sábado, janeiro 13, 2007

AINDA SOBRE CORRUPÇÃO...(URBANÍSTICA!)



PAIVA DISSE...
(Comentário deixado na postagem CORRUPÇÃO.)
Transformei este comentário em postagem para reflexão sobre as inúmeras obras urbanísticas e arquitectónicas anunciadas para o concelho de Alcobaça. Por outro lado, também, devido ao trânsito da arquitectura e o urbanismo para espectáculo e estes derivarem em escândalos. É conhecido o "pacto faustico" e as relações libidinosas entre poder e arquitectura. As estrelas do mettier, emergem ou estão associadas a sátrapas e profissionais menores acompanham vereadores nada sérios.
Ps. Todo o comentário bem disposto e elevado é bem vindo.

23 comentários:

José Alberto Vasco disse...

Caro António Delgado: No que respeita ao Projecto de Requalificação do Rossio de Alcobaça estou entre os que logo desde o princípio contestaram o facto de a sua concepção ter sido adjudicada sem concurso público. Isso teria evitado inúmeros problemas, inclusivamente à Câmara Municipal. Estive também entre os que logo contestaram, inclusivamente com um bem sucedido abaixo-assinado, contra a edificação de um parque de estacionamento subterrâneo no Rossio. Contestei também publicamente o facto de a construção da obra não ter sido sustentada com um Gabinete de Acompanhamento que prestasse informações ao público. Estive nessas todas, numa altura em que muitos dos que posteriormente se opuseram àquele projecto andavam muito caladinhos e satisfeitos da vida...
Já agora e para que não haja dúvidas, apesar de tudo isso eu estive sempre do lado dos que pensavam ser aquela obra necessária e indispensável para o futuro de Alcobaça. E ainda estou...

Anónimo disse...

A ideia é esta: primeiro faz-se e depois planeia-se o que se vai "fazer".

ANTONIO DELGADO disse...

Caro José
Obrigado pelo seu comentário e conheço a sua frontalidade que muito estimo e admiro. E sei igualmente das pessoas que se portam da maneira que expressa e outras que querem atirar pedras sem que se lhes veja a mão...há de tudo!
Ainda não escrevi neste blog nada sobre a requalificação ou melhor RE-FIGURAÇÃO da envolvente do mosteiro. Designar requalificação é de um optimismo que não comporto devido aos inúmeros problemas técnicos de carácter metodológico tais como a discussão daquilo que é Alcobaça região e capital e a sua real especificidade. Só com esta ideia definida se pode expor estratégias que garantam a sua sobrevivência e de forma cirúrgica actuar na cidade para curar aquilo que se pretende. E não estar cativa dos paradigmas económicos que ciclicamente se alteram e refletem no comercio e no modo de vida dos alcobacenses.
Há a tendência de confundir a apresentação de meia dúzia de garatujadas, de um arquitecto em dias intercalados, para mostrar onde futuramente passará carros, onde ficarão chapéus de sol, o lado do saibro ou da placa que o Sr. Sapinho descerraria no dia da inauguração. Depois os promotores perguntam ao publico se este têm alguma coisa ou ideia a acrescentar e a dizer? Isto caro JAV não é discussão publica é ESPECTÁCULO E PROSÁPIA DE POLÍTICOS DE UMA TERRA QUE ELES QUEREM QUE ANDE À MAÇÃ DO CHÃO. SÃO POLÍTICOS SEM RUMO E SEM SABER EM QUE MUNDO TÊM OS PÉS E MUITO MENOS A CABEÇA. A realidade supera a ficção e entre as pessoas parece que o tema ficou reduzido ao que menos interessa: à estética e ao binómio GOSTO NÃO GOSTO.
Uma Requalificação para que seja designada como tal rege-se por outros critérios e só tem êxito quando resolve problemas previamente diagnosticados. É pelo seu levantamento que se pode actuar no sentido da dar a almejada qualidade de vida economia e sócio/cultural ao lugar. É esse levantamento que se designa de discussão pública e tendem a perceber os equilíbrios que se devem ajustar ao designado “Génio Do Lugar” estabelecendo os critérios de equilíbrio entra as realidades naturais, morfológicas, funcionais e sociais desse lugar. Por isso é para sana-los que uma revitalização é feita não para dar uma pseudo-imagem de modernidade, adiando ou ampliando aquilo que deveria de ter sido curado. Depois uma revitalização não é apresentar quase in extremis um projecto adornado de chantagens, intimidando ao que julgo, os alcobacenses e em particular os comerciantes, com a ameaça de não financiamento. Só o desnortemanto institucional, a sede de irracional, a boçalidade militante ou talvez razões obscuras permitiram tal argumentação.
Escrevi muito sobre o tema da revitalização, os rios o castelo Alcobaça na Semana Cisterciense entre 1998 e 2000. Nesses artigos de opinião adverti sobre o problema em que se podia transformar o alindar a zona do mosteiro e outras se não fossem respeitadas certas regras elementares. O problema ai está a realidade fala por si. Mencionei o JAV ( obviamente por bem) num dos últimos comentários que fiz na postagem DO CORAÇÃO.

