sábado, maio 03, 2008

DIA DA MÃE



Numa destas viagens longas e solitárias que costumo fazer em carro, ouvia pela rádio como definam a mãe. Para eles, aquele ser, é quem se encarrega de pôr a sopa, estar de alerta com o ouvido depois das dez e meia à espera que o filho chegue, tirar a roupa do verão do armário, saber sempre onde está a caixa com as figuras do presépio, sabe dobrar as camisas e tê-las sempre dobradas no armário, coser os botões, esfregar e tirar as manchas. É a primeira a trazer o termómetro. Além de tudo isto a mãe é também a pessoa a que todos os de casa se dirigem à hora do pequeno-almoço e quando se acabou o açúcar, a quem se olha de forma rara quando a sopa tem um sabor estranho ou a quem se pede explicações se o microondas está avariado. A quem se pergunta se não há outra comida ou porque é que a água do esquentador sai fria. Mas também a quem se procura como refúgio e confidente, ou como apoio vital sem horários e condições.Vendo tudo isto, algumas mulheres modernas tratam que não seja precisamente assim, mas não sendo é estranho que apareça ou se invente um modelo masculino capaz de a substituir. A mãe é a alma da casa em sentido total, não interessa se a nomearam ministra; ou se não tem bom desempenho no seu papel. Bem podia fazer o homem algo similar à mulher ou inclusive tarefas mais árduas para pagar as suas virtuais culpas, mas não é nem parecido o estilo com o que homem faz e ama. Se amamos de maneira diferente a mãe, não é só pelo carinho que nos dá, o esmero que concentra nos seus cuidados ou pelo bem como cozinha. Estimamo-la de maneira incomparável porque se trata de uma mulher e não se gostava da mesma maneira estando um homem no seu lugar ou outra coisa do estilo. Pode ser que a mãe, num futuro de implantes, clonações, e falsos feminismos se converta noutra figura. Mas para então, com o progresso, por acaso não haverá porque prestar maior atenção à maternidade porque todos seremos, por fim , desapaixonadamente equivalentes e celulares...

NESTE DIA TÃO ESPECIAL PARA TODOS NÓS FAÇO UMA PEQUENA E SIMPLES HOMENAGEM A TODAS AS MÃES DO MUNDO E À MINHA ENVIO -LHE UM BEIJO ONDE QUER QUE ESTEJA..

12 comentários:

A. João Soares disse...

Parabéns ás mães que correspondem a esta definição muito extensiva, mas certamente incompleta, porque uma mãe é tudo. «Quem tem uma mãe tem tudo, quem não tem mãe não tem nada».
Era assim, mas hoje já não é o mesmo. A mãe que trabalha como o faz o pai, fica sem paciência nem tempo para olhar por todas as tarefas citadas. Os filhos já não beneficiam dos cuidados continuados e permanentes da mãe e são entregues a infntários onde vegetam sem o carinho de uma mãe que educa que corrige pequenos erros comportamentais, e o resultado é os meninos deixarem de ter maneiras, respeito por regras e pelos outros. E, assim, a civilização altera-se para pior, como começa a ver-se na violência escolar e na criminalidade juvenil. E isto já vem de há décadas do que resulta muitos dos actuais pais não saberem educar os filhos.
Estamos em época de mudanças, cada vez mais rápidas e intensas. O que virá a seguir?
Um abraço de felicitações e de estímulo a todas as mães.
A. João Soares

Anónimo disse...

Mãe é sempre mãe, apesar das mutações temporais... Sempre mãe em que época seja...Vivam todas as mães do mundo.
Um Bom artigo de reflexão. Um Abraço e Bom Domingo

Ema Pires disse...

Parabéns pelo texto sobre as mães. No entanto, não estou totalmente de acordo como que diz o caro amigo João Soares. Parece que todos os males do mundo são devidos ao facto de que as mães de agora já não são umas escravas da casa, do marido e dos filhos como antes.
Como ele diz também, as coisas mudam as sociedades e as mães também. Para uma mulher ser mãe já não é o único objectivo na vida, e a mim parece-me muito bem. Antigamente as mulheres não estudavam porque não era necessário para casar-se e criar filhos. Nascíamos já programadas para essa tarefa. Eu sou mãe, sempre trabalhei e as minhas filhas não se drogam e são umas excelentes pessoas. E perdão por personalizar.
Em certos países do mundo as mulheres continuam a ser só isso: mães e escravas do marido e da casa, felizmente que no ocidente isso está a mudar. Penso que os homens deveriam pôr-se às vezes na pele de uma mulher, pelo menos durante 24 horas. Talvez então entenderiam melhor o que estou a dizer.
Peço desculpa ao J. Soares, espero não o ter ofendido com os meus propósitos. Também quero dizer que não sou feminista, simplesmente uma mulher... e uma mãe.
Beijinhos

