Normalmente pensamos que no tempo dos frades a clausura monástica seria um modo de vida muito seráfica e enlevada e que todos aqueles que se recolhiam nela praticavam a oração e a contemplação no seu sentido mais sublime e extático. No entanto começa a ser manifestamente sabido que afinal não era bem assim e que essas ideias estão longe de ser verdade e servem até para distrair sobre aquilo que realmente era o dia a dia dentro das casas monásticas, além da oração. Se nos nossos dia se sabe que no Vaticano ocorrem assassinatos por causa de amores e ciúmes homossexuais, imagine-se aquilo que se tem ocultado. Por outro lado a vida de um mosteiro, como a que Humberto Ecco reinventou no romance “O Nome da Rosa”, era muito mais real do que possa parecer.
Nos séc. XII e XIII quando se assiste à grande expansão da ordem de Císter, há muito que a pureza da regra de S. Bento de Nursia estava corrompida, e quando a ordem se representou em Alcobaça, com alguns dos seus frades, o principio Ora e Labora hà muito que tinha sido posta gaveta, tal como o socialismo dos nossos dias. Naquele tempo a ordem de Císter já era um império monástico e padecia o relaxamento da austeridade e do enriquecimento. Tinha-se convertido num potentado económico e num centro de tráfico de influencias. Se não fosse por esse centro de influencias não sabemos o que seria hoje o Jardim à beira mar plantado. Todos sabem que D. Afonso Henriques comprou as influências de Bernardo do Claraval com a doações de terras à sua Ordem.Bernardo de Claraval como presidente da multinacional Ordem de Císter representava naquele tempo o que representa hoje um presidente de administração de um qualquer império económico, como Bill Gates da Microssoft. Tinha poder para exercer muita influencia junto do Papa para que este reconhecera Afonso Henriques como rei. Neste sentido é curioso ver na linguagem dos cronistas o uso do termo promessa para designar o negócio, a troca de favores ou interesses entre D. Afonso Henriques e S. Bernardo. Os discursos subliminais sempre fizeram parte das ideologias ou dos desígnios obscuros, e a fundação de Portugal foi envolvida por um ar brumoso, místico, divino e esotérico como convinha e parece continuar a convir; só que para a ciência todas aquelas crónicas são meras curiosidades!O síndroma da promessa continua arreigado nos genes da cultura política, tal como no passado. A bitola discursiva de qualquer candidato continua a utilizar a promessa como engodo para o seu interesse. Dão-me o vosso voto e eu dou-vos o que vos prometo... se ganhar! A existência do “SE” pode tornar tudo nulo. A generosidade e o altruísmo dos políticos baseia-se nisto. Outro exemplo desta generosidade vê-se quando o comum dos mortais promete à Virgem Maria ir a Fátima a pé se lhe sair o totoloto, se não sair não vai e a promessa fica sem efeito. Este tipo de fé assente no interesse e na chantagem é sinónimo do altruísmo do tipo de políticos descritos. Ambas expressões são o mesmo vector de uma filosofia: a “INTERESSELOGIA”. Toda a cultura ocidental parece que assenta nela. A chamada lei da retribuição fez o dia a dia das mortais simples jogatanas de interesses, por isso as religiões fundadas em sistemas de compensação parecem ter os dias contados. Assim a fé tal como a política não se constituem na generosidade nem no altruísmo, a fraternidade ou solidariedade desconhecem-se, e são o toma lá dá cá de um comércio sucateiro ou da venda da alma ao diabo. Feito o comentário vejamos nos ecos um aspecto da vida dos monges no interior do mosteiro de Alcobaça ou nas casas da ordem de Císter, que era a prática dos jogos de Parar. Estes jogos eram realidades lúdicas ilícitas por serem jogos de apostas. Na gíria dos nossos dias têm a designação de jogos da batota, montinho e cartas e são práticas criminosas, tal como sempre foram. O extracto do texto que publicamos pertence às regras do capitulo, do séc. XVIII e diz o seguinte:
“Recomenda Mto. o capitulo ao N.R.mo. e a todos os m. R. dos Pes. Dons Abades a observância da lei do capitulo geral de 1726. e da junta de 1728 sobre a proibição do jogo, e as restrições, compº. somte. se devem permitir os que são lícitos, e em nenhum caso os de Parar; os quais o capitulo proíbe absolutamente a todos os monges da nossa congregação e lhes manda com preceito de obediência que nenhum seja ousado ao jogar nem dentro nem fora da clausura”.