ANTONIO DELGADO disse...

Caro Ortogal,
Infelizmente é assim.

Anónimo disse...

as grandes mexidas nas equipas de futebol, normalmente processam-se por interesses instalados no seio dos empresários desportivos, em especial quando eles se apercebem que determinados clubes estão instáveis e os seus dirigentes apresentam uma enorme falta de responsabilidade e tambem quando esses empresários necessitam de ganhar uns "cobres" e que "cobres".
mas tambem é disso que eles vivem não é?
é um pouco á semelhança dessas operações que se processam as relações entre alguns arquitectos e algumas câmaras particularmente se estas não têm dirigentes responsáveis.
depois é fácil aparecem com grande aparato e em grandes parangonas as noticias sobre o que se vai fazer.
são postos á discussão os projectos que invariávelmente são aprovados, pois claro
e é engraçado assitir-mos a essas discussões públicas.
no fim mais para lá ou mais para cá tudo fica como inicialmente apresentado.
para que serão estas discussões públicas?
então quem apresenta os projectos normalmente não tem a maioria?
ora bem é que depois de as obras começarem, se houver muita contestação é vê-los a gritarem aos quatro ventos que os projectos foram amplamente discutidos públicamente...
eu sou a favor das mudanças,
são sempre boas porque são mudanças.
e sei que nunca se consegue agradar a toda a gente mas caramba, será tão dificil OUVIR? ou são autistas?
só os grandes homens, os inteligentes mudam quando constatam que os seus projectos enfermam de erros e defeitos que se calhar poderiam ser corrigidos se os nossos governantes OUVISSEM !
só quem não muda são os outros, os pequeninos e os................ .
TOKY

Anónimo disse...

Caro António
Tive a oportunidade de ver a gravação da entrevista do arq. Birne que passou a 26 de Dezembro, no Canal 2.
Anotei, com o maior cuidado, pequenos excertos da mesma.
A Entrevistadora a meio do programa refere " O GRANDE DESPOJAMENTO" do projecto de Alcobaça que "NEM FLORES TEM; NEM FLORES TEM" ao que o Birne contrapoe de imediato "TEM ALGUMAS! TEM ALGUMAS, MAS NÃO MUITAS"; diz então a Entrevistadora "POIS! PEÇO DESCULPA; NÃO AS VI" e diz o Birne "NÃO VIU, POIS!".
O assunto parece morrer aqui mas passados uns minutos o arq Birne retorna a ele, dizendo "DE FACTO HÁ FLORES MAS TEM DE ANDAR À PROCURA DELAS".No comment, da parte da entrevistadora bem como do autor destas linhas.
Um pouco mais à frente na entrevista, o Birne afirma que o projecto de Alcobaça "TEM ESSA COMPONENTE PASAGÍSTICA QUE TRABALHA FUNDAMENTALMENTE COM AS TEXTURAS DOS PAVIMENTOS, POR EXEMPLO, MAS SOBRETUDO COM MATERIAL VERDE: AS ÁRVORES, OS ARBUSTOS, AS FLORES, E ESSES ELEMENTOS SÃO MUITO IMPORTANTES, PORQUE AJUDAM MUITO A TRAZER O TEMPO PARA OS SÍTIOS; A QUESTÃO DAS ESTAÇÕES, O OUTONO, O INVERNO."
No decorrer da entrevista fiquei a saber que a parte paisagística do projecto de Alcobaça ficou a cargo da sua(dele) "FILHA MARTA".
Há pai que é cego...
HÁ PAI QUE É CEGO!!!

ANTONIO DELGADO disse...

Confesso que ainda não tive oportunidade de ver a entrevista, mas um amigo da RTP gravou-ma. Segundo a sua descrição, a entrevista parece um programa infantil ou para pessoas com pouco discernimento intelectual, como são a maioria dos programas e telejornais das televisões portuguesas. Se o arquitecto falou como diz, deixou bem expressa sua teoria arquitectónica. Já uma vez disse não gosto do trabalho deste arquitecto além de o achar artisticamente e sobre o ponto de vista teórico de arquitectura UM BAZOFIAS. Passeia-se ainda na imprensa pela falta de critica fundamenta e pela carência artística do País ao nível de teórico em Artes (Arquitectura, Belas Artes, Sociologia da Arte, Antropologia da Arte, Filosofia da Arte, urbanismo, teoria da restauração...os doutoramentos contam-se pelos dedos e os bricoleur são milhares.


