzira um espectaculo muito bonito de se ver, bem como aquela enorme labuta que gerava. Agora só existe na memória daqueles que tiveram o previlégio de ve-lo. Mas o interessante desse tempo era ver o lazer dos veraneantes misturado com a faina dos pescadores. Os primeiros iam invadir o espaço de trabalho dos segundos e infelizmente acabaram por destrui-lo. Um aspecto que não comentei é a tragédia que há na alma destas pessoas, sobretudo das mulheres. Por aquele tempo muitas eram viuvas dado que os maridos morriam no mar na faina. E era muito dificil a vida de uma mulher viuva naquele tempo sem solidariedades. Criar os filhos, alimenta-los não ter um marido para pescar... muita dor e sofrimento para uma só alma num periodo em que os esquemas de solidariedade social eram projectados para o destino e a expressão “ SE DEUS QUIZER...” talvez este fatalismo seja uma das causas do espirito religioso do lugar e em especial das mulheres.
Um BJS.

ANTONIO DELGADO disse...

Pois sim Maria é mesmo motivo de saudade todas aquelas vivencias.
Um abraço

ANTONIO DELGADO disse...

Amigo JPG – sineiro, obrigado pela sua visita e comentário deixado. É motivo de orgulho para o blog e os seus leitores, dado que o Blog Sino de Aldeia é uma referencia neste mundo da cibernetica. E sobre a foto no final, testemunho que são mesmo encantadoras as conversas dos dois amigos e enternece qualquer coração ve-los falar das suas coisas e dos seus tempos e ve-los despidir.
Um abraço
António

Anónimo disse...

Adorei esta homenagem á Nazaré, já agora posso contar uma história que me ficou de adolescente, eu e a minha fmília fomos passar um fim de semana por esses lados, tenho uns familiares que gostam muito de brincar...um deles disse para o meu irmão que na altura deveria ter uns 10 anos mais ou menos, sabes aquelas senhoras com tantas saias não usam calças (coecas como se diz no Alentejo) devias ir ver, então o garoto atrevido como era foi mesmo tentar ver e levantar as saias, o corioso foi que a senhora com uma amabilidade fora do comum teve a paciencia de lhe mostrar as saias uma por uma... até hoje todos nós lembramos essa passagem pela Nazaré como algo de engraçado e uma lição de cultura...

Mário Margaride disse...

Olá amigo António,

Passei aqui, para lhe desejar um bom fim de semana!

UIm grande abraço

José Lopes disse...

A Nazaré é um local maravilhoso que eu espero que não se estrague mais com o turismo desregrado e de massas.
E a comida?...
Bom domingo

ANTONIO DELGADO disse...

Obrigado Mario e retribuo de forma calorosa. A sensibilidade ve-se nos gestos mais pequeninos.
Um abraço
Antonio

ANTONIO DELGADO disse...

Estimado Guardião,
também tenho essa mesma preocupação,porque o lugar é muito especial...vamos ver! A comida é muito deliciosa, sobretudo aquela que é confeccionada à base de peixe.

Obrigado pela sua visita.
Um abraço.

ANTONIO DELGADO disse...

Extimada XReis, Obrigado pela sua visita e de facto a Nazaré é um lugar muito especial. Pretendi descrever este Meme enviado pela amiga LLuvia de uma forma sensível, pessoal e fora do estereotipo e inclui algumas fotos também elas com poder narrativo do lugar e do espírito que o lugar pode emanar. De facto este espaço é tão especial e cheio de histórias que nos podem encantar e só é pena que a Câmara Local não promova concursos literários entre os seus munícipes para as manter vivas. Uma ideia e uma pratica que é muito comum por toda a nossa vizinha Espanha. Só se pode amar e preservar aquilo que se conhece. E na falta de um Manuel da Fonseca em relação à Nazaré ( como ele foi com o Alentejo em as Cinzas e o Fogo) seria através deste tipo de concursos que se podiam registar e deixar viva a sensibilidade de um povo e o carácter da sua alma como a que tem verdadeiramente o povo da Nazaré.
Um abraço
Anntonio Delgado

Anónimo disse...

UM dia destes fui ver o novo SM Modelo da Nazaré e admirei umas fotografias que estão mesmo na entrada do establecimento.

Fiquei de certo modo chocado com uma que dizia, anos 50.

Um grupo de mulheres descalças e certamente muito pobres, era a foto do povo da Nazaré e também deste país.

Já tinha acabado a 2º guerra mundial, já tínha-mos regeitado o plano Marshal, já havia aviões a jato e a era atómica estava aí.

Aqui está uma simples amostra do que é ser governado por gente que não presta.

Como és vil, humanidade!
Não olhas p´ra desventuras;
As chagas da sociedade
podes curar, e não curas

Zé Povinho disse...

Nazaré, caldeirada e carapau seco. Já há bastante tempo que não passo por lá, mas este Verão prometo dar aí um saltinho para mostrar essa beleza aos netos.
Bom domingo

ANTONIO DELGADO disse...