Para uma hermenêutica da cultura e da sociologia, as leis enquanto objecto de estudo sociológico, são práticas culturais e tanto aquilo que proíbem ou aquilo que estabelecem têm o mesmo valor. Não é por se proibir roubar que deixa de haver ladrões ou que as cadeias não estejam cheias deles. Do mesmo modo que por se declarar legalmente os impostos não se esteja a defraudara a lei; recorde-se casos até recentes acontecidos com ministros. Os dois aspectos da lei são demonstrações espontâneas da cultura, logo fazem parte dos costumes.Imagine-se então o animado que era o interior do mosteiro e ver os monges pelos cantos, ao fundo das adegas, atrás das vasilhas, em lugares pouco iluminado, nas cavalariças ou a levantarem-se de noite, às escondidas, para irem jogar à batota. Imaginem também um grupo de frades que “arroupava” estas proibições. Se no interior do mosteiro se constata a existência desta prática, fora dele os religiosos também se entregavam ela , porque a regra do capitulo é clara: tanto proíbe o jogo dentro como fora da clausura. As constituições sinodais excomungavam os religiosos que jogavam aos jogos proibidos.O jogo, enquanto aspecto lúdico na convivência entre os frades e da vida monástica era importante, porque surge legislado pelo capitulo e esta assembleia eclesiástica dedicava-lhe normas estritas e com variantes permitidas. Pergunto quais seriam então os jogos com que os frades se podiam divertir? escondidas? pingarito? cabra cega? adivinha toleirão? à sardinha? aqui vai o lenço aqui fica o lenço? Á malha, ao “pé cochinho”, aos três cantinhos...? Sinceramente não sabemos nem nos interessa por agora o que a regra nos permite saber é que por detrás das grossas paredes e pesadas portas dos edifícios monacais se ocultava entre outras coisas um mundo de pândega e vicio, e sobre o ponto de vista da cultura isso é muito mais importante porque nos permite desmistificar os estereótipos com que se estrutura o obscurantismo.
Ps. Este artigo foi publicado na Semana Cisterciense en 1999.
38 comentários:
Parabéns e obrigado por mais este bom naco de cultura e de civismo para a nossa formação e esclarecimento.
Abraço.
Engraçado como os interesses e os jogos políticos não mudaram assim tanto. O que mudou foi o poder do Vaticano que foi transferido para o poder de quem tem dinheiro. É a esses que os políticos de hoje prestam vassalagem.
Um abraço
cada vez mais se vive num mundo de jogos e de interesses. foi um legado dos nossos antepassados que nós, convenientemente, não só repetimos mas aperfeiçoamos.
é pena, mas, no fundo, todos acabamos, de uma forma ou de outra, directa ou indirectamente, por continuar
Excelente.
Infelizmente na nossa sociedade são poucos os caso onde se faz as coisas sem se esperar alguma retribuição.
O que mais se usa e´o toma lá mas faz favor de dar cá.
Eu já alimentava certas desconfianças sobre essa questão da clausura e da vida monástica serem assim tão duras como se ouve dizer. Sempre tive cá para mim que quem inventou a doçaria conventual, havia de se deliciar com boas iguarias e saber bem o que era a vida. Aí em Alcobaça a cozinha do mosteiro atesta bem disso.
Fiquei ainda mais esclarecida quando li aqui esta sapiente dissertação. No fundo, o que importa é saber disfarçar... ontem como hoje!
Compañero e Amigo, mais um dos teus excelentes artigos. Retratas uma realidade monacal que desconhecia. Hoje vou daqui mais 'rico' cultural e historicamente. Obrigado Amigo, Um Abraço Fraterno
[...] Sinceramente não sabemos nem nos interessa por agora o que a regra nos permite saber é que por detrás das grossas paredes e pesadas portas dos edifícios monacais se ocultava entre outras coisas um mundo de pândega e vicio, e sobre o ponto de vista da cultura isso é muito mais importante porque nos permite desmistificar os estereótipos com que se estrutura o obscurantismo.
