Foto de Patrick Parenteau, extraída daqui.
Não são poucas vezes que no dia a dia, mas também, na rádio ou na televisão ouvirmos as/os locutoras (os) pronunciarem o número treze (13), por qualquer coisa semelhante a TREÛZE . Um modismo inspirado talvez, na forma de falar das “tias de Cascais”. Modismo que contagiou a novel população feminina da qual possivelmente faz parte uma locutora da Rádio Císter(a que diz as notícias) que de forma graciosa pronúncia TREUUZE em vez de dizer treze. No entanto devo ressaltar que a referida locutora tem uma voz bonita e muito agradável ao ouvido...parabéns à Rádio Císter.
Não são poucas vezes que no dia a dia, mas também, na rádio ou na televisão ouvirmos as/os locutoras (os) pronunciarem o número treze (13), por qualquer coisa semelhante a TREÛZE . Um modismo inspirado talvez, na forma de falar das “tias de Cascais”. Modismo que contagiou a novel população feminina da qual possivelmente faz parte uma locutora da Rádio Císter(a que diz as notícias) que de forma graciosa pronúncia TREUUZE em vez de dizer treze. No entanto devo ressaltar que a referida locutora tem uma voz bonita e muito agradável ao ouvido...parabéns à Rádio Císter.
Por vezes, fico a imaginar ouvido pronunciar TREÛUUUUZE ( câmara lenta), o desenho e a mimica labial de quem diz , desta forma, o referido número. Como tenho uma memória que é também muito visual, não consigo deslindar este facto dos reclames de lábios, em grande plano, com bocas a comerem morangos , cerejas ou gelados para insinuarem ideias lascivas...será que certos modismos no linguarejar ou na pronunciação de algumas palavras em portugês, também encerram aquelas ideias?!
Falar de sete e quinhentos.
Entre muita gente, floresce a abstracção empolada como o mais natural do mundo. O mais lerdo fala como um torpe metafísico em funções. Em lugar de “existir” diz substituir e em todas as partes “haver” do mesmo modo que a existência supre a “presença” e a inexistência a “ carência” ou “ausência “. Transforma, a “intenção” em intencionalidade; e “fim” em finalidade; “potência” ou “capacidade” em potencialidade. O “competitivo” torna-se competitividade, o “credito” em credibilidade. No lugar de “governo” põe governação ou governabilidade. A simples “obrigação” transformou-se em obrigatoriedade, e o “tudo” no “total” e em totalidade (do mesmo modo que “conjunto” em globalidade ou globalização). A “razão” cedeu à racionalidade e um modesto “rigor” tornou-se em rigorosidade. Não há “disfunção” mas disfuncionalidade, em vez de “emoção” há emotividade. O “perigo” é perigosidade. E “motivos” transformaram-se em motivações. No lugar de “limite” diz-se limitação. O “valor” mede-se agora pela sonora desvalorização, ou valorização.