Quanto aos filhos é tradição em Portugal o esquema das dinastia familiares e das castas corporativas...parece que Portugal não passou das leis da sesmarias de D. Fernando no sec. XIV. Faz pouco tempo circulou na internet uma apresentação Powerpoint sobre filhos de ministros, ex- presidentes a ocuparem lugares de responsabilidade, tanto no sector publico como privado. Mas o curioso é que legalmente não é proibição não existe lei nenhuma que proíba mas eticamente é muito reprovável...mas ninguém se queixa!
A experiência da filha e o bazofias do pai, os dois e mais outro(s), conceberam aquilo que não se deve fazer em arquitectura publica!

Mas para lhe ser sincero a culpa no arquitecto é menor ele apenas foi um contratado. A sua contratação é muito discutível é certo mas deve de ser visto sempre como um contratado. Nos erros que o projecto tem deveria de assumir... só nisso!

O resto descontentamento de boa parte da população, problema do comercio não resolvido, problema da cidade ser de passagem, Fabricação artificial de uma Alcobaça de primeira , uma Alcobaça de segunda e uma Alcobaça de terceira estão aí. A RECONFIGURAÇÃO e as que se avizinham, geram periferias e segregando alcobacense e espaços de convivência. Valorizando solos e consequentemente imóveis. Só este ultimo aspecto poderá provocar, dentro de pouco tempo, uma implosão social em Alcobaça... O pior é que tudo é patrocinado pelo autismo e ignorância camarária mas essencialmente pelo seu alcaide mor que possivelmente ficará, conhecido para a história, como D. CHAPINHO...

Cordialmente
António Delgado

Anónimo disse...

Gracias ANTONIO, por tu visita y tus palabras en mi blog.
Así que has estado aquí en Madrid eh? Habrás visto que hay obras por todas partes. Nuestro alcalde ha querido arreglarlo todo a la vez. Y bueno, a veces es un caos ..

Hablas sobre la corrupción urbanística.
Esos "ladrones de guante blanco" se multiplican como las ratas. Les hay por todas partes. Aquí en España, estamos hasta el gorro, de ver que cada vez hay mas implicados en lo de Marbella. Y casi en todo Levante.. UUFFF ¡Una lacra social!

Me he alargado un poco , porque veo que entiendes el castellano tan bien como yo.

BESOS

José Alberto Vasco disse...

Caro António: as três sessões públicas de apresentação do projecto em que estive presente (2 na Biblioteca Municipal e 1 no Cine-Teatro) foram mais que "apresentação de meia-dúzia de garatujadas" que ironicamente refere na resposta que me deu. Todas elas estiveram superlotadas, o que originou que que a terceira se tivesse realizado no Cine-Teatro). Eu estive lá, contestando a falta de concurso público e a tentativa de construção do parque subterrâneo, e além do meu amigo e co-assinante do mesmo abaixo-assinado António Balbino Caldeira não vi lá ninguém colocar questões e objecções quanto ao projecto, inclusivamente muitos arquitectos presentes na sala (cujas intervenções me pareceram até um autêntico lobby!). Os comerciantes presentes estavam todos de acordo e todos tinham na mão, tal como eu, o papelinho com a maquete do projecto (esta também lá presente!). Todos viram e poucos contestaram... Eu estava do lado destes últimos e pensei cá para os meus botões que muitos daqueles apoiantes não se estavam a aperceber das alterações que a realização daquele projecto iriam provocar... E a Associação de Comerciantes até se apresentava como um dos seus principais apoiantes, não se lembra?
Talvez se lembre de artigos de opinião que eu (Simões Correia) então escrevi no mensário A Voz de Alcobaça, num dos quais escrevi que "a partir do início daquela obra Alcobaça nunca mais voltaria a ser a mesma". infelizmente, muita gente só entedeu isso 2 ou 3 anos depois, quando já seria tarde!
Penso que já não é possível nem viável voltar atrás e há que pensar e actuar no sentido de suas melhorias em todos os sentidos apóes a sua conclusão. É claro que a esmagadora maioria do comércio ali existente não se terá ali qualquer viabilidade, excepto nos casos da hotelaria, restauração e lojas de "recuerdos" de melhor ou pior qualidade... Os problemas do comércio em Alcobaça já existiam no final da década de 1980 e não tinham nada a ver com aquela obra (eu soube-o por experiêbncia própria)e creia que eu confio que o "mercado" acabará por resolver o problema. Não tenho mesmo nada contra o Arq Byrne e penso que o problema tem mais a ver com a Câmara municipal do que com ele... Em minha opinião, grande parte do problema continua a ver com o facto de não se regulamentar rigorosamente o trânsito naquela zona e embora me tenha oposto ao enquadramento inicial do projecto penso que temos agora é de olhar e proceder para a frente! Perdoe-me a sinceridade...