Lúcia Duarte disse...

olá antónio
mais uma vez gostei do texto e da homenagem.
também sou mãe e mulher.
Talvez o papel mais importante das mães seja o de moldar personalidades, de passar valores, de saber preparar os filhos para serem bons seres humanos.
Essa é a parte mais dificil e que requer uma atenção permanente. enfim, sermos mães não é só receber uma homenagem no dia em que alguém se lembra que é dia da mãe - são 365 dias por ano, durante a nossa vida inteira.
estou de acordo com a ema: a mulher bem estruturada e organizada trabalha duplamente e nem por isso deixa de fazer bem o papel de mãe.
eu também sempre trabalhei e tenho um rebento bem formado. A força de uma Mãe vai muito mais além do que se possa imaginar.
beijo

papagueno disse...

Um grande abraço e um beijo a todas as mães do mundo.

Beezzblogger disse...

Bem meu caro, como sempre o amigo dá ao tema o seu cunho pessoal, e é isso que me faz gostar de ler as suas palavras. Mas a mãe, é só uma, e essa a nossa, é a melhor de todas, mas olhando no global, há que homenageá-las pois elas afinal é que nos dão o ser.

Abraços e um bom fim de semana.

Ema Pires disse...

Sobre esta postagem das mães, estive a ver a fotografia que é absolutamente magnífica. Essa campesina parece o modelo de muitas virgens pintadas por grandes artistas e que podemos ver nos museus.
Queria deixar aqui também uma pequena homenagem a todas as amas-de-leite, verdadeiras mães de meninos e meninas de senhoras ricas, que não queriam amamentar os seus próprios filhos, para continuarem a sua vida social e para agradar ao marido.
Estas mulheres, como essa campesina que vemos na fotografia, eram verdadeiras mães, abnegadas e silenciosas, que davam a crianças que não era delas, todo o carinho que não lhes davam as suas próprias mães. Deixavam os seus filhinhos ao cuidado de alguma pessoa da aldeia e muitas vezes essas crianças morriam de fome e por falta de atenção. Isto devido à miséria e à pouca ética dessas “famílias importantes”.
Quero deixar aqui este pequeno recordatório para elas. Existe algo mais generoso?
Beijinhos

Siry Pérez disse...

Querido amigo

Me habías comentado que pensabas hacer un post especial para este día que para ti, tiene un gran significado.
Muy lindo y emotivo el reportaje, sinembargo, hoy quiero dejarte un fuerte abrazo, se que sientes un poco de nostalgia.
Te quiero mucho a pesar de la distancia tan grande que nos separa. Ojala hoy podamos hablar un poquito.

Beijinhos

Zé Povinho disse...

A mãe é aquela pessoa que nos criou e encaminhou para a vida dando-nos o sustento e o carinho, coisa que nunca se esquece.
Abraço do Zé

C Valente disse...

Gloria a todas a s mães coragem
Saudações amigas e boa semana

Menina do Rio disse...

Por aqui o dia das Mães é no próximo domingo. Fiquei feliz imenso pela tua viagem pelso meus blogs e te deixo um beijo quentinho e meus desejos que tenhas uma semana muito feliz!

Arte e Liberdade disse...

Digníssima foto... de quem é?
Olhar eterno da Gioconda, da mãe irmã... quem é neste intervalo do jantar e do trabalho a irmã?
Camisinha igual à mãe, o pézinho apertado na mão... a segurança da mãe e a direcção do olhar num futuro, além de tudo.
Quem é? Quem foi o fotógrafo? Onde está o menino? Onde está o vazio do tarro da gente?... do pai... do avô e da avó, dos tios e das tias, dos irmãos, dos vizinhos que se espelham sem dias nesta foto de mãe dedicada ao dia da mãe?
Nunca tirarei fotos de casaca de grilo, na praça do chile.
Prometo!