Há quem acredite que as palavras, como os rostos, encolhem-se e enrodilham ou têm de fazer operações plásticas. É com estas fórmulas que alguns se erguem sobre o falante médio para obter prestígio. O que começa por um interesse néscio por notoriedade expande-se posteriormente sem controlo. Talvez porque supostos especialistas disponham de bula para retorcer a língua ao seu gosto, perante a submissão reverente de leigos. Enquanto o intelectual recria-se no veicular perante o “levar” ou “transportar”, no articular frente ao “compor” ou “ unir”. O seu é problematizar quando bastaria “questionar”. Nos políticos não há nenhum que não dedique o dia a posicionar-se ou a emitir posicionamento, em vez de “prenunciar-se”, “situar-se” ou adoptar uma “postura” ou “decisão”. Dispõem-se a institucionalizar todo, sem “instituir” nada. A omnipresente negociação, nunca é um “trato” nem um “diálogo”. Este modo falar surge por vivermos tempos onde se fala demasiado. E porque a palavra pública, antes reservada a uns poucos e para ocasiões solenes, roda agora de forma incontável no espaço da publicidade política e comercial. A feroz concorrência para captar os interesses do cliente atordoado por geringonças, chega por igual a políticos e comerciantes para renovar em cada campanha a sua mercadoria verbal, dotando-a de maior poder de sedução. Poder que não se alcança pela precisão ou a eufonia nem na verdade mas pela largura das palavras. O que contrasta com a redução das ideias e limitar auditores. Agora o comentarista de futebol sabe quando o jogo finaliza, mas não sabe quando “termina” e muito menos quando “acaba”. O jogo não tem “final” ou “término”, mas finalização. E os golos não se “metem”, materializam-se. Nas noticias da televisão, os bancos fusionam-se, nunca se “fundem”. Comunicados de toda a ordem propõem actuações e não “acções”. Exigem “normativas” à falta de normas invocando uma regulamentação, que é mais sonante que dizer “regras”. O empobrecimento da língua, mais que um facto “geral” parece ser é um facto generalizado. Como produto histórico, é uma coisa viva e a língua tem que evoluir, mas não transformá-la, a golpes de pedantismo, de ignorância ou somente pelo mimetismo dos usuários com “palavras de sete e quinhentos”.
“Falar de sete e quinhentos”: artigo publicado no Jornal de Leiria edição de 12/7/2007.
Falar de sete e quinhentos.
Entre muita gente, floresce a abstracção empolada como o mais natural do mundo. O mais lerdo fala como um torpe metafísico em funções. Em lugar de “existir” diz substituir e em todas as partes “haver” do mesmo modo que a existência supre a “presença” e a inexistência a “ carência” ou “ausência “. Transforma, a “intenção” em intencionalidade; e “fim” em finalidade; “potência” ou “capacidade” em potencialidade. O “competitivo” torna-se competitividade, o “credito” em credibilidade. No lugar de “governo” põe governação ou governabilidade. A simples “obrigação” transformou-se em obrigatoriedade, e o “tudo” no “total” e em totalidade (do mesmo modo que “conjunto” em globalidade ou globalização). A “razão” cedeu à racionalidade e um modesto “rigor” tornou-se em rigorosidade. Não há “disfunção” mas disfuncionalidade, em vez de “emoção” há emotividade. O “perigo” é perigosidade. E “motivos” transformaram-se em motivações. No lugar de “limite” diz-se limitação. O “valor” mede-se agora pela sonora desvalorização, ou valorização.
Há quem acredite que as palavras, como os rostos, encolhem-se e enrodilham ou têm de fazer operações plásticas. É com estas fórmulas que alguns se erguem sobre o falante médio para obter prestígio. O que começa por um interesse néscio por notoriedade expande-se posteriormente sem controlo. Talvez porque supostos especialistas disponham de bula para retorcer a língua ao seu gosto, perante a submissão reverente de leigos. Enquanto o intelectual recria-se no veicular perante o “levar” ou “transportar”, no articular frente ao “compor” ou “ unir”. O seu é problematizar quando bastaria “questionar”. Nos políticos não há nenhum que não dedique o dia a posicionar-se ou a emitir posicionamento, em vez de “prenunciar-se”, “situar-se” ou adoptar uma “postura” ou “decisão”. Dispõem-se a institucionalizar todo, sem “instituir” nada. A omnipresente negociação, nunca é um “trato” nem um “diálogo”. Este modo falar surge por vivermos tempos onde se fala demasiado. E porque a palavra pública, antes reservada a uns poucos e para ocasiões solenes, roda agora de forma incontável no espaço da publicidade política e comercial. A feroz concorrência para captar os interesses do cliente atordoado por geringonças, chega por igual a políticos e comerciantes para renovar em cada campanha a sua mercadoria verbal, dotando-a de maior poder de sedução. Poder que não se alcança pela precisão ou a eufonia nem na verdade mas pela largura das palavras. O que contrasta com a redução das ideias e limitar auditores. Agora o comentarista de futebol sabe quando o jogo finaliza, mas não sabe quando “termina” e muito menos quando “acaba”. O jogo não tem “final” ou “término”, mas finalização. E os golos não se “metem”, materializam-se. Nas noticias da televisão, os bancos fusionam-se, nunca se “fundem”. Comunicados de toda a ordem propõem actuações e não “acções”. Exigem “normativas” à falta de normas invocando uma regulamentação, que é mais sonante que dizer “regras”. O empobrecimento da língua, mais que um facto “geral” parece ser é um facto generalizado. Como produto histórico, é uma coisa viva e a língua tem que evoluir, mas não transformá-la, a golpes de pedantismo, de ignorância ou somente pelo mimetismo dos usuários com “palavras de sete e quinhentos”.