José Alberto Vasco disse...

Olá António! Desculpe voltar ao ataque, mas esqueci-me de agradecer a simpática menção que fez no seu úlimo comentário à sua histórica postagem Do Coração. Aproveito para lhe recordar que há mais de uma década escrevi em A Voz de Alcobaça e disse na Rádio Cister, que seriam criados enormes problemas de identidade e identificação a Alcobaça a partir da época em que os alcobacenses passaram a a nascer todos em Leiria e nas Caldas da Rainha. Infelizmente, parece que até tinha alguma razão...

ANTONIO DELGADO disse...

Hola LlUvia,

Gracias por tu “agua bendita” me hizo mucha ilusión verla en este blog fraterno y hermano y no te alargaste para nada. Eché de menos que no hubieras alargado mas…jajajajjaa!

Si estuve en Madrid y me acordé mucho de ti…pero ya sabes como son estas cosas! Esta visita fue de trabajo con alumnos de postgrado de las de sociología y arquitectura de mi Univ, con compañeros de la Rey Juan Carlos. Un total de 16. Quedamos en el hotel Laris, calle del Barco…un sitio muy especial ya ves ¡
Efectivamente Madrid esta al revés y en las “Puerta del Sol” no se puede caminar. Ruiz Gallardón quiere ganar otra vez la capital y después saltar para líder del PP y llegar a la presidencia como es su deseo… …sus deseos son pagados por los ciudadanos, con ruidos, dificultades y por veces con el como dices.

Sobre la corrupción estoy enterado de lo que pasa en España pero en tu país por lo menos algunos chorizos ( Políticos, familiares de políticos, arquitectos promotores inmobiliarios) van dentro y llegan a conocer lo que son las rejas . Aquí en Portugal parece que tienen una BULA especial, cuanto mas corruptos, mentirosos y chorizos mas la gente les vota… Criminalidad urbanística no existe vivimos en el Paraíso!

BESOS

António

Anónimo disse...

acho que o josé alberto vasco tem muita razão. infelizmente, nestas coisas nunca ninguém fala. se todos tivessem a postura deste homem talvez não tivessemos chagado a este ponto, e daí, não sei! as nossas vozes não são para ouvir porque a prepotencia do chapinho não deixa.
agora outra coisa José, muitos me cusam de não ter voz activa em alcobaça por não ter nascido cá e por só cá estar há 10 anos. Assumo que é verdade, mas o facto de não ter nascido cá impede-me de lutar pelo que acho justo? impede-me de amar alcobaça pois elegi-a como terra do meu coração? a minha opinião perante as atrocidades que vejo são menos importantes? Não creio!
mas compreendo o que quis dizer. de facto, é preciso, não nascer em alcobaça, mas amar esta terra e lutar pelo seu desenvolvimento.
sempre estive e estarei do lado dos que lutam pela melhoria da "nossa" terra. por isso, no que for necessário, cá estarei!

victor simoes disse...

O problema é que amigo Delgado, neste país a corrupção impera. Os padrinhos,os amigos dos amigos e para complementar temos o poder do dinheiro e tráfico de influências.
Um arquitecto, que se forme agora ou é filho do papá, ou está condenado a fazer projectos de umas casitas de habitação.
As oportunidades, não são iguais para todos e muito menos depois que os pobres começaram a chegar às universidades, agora falta-lhes o estatuto social. Vejam os casos dos filhos do papá Sampaio, que não vale a pena recontar... é o país que temos.

ANTONIO DELGADO disse...

Caro José,
Pessoalmente não estive lá e francamente não tinha vontade de ir porque como afirmei o processo tem, em meu ver, problemas de método. Continuo a pensar que as pessoas foram utilizadas para se dizer posteriormente que houve discussão pública. O tema das requalificações interessa-me, quer sobre o ponto de vista académico mas também pessoal. Acompanho desde 1990 o processo de revitalização de algumas cidades espanholas, entre eles a de Bilbau. E tenho em conjunto com colegas Espanhóis um curso de Doutoramento nesta área na Universidade do Pais Vasco. Em Espanha estes processos são feitos com estudos profundos, acompanhados por técnicos e envolvendo os cidadão, onde se esgrima a realidade sócio/cultural e económica do lugar a actuar que pode ser uma cidade ou região. Tudo é feito com precisão envolvendo TODOS por estar em jogo a sobrevivência de um espaço e de quem vive nele e dele e não o branqueamento da imagem do politico que governa ou do partido a que pertence. Não são exoterismos que aparentemente ninguém conhece que regem estes empenhos. É no levantamento dos problemas que se opta pela solução mais adequada que pode não ser obras, como as feitas em Alcobaça. Mas a concepção de infraestruturas, tipo museu, palácio de congressos de exposições ou tudo isso. Cada caso é um caso ÚNICO e leva tempo a solucionar para que todos o compreendam, vivam e defendam. No caso da REVITALIZAÇÃO/REGENERAÇÃO Bilbau, apenas um terço, do que se diagnosticou na década de 90 está CONCRETIZADADO . Pode consultar na internet Bilbao ria 2000