Meu Caro António Delgado. Eu não posso deixar de comentar este texto, com o qual discordo absolutamente. E não vou explicar-lhe aqui porquê. Pois você sabe muito bem. A minha discordância nesta fase é apenas epistemológica: pois você toma a excepção pela regra, erro demasiado básico, penso eu, para as suas qualificações. Haverá de o corrigir, quando não sei, mas sei que a sua honestidade intelectual o fará recolher às essências, até porque são racionais, daquilo que critica, fazendo-o porém com as ferramentas que a si próprio o cruxificam. Você, quer queira quer não, é incapaz de viver sem Deus, e isso perturba-o intensamente. Voc, permita-me que o diga até porque tenho o prazer de o conhecer, parece-se com o Dr. Fausto em fase de agonia, rendido àquilo que é e sempre foi evidente: o Homem não tem de ser um determinismo da ciência, um ser geométrico que as suas razões implicam. O Homem é livre e isso talvez o perturbe para além do conveniente. Talvez seja por isso que a sua consciência o magoe tanto, e que invoque a razão ou a anule quando deveria apenas considerá-la. Discordo de si pois roma a excepção pela regra, fazendo crer (os incautos, entenda-se) que a melhor casa de putas ou de paneleiros é o mosteiro (cisterciese) mais próximo, o que é falso. Eu pequei e peco muito, e por ser imoral julgo-me incapaz de exercer funções de Estado. Mas você, exercendo-as, não se coíbe de me criticar, a mim e a tantos outros que se conhecem pecadores. Embora eu como pessoa seja uma ponderável merda, julgo o seguinte: não haverá lugar nenhum mais puro do que um mosteiro, mantidas as suas origens, e não será nunca a regra a de vermos os frades fornicando com as ajudantes de cozinheira dos mosteiros. Você vê uma árvore doente e julga a fliresta doente; você vê uma excepção e vê nela a ponta de um icebergue inexistente. O que não vê é muito mais importante, e só espero que um dia o consiga ver convenientemente. Quanto ao que escreveu aqui, permita-mo, não passa de uma excrecência indigna da sua condição de professor universitário numa escola pública. De mim dirá o que lher aprouver, só não dirá que eu dou aulas numa escola pública ou que, para além de ser docente, não tenho trabalho no terreno feito com muita dedicação e profissionalismo. Louvo-lhe a paciência de tentar confundir aquilo que hoje é evidente: o sistema que temos é precisamente aquele que pessoas que pensam como você criaram. Talvez só um exorcismo o salve dessa terrível incongruência interior.
Deste seu,
Valdemar Rodrigues
Interessante texto, afinal parece que os tempos ou atitudes não mudam muito, é como a moda, vai e volta com outras roupagens, O poder é quem mais ordena, ontem as ordens religiosas hoje os lobbis (não o povo)
Saudações amigas
Lo que sucedía tras gruesos muros, no desta mucho de lo que sucede hoy día en los centros de poder. Lo que se prohibe no garantiza que no se haga, creo que motiva.
nem sei bem se deveria estar a entrar numa guerra que não é minha, como é este o caso mas, não posso deixar de ficar chocada por, ao invés de se comentar um texto, que, aliás, segundo o autor, foi publicado num jornal regional em 99, se fazem ataques pessoais e se ofendem e se agridem as pessoas, apenas porque têm ideias diferentes.
O sistema que temos é, de facto, o que TODOS NÓS permitimos que crescesse mas, felizmente, não é uma ditadura.
quem lê também não é tão ignorante como alguns querem fazer transparecer e há quem saiba ler nas entrelinhas.
a`^ansia de alcançar visibilidade pública não pode seguir pelo caminho de pisar os outros (ou pelo menos tentar)nem de o fazer com termos menos correctos e ofensas pessoais.
por outro lado, a podridão também não passa só pela árvore, também passa por alguns galhos que cairam e que que não se conformam por não se conseguirem levantar.