“Falar de sete e quinhentos”: artigo publicado no Jornal de Leiria edição de 12/7/2007.
25 comentários:
Muito "boa malha", meu amigo António.
Cao António,
Um texto muito interessante. Parabéns.
Há pouco, enquanto esperava o início do almoço, conversava sobre este tema a propósito do abuso da palavra gravoso em vez de grave.
O meu amigo tem aqui uma conclusão brilhante: A língua é uma coisa viva e tem que evoluir, mas não devemos transformá-la, a golpes de pedantismo, de ignorância ou somente pelo mimetismo dos usuários com “palavras de sete e quinhentos”.
Mas há um secretário de Estado que quer ir mais longe, obrigando os nossos cooperantes em Timor aaprender tétum, o que vai resultar em os locais demorarem mais tempo a aprender português, ou inglês, que lhes seria mais útil.
O facilitismo e o retrocesso, está ligado ao pedantismo da criação de novos termos. Perde-se a simplicidade e a unicidade que tornaria simples perceber o significado de uma frase ou palavra. Dentro em pouco, uma coisa qualquer pode ser traduzida por uma dúzia de palavras qual delas a mais extensa e estranha. Bem fazem os jovens que as reduzem a um som «bué» simples.
Um abraço
Olá António,
Parabéns pelo texto, está muito bem observado. Eu posso dizer que na minha profissão oiço muitos vocábulos desses, muitas vezes mal utilizados por pessoas incultas que os ouviram e que lhes parece bem colocar num discurso sem saber exactamente o que querem dizer. O que dá frases sem sentido ou que dizem exactamente o contrário do que o orador quer expressar. Por sorte, quando há tradução simultânea, os tradutores filtramos e fazemos um discurso coerente de algo que não tem pés nem cabeça, (porque ainda diriam que estamos a traduzir mal).
Mas posso dizer os que estão a fazer discursos são cada vez mais analfabetos e não têm mesmo nada que dizer. Assim que finalmente, não tem importância o que dizem porque os discursos estão vazios de conteúdo.
E não quero falar dos portugueses - que em geral devem falar todas as línguas deste mundo - porque não ouvem a tradução por algum complexo e não se colocam os aparelhos nas orelhas. Assim que estão três dias num congresso sem saber do que se está a falar. Por isso digo que não deve ser muito importante o que se diz. A questão é colocar palavras ribombantes, (ou que acham que são), umas detrás de outras.
Beijinhos
Esperemos que o povão não se deixe influenciar por essas mariquices apontadas no seu poste, pois que é ele, em última circunstância, quem irá ter a decisiva palavra (no sentido literal do termo) nestas questões da linguagem, não obstante os perigos serem hoje bem maiores do que antigamente, dada a existência de algumas fontes com água contaminada.
Tinha razão. Agora vi e li mais texto.
Um abraço
Ás vezes tanto se quer ser "tia" que se cai no ridiculo, mas não é só na radio , na TV, e então nas entrevistas, uma pobreza.
Amigo está á vontade, hoje escrevi a terceira parte e penso ficar por aqui,pois tudo isto foram recordações passadas
saudações amigas
Para estes "artista" diria como um velho amigo, (quando pegavamos um caderno de encargos de equipamentos e que no essencial pouco dizia, estes tipos vendem isto ao quilo), agora para render é a mesma coisa quanto mais longa a palavra melhor, mais tempo de antena
saudações amigas e obrigado
De acordo.