Só assim foi possível o milagre naquela cidade muito feia,cinzenta, velha sem futuro, sem esperança Económica e a perder habitantes para se transformar em apenas 15 anos num dos lugares mais apetecíveis para o investimento e que teve igualmente efeitos terapêuticos na mentalidade das pessoas. Tornando-as mais motivadas empreendedoras e participativas nas coisas da POLIS. Aquele lugar tem agora um dos maiores índices de rendimento per/capita do território Espanhol e até da Comunidade Europeia. Mas não foi porque o político de turno que se lembrou que havia dinheiro comunitário à disposição para fazer um museu Guggenheim. Foi porque o lugar soube envolver todos de forma aberta, sincera e participativa.
Comerciantes
Ao ser mal conduzido o processo eles, tal como os outros agentes sociais, também estiveram fora do processo enquanto tudo se urdiam. E não tiveram tempo de perceber o que se passava. Reconheço que o problema do comércio em Alcobaça é igualmente um problema de mentalidade, parece que prima apenas a ideia da subsistência. Mas uma requalificação naquilo que se designa a discussão pública do projecto, não pornografia politica, este problema seria igualmente esclarecido. Por exemplo sensibilizando-os para outro tipo horários. Também fazer do comercio de Alcobaça apenas vocacionado para o turismo criará problemas com diminuição de visitantes e criará uma crise no conjunto da economia urbana.
ARQUITECTOS
Eles são efectivamente uma corporação à qual se tem de dar de comer à parte. Uma economia baseada apenas na construção civil, como a nossa e que torna o território num magma indiferenciado , estes técnicos são muito procurados e natural que se protejam como confrades...a sua afirmação é muito pertinente e feliz porque são assim... e precisam ainda que os projectos sejam aprovados pela camara!
Sobre o Byrn apesar de não gostar do trabalho que faz, já expressei que a culpa não é dele. Ele é apenas um contratado. No entanto isso não o iliba de problemas existentes na obra e que deveria de assumir....mas isso ficara para outra postagem.
TRANSITO
Ele é um caos! Ainda à pouco vi um carro vir, em pleno domingo, do lado da farmácia Campeão em direcção aos correios. Não acreditei no que via!
Vou deixa-lo com este extracto de um texto, igualmente sobre transito e publicado na Semana Cisterciense em 1998.
“Sobre o transito não resisto em comentar o seguinte: não se entende como é que uma povoação com um monumento classificado património mundial e que é “cidade”... por decreto, NÃO TENHA UM ÚNICO SEMÁFORO, para controlar o transito e moderar a velocidade dos carros, como já é comum nas aldeias muito pacatas; ou que na frente do mosteiro a escassos 30 metros exista uma gasolineira. Este problema não é só pelo património mundial é essencialmente pela prevenção e segurança da vida de muitos alcobacenses, sobretudo daqueles que vivem por cima de depósitos de gasolina como se verifica debaixo ou nas imediações de alguns prédios. As estradas em volta do convento são um circuito para camiões TIR e para todo o tipo de tractores e carros pesados passarem nos dois sentidos dia e noite de forma ininterrupta, buzinando estridentemente, quando não passam em excesso de velocidade, como acontece desde o hospital, até ao largo à ilharga Norte do mosteiro. Ou com carregamento de Porcos deixando infestado o ar e perturbando a refeição de quem almoça nas esplanadas

Uma realidade que chama a atenção aos entendidos em questões AMBIENTAIS e que também preocupa muitas mães, cujos filhos fazem aquele percurso diariamente na deslocação para a escola; façam as estatísticas dos acidentes naquela zona e tirem as conclusões.

O transito e o barulho causam admiração e inquietação aos muitos estrangeiros que se assentam nas esplanadas. Para cúmulo, as de Alcobaça são todas à beira das estradas onde estes tristes espectáculos se passam.