Agora quanto ao texto: não me espanta a vida que se levava dentro dos mosteiros, espanta-me que, passados diversos séculos, pouco tenha mudado.
espanta-me que não se use o conhecimento do passado para alterar o presente e oferecer uma mudança para o futuro.
mas, não é por isso que os mosteiros e a sua vida deixam de fazer parte da nossa história. Agrade-nos ou não, as maiores agressões à humanidade têm sido sempre em nome da "religião" e em defesa de Deus (seja ele qual for e a que crença esteja ligado)
Os poderes e as suas "virtudes", variam de protagonistas, mas mantêm a mesma matriz.
Não será um texto muito simpático para o poder eclesiástico, nem para a política actual, mas espelha bem uma realidade intemporal.
Cumps
Um post muito interessante. eu perten�o ao grupo daqueles que acha que a massa humana sempre foi feita do mesmo cereal e amassada no mesmo alguidar.O Abade Bernardo de Claraval, era homem e, por conseguinte ,tinha as virtudes e defeitos dos comuns mortais. Lembra-te do poder do clero, anos mais tarde, poucos, na deposi�o de D. SanchoII e na aclama�o de D. AfonsoIII.
Um belo post, este que nos deixas.
Beijinhos
Perdoe-me Lúcia Duarte, mas esperava de si um comentário sobre a obra monumental publicada pelo Dr Rasquilho e pela Dra. Maria Augusta (e por sinal à venda por 50 Euros!)repleta de erros, falsificações e roubos de propriedade intelectual alheia, tal como vem denunciando de forma exímia esse homem fantástico chamado Gérard Leroux. É pena que não o faça. É até um pouco imoral. Afinal de contas de quem fala quando se trata de "obter protagonismo"?
Fico-me por aqui. As coisas não são necessariamente aquilo que valem.
Deste seu,
Valdemar Rodrigues
peço desculpa mas o que é imoral aqui?o meu comentário? o livro do dr rui e da dra augusta?os comentários de leroux?
e já agora o que é que o preço do livro tema ver com o assunto?
e o que é que não entendeu sobre o protagonismo?
e quais são as coisas que não são necessariamente aquilo que valem?
quer ser claro?
atenciosamente
Lúcia duarte
Difa primeiro você, que depois eu respondo.
mau amigo (.), digo o quê? decidam-se, eu sou clara demais ou não falamos a mesma lingua?
É importante desmistificar as falsas virtudes doas senhores de todas as igrejas e muito particularmente daquela que "toma conta" das lusas mentes.
Um abraço e bom fim de semana.
O que acha, Lúcia, do "trabalho" do Dr. Raquilho e da Dra. Augusta? Será que entendeu a pergunta ou quer que lho diga em alenyejano vernáculo???
Onde o Homem estiver, haverá sempre a imperfeição.
De contrário, nem saberíamos o que era a perfeição, a bondade, o amor, etc.
A vida conventual, com os seus defeitos e virtudes, é mais um exemplo disso mesmo.
Grande post...
Bfs, abraço.
caro(.)
eu não gostava de baixar ainda mais o nivel desta troca de comentários. acuso a recepção da sua opinião em relação a mim e se achar necessário poderá fazer a pergunta no tal vernaculo alentejano, até porque, até agora, o tem feito no tipico vernáculo alcobacense.
quanto à pergunta que me fez e que eu até consegui entender, vou dar-lhe a resposta que sei que não vai gostar, mas que já deveria estar à espera. Até porque, embora me conheça mal, não lhe será dificil descer um pouco à minha mentalidade provinciana e perceber o meu vernáculo, estou certa.
as criticas que faço, por uma questão de seriedade e manutenção de uma determinada linha de conduta, pela qual me venho regendo, costumam ser feitas e/ou comunicadas, previamente aos visados.
como tenho o previlégio de viver numa democracia, acredito que só ouvindo todas as partes envolvidas me será permitido avaliar, com a isenção que a mente humana me permite, e, se achar que isso poderá interessar, então comentar.
O que me incomoda é o que poderá estar por detrás dessa sua pergunta.
Diga-me uma coisa:
-já falou sobre o assunto com o dr Rui ou com a dra Augusta?