Já agora, a talhe de foice, quando deixam de dizer "perfomance" e passam a dizer "desempenho"?
É português e até é mais fácil de articular.
Um abraço
Bem interessante esta colocação! Há uns exageros no vocabulário quotidiano. Cá as empresas que operam com centrais de atendimento ao consumidor, estão distorcendo a nossa língua o o uso exagerado de expressões que não tem nexo; como o caso de "Nós vamos estar"...fazendo, transferindo, providenciando, entre outros, ao invés de ir direto ao ponto em questão.
beijos
Meu caro António:
Com toda a consideração mas igualmene toda a frontalidade e na defesa daquilo que este mesmo post sugere, tenho a solicitar-lhe o maior rigor na escolha e grafia do que escreve.
Na sua introdução, aplica várias vezes os vocábulos "prenúncia", que não existe, e "prenúnciar/prenunciar".
"Prenúnciar", assim grafado, também não existe, pois nenhuma palavra pode ser acentuada numa 4ª sílaba. tratra-se-ia de "super-esdrúxula", coisa que não existe como sabe.
De igual modo, no contexto em que a usa, a palavra "prenunciar" está claramente errada. "Prenunciar" é anunciar antecipadamente, prever, profetizar,...
Os vocábulos correctos seriam, pois, "pronunciar" e "pronúncia".
Também já não é a 1ª vez que vejo por si escrito o Infinitivo Pessoal, uma aberração existente na nossa língua, separando por um hífen oradical da desinência.
Mais uma vez aqui deixou escrito
"Não são poucas vezes que no dia a dia, mas também, na rádio ou na televisão ouvir-mos as/os locutoras (os) prenúnciarem o número treze...""
Ora, nesta frase, emprega 2 Infinitos pessoais : o 2º incorrectamente escrito mas apenas porquusou o verbo errado (deveria ter escrito "pronunciarem") ma, mas o 1º em vez de "vercolocou aquele hífen e errou.
O Infinitivo Pessoal conjuga-se escrevendo, no caso do verbo "ver":
ver
veres
ver
vermos
verdes
verem
Repare! Não escreve "para tu ve-res melhor", pois não?
Então porque insiste em separar a 1ª pessoa do plural?
É que, com toda a franqueza, já não é a primeira vez que reparo no erro. Se fosse, poderia bem tratar-se de um erro de dactilografia, facto a que eu, por exemplo, não consigo pôr cobro devido ao vício terrível de não rever o que escrevo.
Creia que o que aqui lhe digo é apenas um contributo para uma melhor utilização da língua e está dentro do contexto deste seu post.
Quanto ao que o outro texto, o do jornal, refere, entendo que auma língua é dinâmica, não pode sempre apresentar os mesmos vocábulos, indo buscar outros que não estavam tanto na moda ou, até, criando e recriando outros.
Claro que muitas dessas palavras referidas são utilizadas exactamente por pedantismo. Nisso estou de acôrdo. Mas também por modismo, há realmente uma "moda" nas línguas.
Mas todas elas têm esses vocábulos. No Inglês chamam-se "far-fetched words", ou seja, palavras rebuscadas, "que se vão buscar longe", está a ver? E lá, como cá, os falantes não as empregam habitualmente. O que não significa que não possam honestamente fazer parte do ideolecto, isto é, do vocabulário individual da pessoa, de alguns falantes da Língua.
Peço uma vez mais desculpa, mas em defesa do correcto emprego do português, vi-me agora no dever de lhe transmitir o que acaba de ler.
Com consideração, um abraço do Jorge G.
Estimado Amigo JG
Antes de mais, agradeço as observações, todas elas muito pertinentes e se há coisas que admiro é a franqueza e a frontalidade porque eu também sou assim.