É evidente que para quem busca umas férias tranquilidade, longe das grandes cidades, não há pior recepção nem pior exemplo para denegrir Alcobaça junto dos turistas. E não incluímos o seu aspecto sujo e decadente, com casas em ruína, portas desagregadas com madeira pregadas vidros partidos... os estrangeiros, além de não pernoitarem não voltam e garantem a publicidade do que viram.

Por tudo isto dou os meus parabéns aos gestores do concelho pelo PROFISSIONALISMO e FINESSE com que conseguem afastar o turismo IMPUNEMENTE.

No entanto chama-me a atenção que a associação dos comerciantes de Alcobaça, e os comerciantes em geral, não contestem e exijam mais no sentido de resolver este GRAVE PROBLEMA. Chamem a televisão e digam nos jornais nacionais, porque esta realidade tem sérios reflexos na economia do concelho e consequentemente em postos de trabalho. Podem argumentar sem medo que os órgãos máximos da região são verdadeiras FORÇAS de BLOQUEIO no desenvolvimento da terra, porque não têm o menor sentido da previsibilidade. Parece que são ineptos, indolentes e sem discernimento: pessoas completamente à toa.

ANTONIO DELGADO disse...

Cara Lucia

sobre aqueles que não falam vem para fora morder tem razão e concordo consigo e o JAV. No entanto entendo também que as coisas foram muito mal conduzidas e penso que os comerciantes, bem como as pessoas foram utilizadas para autenticar uma pseudo discussão publica.Depois também penso que a nivel geral a massa critica é muito fraquinha e pouco ou mesmo nada esclarecida. E isso foi, na minha opinião, muito bem aproveitado para vários espectáculo de pura PORNOGRAFIA POLITICA em vez de discussão publica. Mas vamos estar atentos para que isso não volta a acontecer.
Não sabe quanto a admiro, Lúcia, pelo amor que dedica a Alcobaça. Só pessoas de BAIXO NIVEL E BOÇAIS podem dizer que você não é da terra.

Tenho pena que Alcobaça não tenha mais pessoas de fora como a Lúcia. E o meu maior SONHO, seria ver, Alcobaça governada por um extrangeiro para notar as diferenças.

ANTONIO DELGADO disse...

E verdade Amigo Victor!

...é a qualidade dos politicos que temos. Tudo é muito paternalista, CUNHISTA E TACHISTA

ANTONIO DELGADO disse...

Thank you ilyniux,

I will tell you future.

david santos disse...

Faço de meu o comentário do António Delgado, mas se assim fosse, não haveria corrupção. Será que eles não a querem?
Obrigado, amigo António.
Deixo-te com o meu último trabalho em o "SO VERDADES"
Até sempre.

ANTONIO DELGADO disse...

Essa e a questão David

Um abraço

José Alberto Vasco disse...

Caro António: gostei muito do seu termo "pornografia política", que se enquadra muito bem no que se tem passado em Alcobaça no que respeita à "Requalificação" do Rossio. Realmente, não foi só a Associação de Comerciantes que apoiou inicialmente o projecto. Além do "poder" local também a "oposição" apoiou politicamente o projecto de alma e coração. Tal como os eleitores, que nas segundas eleições ganhas pelo Dr Sapinho apoiaram representativamente o projecto...
Quando o António me fala de Bilbao, posso aqui escrever que me está a falar do Céu (embora eu seja agnóstico). Talvez não saiba que eu tenho uma prima bilbaína, por afinidade...) Conheço a parte de Bilbao que foi alvo desse projecto de Revitalização/Regeneração e o resultado é realmente notável! Não só pela edificação do Museo Guggenheim e do seu perfeito entrosamento naquela área (incluindo o seu magistral "enroscamento" na Ponte de La Salve (é assim que se chama, não é?) mas também pela revolução operada com a limpeza e despoluição do Rio Nervión. É elementar que nesse caso o trânsito circule a menos de 50 metros do museu, embora eu goste mais da zona onde em vez de automóveis se passeiam pessoas e barcos...
Contudo, esse é um caso que vejo de um modo diferente, lembrando-me que houve vários arquitectos concorrentes a esse projecto. O que significa que houve concurso público... É claro que houve também uma forte e interveniente ligação entre a Fundação Guggenheim, a Administración Vasca e a população local, que me parece ter sido muito mais interveniente, em devido tempo, do que a de Alcobaça.
Lá, os bilbaínos actuaram e cá muitos alcobacenses só foram à luta quando o processo já estava em movimento. Curiosamente, o "meu" abaixo-assinado" contra o parque subterrâneo ainda teve lugar antes de a obra começar... E foi bem sucedido! Com renúncia de muita gente que só se movimentou quando estava tudo em movimento...
Caro António, não sei se não será melhor unirmo-nos com o que de bom ou de mau lá está e avancemos para o futuro, começando por impulsionar uma campanha contra a circulação automóvel não regulamentada no Rossio de Alcobaça!
Gostaria de ver uma união (crítica) alcobacense em torno do futuro do Rossio, a exemplo de outro belíssimo exemplo vasco, o de Elciego, na províncía de Alava, onde todos se uniram, com sucesso, em torno de outro projecto de Frank Gehry, edificando o mais extravagante e original hotel do mundo!