-já lhes deu, pessoalmente, a sua opinião sobre o livro, ou mesmo sobre os trabalhos por eles produzidos dentro do mosteiro?
-já lhes apresentou ideias para colocar em prática no nosso monumento?
-tem algum interesse em denegrir a imagem de qualquer um deles?
são estas as questões que me fazem pensar ao ler a sua pergunta. mas talvez seja eu que, por não a ter lido no meu vernáculo, não a tenha sabido interpretar. é o caso?
e agora, fico à espera que me responda, não só a estas perguntas mas, também, às que atrás lhe deixei, até porque me parece que nas respostas (embora decerto não já ter nenhuma surpresa) terei a hipótese de conhecer melhor o que, às vezes, me parece uma questão de dupla personalidade.
desculpe, mas, ao contrário do que é meu hábito, as questões foram levantadas em público e teriam de ser explicadas no mesmo veiculo de comunicação.
espero que tenha conseguido entender-me, apesar deste meu vernáculo alentejano mas, se houver necessidade de tradução, terei muito gosto de pedir a qualquer um dos meus amigos "encanudados" para o fazer por mim.
desejos de um bom fim-de-semana
cordialmente
Lúcia Duarte
Como não respondeu à minha pergunta simples que, recordo-lhe, era:
O QUE PENSA DO "TRABALHO" (SIM, O LIVRO...) DO DR. RASQUILHO E DA DRA: AUGUSTA?
Então dou aqui por encerrada a nossa conversa. Deixo-lhe só uma pista: porque é que não me pergunta o que é que eu acho sobre um qualquer assunto de interesse para Alcobaça? Talvez não o faça pois talvez saiba que eu não estou comprometido com ninguém...
E você até pode também não estar, conscientemente entenda-se. As grandes obediências e o companheirismo atraem por vezes os incautos, levando-os a seguir um plano sem que dêem conta disso. Oxalá não seja este o seu caso. Espero que esteja consciente do serviço que presta à propagação de mentiras e disparates sobre a Ordem de Cister. designadamente achando muito bem que se façam coisas como aquilo que o Dr. Rasquilho e a Dra. Augusta fiozeram no seu magistral trabalho. Ou coisas como aqui o nosso António fez neste texto, visando apenas denegrir os outros. Sabe que quem atiras pedras para o ar arrisca-se a que alguma acabe por lhe cair em cima da cabeça.
Bem-haja,
Valdemar Rodrigues
Só mais uma notinha para a Lúcia Duarte: você só criticaria o primeiro-ministro de Portugal depois de falar com ele pessoalmente? Ou a Ministra da Cultura depois de se entender com ela? É assim que você entende a "democracia"? Eu até nem me importava também que o Ministro das Finanças, quando quisesse criar um imposto novo, me telefonasse para falarmos em privado sobre o assunto...
Lamento Lúcia, mas temo que não possa perder mais tempo com esta discussão.
Saudações,
Valdemar
caro valdemar, embora pareça ser essa a sua vontade, eu não vou ser indelicada.
portanto:
- se eu presto um bom ou mau serviço nos meus blogs e nos comentários às postagens do ecos, parece-me que devem ser os imensos leitores que nos visitam a decidir, não acha? e pela quantidade de visitantes que temos, não me parece que se sintam assim tão mal servidos.
- quanto a eu, eventualmente estar ligada ou comprometida com alguém, peço-lhe que pense melhor, eu, estou comprometida com o meu modo de pensar, com os meus ideias e com os mais necessitados e injustiçados. Não sei, portanto a que mais se refere.
-por outro lado, não sou facciosa e posso dar-lhe como exemplo o tgv. sou ps e sigo uma linha em relação a este assunto, completamente diferente da do meu partido - onde se nota aqui o meu comprometimento com alguém?