Normalmente escrevo de forma directa nos blogs, mesmos nas postagens como esta. Raramente leio segunda vez, aquilo que escrevo, senão para emendar algum sentido de uma frase...nos blogs entenda-se! Depois agarrado que estou ao corrector do computador, como quase toda a gente, parece que tudo está bem aquilo que se escreve na caixinha dos comentários ou das postagens. Por isso posso dizer-lhe e com franqueza que ao escrever PRENUNCIAR por PRONUNCIAR, deveu-se unicamente a distracção gráfica e os acentos à falta do corrector. Sobre infinito pessoal, o erro que aponta deriva de uma confusão minha por causa de outros idiomas e quando chego ao Português, apesar de ter presente o facto acabo por fazer o erro. Embora parecendo de escrita, o caso, relaciona-se s com uma questão psiquica... de verdade! Sobre o artigo e entendendo eu também que as línguas são dinâmicas possivelmente concordará que o pedantismo também o é e talvez seja muito mais que a língua. Que podemos fazer ?
Um abraço fraterno
António
Para o amigo J.G.
Tem toda a razao de corrigir o português, no entanto, às vezes as postagens sao feitas porque nos vem a inspiraçao e se estamos a pensar só nos erros desaparece. Simplesmete peço-lhe que o entenda assim e nao seja tao severo. O nosso amigo António fala e escreve em várias línguas e isso leva às vezes a alguma confusao. (Também é o meu caso). Isto sucede menos com as pessoas que só falam um único idioma.
Um abraço
Como já nos habituaste, um excelente artigo e bem pertinente.
Trê U ZZZZZ...
Um Forte e Fraterno Abraço
Eh bien oui, Ema, c'est difficile pour certains de comprendre cela… Mais il vaut mieux laisser tomber !
Oui, mon cher Antonio, il faut de tout pour faire un monde!
Gros bisous
De facto, este costume de dizer treuze e toda a problemática levantada pelo António no texto publicado no Jornal de Leiria são hoje muito frequentes. A meu ver, tem sobretudo a ver com a democratização do discurso, isto é, com o facto de cada vez haver mais gente a falar correctamente. Esses truques linguísticos são processos de distinção social; na prática, vulgares tiques snobes. Para se distinguir da «massa falante», um orador, um polítco ou um técnico de qualquer coisa não vai agora falar como todos os outros falam... Então, rebusca a linguagem, inventa novos termos e deforma a linguagem para se dar ares de diferente e superior. Até se pode chamar a isso «inovação» e «modernidade»; mas é para pior. A fala é tanto melhor quanto ela for mais clara e sem artifícios. O processo faz lembrar a mania dos médicos quando passam as receitas, de forma que os seus clientes as não entendam, dando-se assim ares de detentores únicos de alto saber... para se distanciar da massa dos clientes e dos doentes. A Escola (da elementar à universidaede) tem muita responsabilidade nisso. Mas não vamos agora falar da miséria a que chegou o nosso ensino da língua...
Língua terrível...
Queria eu ter nascido estrangeiro... para ouvir apenas o cante...Nada ver e menos perceber. Só e apenas o som.
Corei há anos na homenet, com um sopapo argentino, quando citei - Pátria é a minha língua! - Neocolonialismo, foi a resposta...!
Nunca mais fingirei a baboseira.
Olho as fotografias de grupo de portugueses com a notícia que um terço sofre distúrbios mentais ( telejornal de anteontem)... Em algumas fotos a percentagem até parece maior.
Pragas... extinções... ruptura no fundo de pensões... alterações do ambiente... pontapés na gramática... distúrbios mentais, pressões, disfunções, banalidades e estupidez, dependências, stress, esgotamento, estimulantes, endividamento, gente com tempo para tudo, gente sem tempo nem para morrer, gente com reformas acumuladas, gente com reformas miseráveis... etc, etc...
A voz é belíssima! Bem haja!
Cantemos...
9X1=18 (dezôitu)
9X1=20
9X1=27
....