José Alberto Vasco disse...

Prezado António, desculpe voltar a Bilbao (Bilbo), mas fascina-me cada vez mais que ela se esteja cuidadosamente a transformar numa irresistível "cidade de arquitectos", relembrando, por exemplo, a Ponte das Unversidades de Santiago Calatrava e o Metro de Norman Foster... A super industrializada Bilbao é monumental face à pequenina Alcobaça e é também uma das zonas mais ricas de Espanha,o que não se pode esquecer... Volto a escrever que até gosto do trabalho do Gonçalo Byrne, com pequenos senões, e que o principal problema no caso de Alcobaça foi o de não ter havido concurso público para a obra. eu e mais alguns preocupámo-nos com esse facto em devido tempo e continuo a ter pena que muitos tenham então metido a cabeça na areia e apenas despertado quando o processo já estava em andamento...

Anónimo disse...

Finalmente caiu a máscara ao executivo do PSD.
A PROMESSA que tantas vezes e há tantos anos tem servido de bandeira eleitoral do PSD em S. Martinho do Porto com reflexos em Alcobaça, faleceu ontem pela boca do Presidente Dr. Sapinho em reunião com responsáveis do Centro de Saude desta Baía.
O tal Centro de Saúde para São Martinho do Porto, cujo estudo de projecto foi apresentado nesta localidade com pompa e circunstância, na mesma altura da apresentação do projecto de requalificação, não será feito.
Em Assembleia Muncipal o Dr. Gonçalves Sapinho afirmou para quem quis ouvir, que a construção do referido CS era da competência do Governo, mas que se por algum motivo o Governo não concretizasse a obra, o executivo da Câmara Municipal de Alcobaça assumia ali frontalmente perante tudo e todos a responsabilidade da sua construção.
Ontem, finalmente, ao fim de tantos anos a máscara caiu.
Poderão vir agora dizer-nos que há dificuldades, que o Governo se tinha comprometido com a construção de outro Centro de Saúde ( o do Vimeiro)e que não o concretizou nem se vislumbra que o venha a fazer nos tempos mais próximos, que o corte de verbas para as Autarquias foi significativo, e muitas mais desculpas que lhes venham á cabeça.
É costume dizer-se entre nós povo, que "... a rico não devas e a pobre não prometas"...e isso foi o que têm andado a fazer estes senhores há muitos anos.
Pasme-se que para reforçar toda a promessa que então foi feita, até o terreno para a edificação do CS foi apresentado e mais ainda a própria Rua onde o CS iria ser construido passou a chamar-se: Rua do Centro de Saúde.
A isto chama-se gozar com o pagode.Quando não se tem a certeza de poder cumprir não se promete.
Se a promessa foi feita, seguramente que o executivo teria calculado todas as hipóteses de derrapagem de verbas e portanto estaria seguro que as arranjaria.
Assim é fácil ganhar Câmaras e Juntas, basta prometer porque já se sabe que as promessas não são para cumprir.
Cá vamos cantando e rindo, alegremente metendo a cabecinha na areia e assobiando para o lado, impávidos e serenos como se nada se passasse. E daqui a dois anos e tal, em novas eleições com novas promessas muitos de nós vamos esquecendo o que nos têm vindo a fazer e da forma fácil e falaciosa como nos têm vindo a enganar.
Veremos se nessa altura, o Centro de Saúde e a sua construção não virão de novo a servir de bandeira a estes senhores, aos mesmos.
Sabemos que como alternativa, o executivo autorizou que se encontrasse um local, de preferência um rés-do-chão para a mudança, provisória/definitiva do actual Centro de Saúde.
Não é fácil, sabemos disso, porque não abundam por cá instalações que satisfaçam os requesitos necessários para tal mudança, mas ... questionamos: Então quando a Câmara aprova tantos edificios para São Martinho do Porto, alguns de estética duvidosa, porque não põem como condição que as lojas que lhes são apresentadas nesses novos edificios, não tenha uma delas de ser desde logo preparada para este efeito?
Se calhar ter-se-ia poupado muito dinheiro público. Teria interessado seguramente ao Empreiteiro, ao Construtor, á Câmara, á Junta, ao Ministério da Saúde e sobretudo ao povo, aos utentes desta Terra.
Senhores da Câmara de Alcobaça, os senhores até têm a solução nas mãos, perguntem a quem cá vive, que se calhar conseguem encontrar uma solução.
Claro que não haverá milagres, algum dinheiro terão de gastar, mas a solução os senhores têm, e em propriedade que já é vossa.
Estou-me a lembrar, perguntem á oposição da Junta de São Martinho
do Porto, verão que a solução aparecerá. Não aconselho a consulta ao actual executivo da Junta, porque esse está por cá há muitos anos e nunca encontrou soluções nem para elas tem mostrado vontade.
Ventos da Baía

Anónimo disse...