- quanto a alcobaça, quer perguntas, eu faço (mas depois não faça como agora que não soube responder a nenhuma):
a) qual a sua posição em relação a eventos que têm sido realizados no mosteiro?
b) acha que podemos dar outra imagem à feira de S. Bernardo?
c) o que pensa das medidads que vão ser tomadas em Aljubarrota quando entrar o 4º quadro comunitário?
d) qual deve ser a posição da igreja na eventual destruição da capela de S. João devido ás obras para a passagem do tgv?
e) qual a sua posição em relação ao hospital de alcobaça e aos serviços que lá se prestam?
f)qual a sua posição em relação ao parque de s. martinho?
g) o que pensa das irregularidades cometidas na junta de freguesia de s. martinho?
h) o que pensa do lugar que ocupa a escola de s. martinho em relação aos seus resultados práticos e o que isso pode influenciar o futuro do nosso concelho?
i) como pensa que podemos ajudar a resolver a falta de investimento em alcobaça e a falta de vontade em dinamizar o turismo e o comércio?
j) que soluções apontaria para não deixar sair do nosso concelho algumas das indústrias que nos podem trazer imagem e progresso?
estas são apenas algumas das questões em que gostava de o ouvir, publicamente, claro!
e já agora, para termo de conversa - o sr 1º ministro, o ministro da cultura e a sra ministro da educação não o ouviram quanto ás medidas que iam tomar? Estranho a mim ouviram-me quando, livremente, exerci o meu direito de voto.
desculpe fazê-lo perder tempo mas parece-me quae as questões que aqui coloco poderiam interessar-lhe...
cordialmente
Lúcia
Ficam as minhas respostas, notando que acabou por não ter respondido à única que lhe fiz! As acções ficam com quem as toma.
a) qual a sua posição em relação a eventos que têm sido realizados no mosteiro?
Não concordo.
b) acha que podemos dar outra imagem à feira de S. Bernardo?
Sim.
c) o que pensa das medidads que vão ser tomadas em Aljubarrota quando entrar o 4º quadro comunitário?
Sinceramente, acho que se devia valorizar mais a zona do Vale do Mogo, e preservar adequadamente o património aljubarrotense.
d) qual deve ser a posição da igreja na eventual destruição da capela de S. João devido ás obras para a passagem do tgv?
Se o TGV for inevitável, graças aos esforços de partidos como o seu PS ou como o PSD, acho que a capela devia ser retirada peça por peça e insttalada em lugar condigno.
e) qual a sua posição em relação ao hospital de alcobaça e aos serviços que lá se prestam?
O Hospital de Alcobaça, das vezes que lá passei, posso dizer-lhe que funciona muito bem e tem pessoal técnico de grande valia.Pessoal que infelizmente partidos como o seu PS têm vindo a precarizar e a retirar regalias importantes para a qualidade dos serviços prestados e para a dignificação das carreiras profissionais (médicos, enfermeiros, pessoal técnico auxiliar de saúde, etc)
f)qual a sua posição em relação ao parque de s. martinho?
Acho que deve continuar a ser uma fonte de rendimento (importante) da freguesia, podendo assim esta fazer obras sem ter de andar a lamber as botas à câmara.
g) o que pensa das irregularidades cometidas na junta de freguesia de s. martinho?
Penso que não serão maiores do que as irregularidades cometidas por qq câmara municipal nete país.
h) o que pensa do lugar que ocupa a escola de s. martinho em relação aos seus resultados práticos e o que isso pode influenciar o futuro do nosso concelho?
Não entendi a pergunta.
i) como pensa que podemos ajudar a resolver a falta de investimento em alcobaça e a falta de vontade em dinamizar o turismo e o comércio?
Baixar os imposros directos e indirectos, e trabalhar no sentido de permitir aos cidadãos e às empresas desenvolver os seus negócios, sem excessos de zelo tipo ASAE tão ao gosto do estalinismo jacobino a que o seu partido e o PSD nos habituaram.
j) que soluções apontaria para não deixar sair do nosso concelho algumas das indústrias que nos podem trazer imagem e progresso?
A que indústrias se refere em concreto?
Deste seu,
Valdemar Rodrigues
Caro A. João Soares, agradeço a sua inestimável presença como leitor e comentador dos Ecos e fico contente pelos estímulos das suas generosas palavras. Um abraço António
Viva Papagueno:
Pois não! O poder continua a estar do lado de quem tem o dinheiro...saber gerir a miséria dá muito dinheiro e se for temperada de promessas de ficções ainda mais.