Refrão 9X1=pi
Estimado Jorge Casal,
bem aparecido sejas por estas bandas. Dizes uma coisa que merece uma postagem bem fundamentada: as receitas médicas manuscritas. Em Espanha e anteriormente em França, não é permitida nenhuma receita senão feita em letra impressa. Isto devido a queixas de inumeras associações, por mortes indevidas de pessoas. Mortes que surgiam no engano dos farmacêuticos em fornecerem os medicamentos correctos anunciados na receita. Estes eram trocados pela confusão surgida na leitura das receitas manuscritas com o tipo de letra que falas...
...Fizeste bem em avivar-me a memória: irei pensar no assunto!
Gostei do texto e tambem concordo que as linguas tem que ser dinamicas, pois se assim nao for passam a ser linguas mortas. Ja nao concordo tanto, quando se usam anglissismos em vez e expressoes portugesas existentes, coisa bastante corrente ultimamente.
Quanto ao "treuse", o meu saudoso pai na brincadeira dizia "trelse"!
Um abraco do d'Algodres.
Depois de tudo quanto li que mais posso dizer do que até na língua há modas. A língua entrou na moda e para mal dela. Ouço com frequência esse erro do treuuuze mas muitos outros se ouvem. Saibamos nós corrigi-los, aceitando que errar é humano que já caminhamos bem.De pedantismos e de exibicionismos estamos cheios.
Beijinhos, António!
ah !! el mundo de la moda que gran esclavitud, bonito post felicidades
obrigado
beijos desde Reus Catalunya
Às vezes, ao escrever, lá sai bacorada. Nada de grave e nem sería de esperar uma escrita muito elaborada. Claro que também admiro quem escreve e fala um português correcto, e devo dizer que alguns dos blogues que visito são exemplares nesse aspecto.
Cumps
Amigo António Delgado
Não fico admirado com estas formas de falar, fico admirado é com a vossa admiração, se é que posso fazer esta afirmação correctamente.
Lembrem-se que os programas de TV mais vistos têm influência estrangeira, principalmente com as novelas que nos inundaram de termos "abrasileirados".
Por alguma razão eles pronunciam "Cabrau" e não "Cabral", dizem "inté" em vez de até logo ou até já.
Depois, por força da muita imprensa que hoje se faz sentir, acho que não existe muito cuidado com a língua portuguesa, logo eles que são quem mais influência têm na forma de falar do povo.
Do ensino não falo, e se calhar também deveria ficar calado e não fazer nenhum comentário sobre a matéria que apresenta, muito porque também eu por vezes tenho dificuldade em saber exactamente como determinadas palavras se escrevem e se pronunciam hoje em dia.
Basta falar-mos com a nossa juventude e ficamos deveras "apardalados" desculpem-me o termo, com as muitas expressões que eles utilizam para se fazerem entender. Uma espécie de dialecto. "Bué" "meu" e outros que até me arrepiam.
E que dizer das nossas tias que dizem "biciclêta" porque lhes dá um ar bem e diferenciado.
Paciência, é o que temos mas é giro, não acham?
Um abraço
José Gonçalves
tenho feito o possivel por não comentar comentarios (passo a redundãncia9 mas, se há coisas que me incomodam, os estrangeirismos, são uma delas.
o português é uma das linguas mais ricas que conheço e é um dos símbolos sobreviventes da nossa nacionalidade.
peço desculpa a quem não gosta de nacionalismos mas, eu tenho muito orgulho no meu país (mesmo com as dificuldades e atrasos que cá temos) e nos símbolos que o identificam.
perdemos a moeda, que era um dos nossos símbolos mas, não temos de perder, também, a nossa língua.
sou da opinião do antónio quanto ao facto de, numa das rádios mais ouvidas em alcobaça, se falar tão mal mas... se até o nosso presidente de câmara não dá o exemplo....
Mas também acho que, uma postagem a criticar o facto de se falar mal o português não pode vir com tantos erros gramaticais e, nalguns casos, até erros de palmatória.
Até eu, que não sou nenhuma especialista em matéria de português, me arrepio com alguns dos nossos "jornalistas".
Vamos todos tentar passar as mensagens aos mais novos de uma maneira mais correcta, pode ser?
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