Sábado dia 10 de Fevereiro de 2007
10h 30m. mal me levanto o telemóvel toca e do outro lado uma pergunta seca e rápida:
- Já ouviu a Rádio Cister hoje?
Respondo: Não, porquê?
A mesma voz do outro lado dispara:
- O Presidente da Câmara de Alcobaça, questionado sobre o Centro de Saúde de São Martinho, reafirma que SE O GOVERNO NÃO O CONSTRUIR, A CÂMARA DE ALCOBAÇA CONSTRUI-LO-Á.
Desligo o telemóvel, esfrego os olhos, olho para o relógio, revejo o calendário duas, três vezes e belisco-me...
Acordei mesmo ou ainda estou a dormir e isto não passou de um pesadelo?
Ali ao meu lado a minha mulher acorda e pergunta-me:
-Já te vais levantar?
Volto a esfregar os olhos, limpo os ouvidos e peço-lhe:
-Acordás-te mesmo ou entras neste pesadelo?
Meia ensonada ainda me atira:
-Ó homem tás tonto ou acordas-te mal disposto?
Lentamente vou tomando consciência de que afinal estava tudo mesmo a acontecer.
As afirmações do Dr. Sapinho eram mesmo reais.
Ora se pouco tempo antes o Presidente da Câmara tinha afirmado, sabêmo-lo de fonte segura, aos membros do grupo da oposição á Junta de SMP em reunião que se realizou na Câmara Municipal de Alcobaça, que não iria construir o CS por falta de verbas.
Se o mesmo Presidente fez á Junta de SMP a mesma afrimação.
Se o Dr. Sapinho , em jantar de Natal da JF de SMP afirmou publicamente a mesma coisa, que não tinha verbas para fazer o CS de SMP.
Se o Presidente da Câmara de Alcobaça proferiu as mesmas palavras em Assembleia Municipal para todos os presentes.
Como é que agora, pouco tempo decorrido, e sem que nada nem ninguem nisso tenha falado, o Presidente da Câmara de Alcobaça, Dr. Gonçalves Sapinho que são uma e a mesma pessoa, como num passe de mágica, venha reafirmar o que tinha em tempos afirmado com a mesma convicção, mas esquecendo-se de dizer neste momento onde é que foi descobrir num tão curto espaço de tempo o "graveto" para satisfazer a obra.
Como previ num comentário recente neste blog, esta promessa voltou á ribalta sem termos de esperar por novas eleições afinal.
É tão fácil fazer de novo uma afirmação destas.
O povo, aquele que elegeu estes senhores, tem de perceber de uma vez por todas que isto é pura demagogia.
Então a Câmara que sabe que o Governo não vai construir Centro de Saude nenhum em SMP, diz agora pela boca do seu Presidente, que: "SE O GOVERNO NÃO O CONSTRUIR, NÓS ASSUMIREMOS A SUA CONSTRUÇÃO"
Se houvesse mesmo intenção séria de o fazer a afirmação tinha de ser outra, mais neste moldes:
"VAMOS CONSTRUIR O CENTRO DE SAÚDE DE SÃO MARTINHO DO PORTO E DENTRO DE POUCO TEMPO INICIAREMOS O PROCESSO QUE ESPERAMOS BREVE E ATÉ AO FIM DO NOSSO MANDATO"
Porque será que estas afirmações apareceram cirúrgicamente nesta altura?
Anda alguem da Câmara a ler este bolg? Ou apenas vieram em defesa do Presidente da Junta de SMP?
Andam a querer salvar o quê e quem?
Afinal há dinheiro ou não há?
Ou isto não passa de mais uma daquelas manobras de diversão que os politicos sabem fazer em tempos de aperto???
Tenham pena de nós, utentes desgraçados de um Centro de Saúde onde não entra uma maca, nem um carrinho de bébés, nem sobe um idoso sem que para isso o tenham de levar ao colo.
Ainda estarão á espera que as gentes desta Terra, acreditem em vocês? Tenham vergonha.
VENTOS DA BAÍA