Viva Marco,
Também visitei o Supermercado, a semana passada, mas devido a um assunto relacionado com o espaço publico na Nazaré e publicitado por aquela superfície. Deparei-me igualmente com as referidas fotos, que me impressionaram em termos de escala e cor, mas cujas replicas e fotos semelhantes existem em vários restaurantes e bares da localidade. Convém referir que essas imagens apesar de serem reais correspondiam a uma certa estética muito em voga nos anos trinca e quarenta que em Portugal surge nos anos cinquenta e sessenta. Eram imagens em certa medida de denúncia contra o capitalismo e os próprios americanos. Faziam parte de uma estética designada neorealista. Surgida na URSS e que tentava dignificar o ser humano pelo trabalho. Esta estética rapidamente se desenvolve por toda a Europa, num período de grande conturbação como foram os anos trinta e quarenta de cuja segunda guerra mundial é filha. Historicamente e mentalmente os factos tornaram a sociedade mais permeável para a assunção desta estética e com muita razão: respirava-se um ar de mais igualitarismo social! As imagens de tudo: fotografia, pintura ,escultura, cinema, literatura eram de denúncia e injustiça social...essa estética fez moda! E nessa perspectiva que as vejo e como disse na apresentação deste meme a Nazaré foi um local muito escolhido por este tipo de estetas, mas mau grado os âmbitos culturais da Nazaré nunca reclamaram um museu NACIONAL DO NEOREALISMO PORTUGUÊS o que não deixa de ser curioso onde de facto se pode-se e contar aquilo que sumarias no teu comentário. Partindo do local para o universal. Essa fotos são imagens com historia e são igualmente documentos aos quais faltam sobre o lugar um certo levantamento oral para a memória ser mais fidedigna. Mas isto que conto tem que ver com os atávicos problemas da cultura Portuguesa e da mentes nada esclarecidas dos que regem os municípios. Estou mesmo a ver um saloio local de pança proeminente, com o cabelo cheio de azeite, barba mal semeada mas cheia de caspa, ar petulante como é característico nalguns membros desses partidos de esquerda local e tirarem algumas ideias deixadas de comentários nesta postagem e leva-las à comissão politica local do partido para passar por grande intelectual...como é costume entre certos TUGAS. No entanto a ideologia deles é terem um um Mercedes em segunda mão e comerem bifes com batas fritas ou talicas, aos domingos, na churrasqueira da Maria Cachucha ao som de Quim Barreiros.

Um abraço
António Delgado

ANTONIO DELGADO disse...

Amigo Zé Povinho obrigado pela sua visita e postagem.A Nazaré é para mim bastante rica também em termos cozinha de peixe e ela é um bom motivo para visita-la. Pelo caminho mostrar às crianças, as nazarenas, e o seu sentido etnico materializado na roupa e mostrar também as lindas vistas dos varios locais que a povoação tem...além de contar os mitos da terra que são alguns.
Um abraço Fraterno
Antonio Delgado

Maria Faia disse...

"Estou mesmo a ver um saloio local de pança proeminente, com o cabelo cheio de azeite, barba mal semeada mas cheia de caspa, ar petulante como é característico nalguns membros desses partidos de esquerda local e tirarem algumas ideias deixadas de comentários nesta postagem e leva-las à comissão politica local do partido para passar por grande intelectual...como é costume entre certos TUGAS. No entanto a ideologia deles é terem um um Mercedes em segunda mão e comerem bifes com batas fritas ou talicas, aos domingos, na churrasqueira da Maria Cachucha ao som de Quim Barreiros."

Não pude deixar de rir com estas palavras, apesar de tudo...
É que, imaginei a cena descrita a qual, tristemente, é bem possível...
Obrigado por este momento humorístico.

Pastora disse...

Que belissima reportagem! Que bonitas fotos! Poupam-se enquanto se vêem, com medo que estejam a chegar ao fim !
Traga a máquina até à Serra e quem sabe não aparecem umas belezuras capazes de o entusiasmar a fazer algo de parecido aqui pela Covilhã, tão carecida de um olhar benévolo, eu diria de um olhar apaixonado, para que se possa promover em termos turisticos.
Fica o desafio ... e um abraço

ANTONIO DELGADO disse...

Obrigado Mila pelas suas benevolas palavras sobre as fotografias. De verdade que tenho uma enorme vontade de por toda uma serie delas desta terra que muito fotogénica e com uma gente que é preciso conhece-la para a levar no coração . Sobre a Serra da Estrela e a Covilhã eu tenho já uma enorme colecção porque um dos meus hobbies são as imagens. Sobre o turismo acho que essas zonas bem merecem uma atenção muito especial...

Neteru Deneb disse...

Efectivamente Antonio, ese lugar está lleno de algo hermoso, y esas fotos plasman mucho la esencia y el espíritu que allá se respira, sus gentes, al menos las pocas que conocí, son acogedoras y sencillas, dan ganas de perderse ahí para recuperar un poco lo que ya mucho se ha perdido a causa del la llamada adultez humana, ja!!! con tanta "madurez" a veces nos olvidamos de ser como niños y nos perdemos las verdaderas maravillas de lo sencillo.
Algo que me llamó la atención del mar ahí fué esa arena nada pegajosa por la cual da gusto caminar y ese color oro que brilla como estrellas de sol!!!!... por cierto el mar se me cobró una prenda cuando algo pedí ahí, una ola "traicionera" me quitó mi anillo, jajaja... quizás es que ya no era para mi, bendito MAR y bendita OLA.
Beijinhos Antonio,
Besos y Realidades cumplidas

Ana