Hoje mesmo o patriarca de Lisboa parece que teve um discurso à Cavaco Silva na RR. Disse que “o povo tem de ser mais interventivo”.
Um abraço
Viva lúcia
foca aquilo que é essencial: a roda que é a vida.
Um Bjs
É isso mesmo Caro Tiago R Cardoso.
Um abraço
António
Caro Quintarantino
No disfarçar é que está o ganho!
Sobre o artigo não poderei afirmar ser este uma dissertação mas um simples texto dos muitos que fui escrevendo sobre detalhes, nada conhecidos, da história da minha terra. As informações que possuo dela poderiam, de facto, motivar não uma, mas várias dissertações. Trabalhos esses que dariam, por certo, uma visão como nunca fora vista sobre a historia daquele lugar tão carismático.
O escrito do poste forma parte de uma colecção de textos , escritos fora de Portugal e publicados numa coluna de um jornal de Alcobaça designado por Semana Cisterciense. A coluna de opinião da qual era autor intitulava-se ECOS E COMENTÁRIOS, precisamente o nome que retomei para designar este blog.
Um abraço
Antóio
Caro Ludovicus,
Compañero, amigo e camarada. Em verdade que a historia da vida monacal no seu dia a dia não está nada estudada e estes retalhos são penas peças nos seus mais ínfimos pormenores. Crê-me que quando descobri os documentos e já foi alguns anos nunca me tinha rido tanto acerca da minha terra.... e pensar de como nela se desconhece a sua verdadeira história!
Um abraço
António
Caro (.) ...(presumível) Valdemar Rodrigues , tem de facto espírito de humor e merecia um premio por essa (ao parecer) sua vocação nata.
... mais adiante noutro comentário diz... “Ou coisas como aqui o nosso António fez neste texto, visando apenas denegrir os outros. Sabe que quem atiras pedras para o ar arrisca-se a que alguma acabe por lhe cair em cima da cabeça.” A pesar de estar a falar para a nossa amiga comum, a Lúcia, intrometo-me para dizer o seguinte: É verdade que de vez em quando em vez de pedra caem calhaus, que nem imagina...
...São coisas da vida!
Olá Sophiamar,
Faz algum tempo que não nos cruzamos e muito por impossibilidade minha. Mas acerca da postagem: O que Bernardo do Claraval fez foi usar da sua influência, junto de máximo poder, para beneficiar “negócios familiares” onde até o próprio Bernardo do Claraval tinha grandes interesses... Onde já se viu este tipo de filmes!
Um abraço
António
Viva amigo Zé Lerias,
Estou totalmente de acordo consigo.
Um abraço
António
Caro Nilson Barcelii
Só que no caso da igreja católica não fala de nada ou enterra a cabeça no chão a avestruz ...há tabu e complexo. Como se nada se passasse na igreja. Será que que o catolicismos tem uma bula especial?
Um abraço
António
Meu caro António,
Vê-se que é uma pessoa informada. Parabéns pelos seus contactos!
Valdemar Rodrigues
Venham pois então de lá esses "calhaus"!
Viva caro (.) (presumivel Valdemar Rodrigues) . Desculpe mas pode-me explicar a que se refere na sua afirmação " parabens pelos seus contactos" e na que que diz " venham la esses calhaus", ...sinceramente não entendi!
António
Passo a citar: [...] intrometo-me para dizer o seguinte: É verdade que de vez em quando em vez de pedra caem calhaus, que nem imagina...
Ou seja, vê-se que conhece bem o problemqa. Só isso. Como eu "nem imagino..." nada melhor, para um racionalista algo a-crítico que você se revela nestas ocasiões em que discorre sobre a relação entre o Estado e a Igreja, passando completamente ao lado dos grandes filósofos e doutores da Igreja, nada melhor dizia eu do que mostrar-me alguns. Como penso que seja também um dilecto de Comte, para si só existe o que pode ser objecto de experiência, e é talvez por essa razão que certamente concluirá pela inexistência de Deus. E nem com Francisco de Assis ou com Espinosa arredará pé do seu dogma positivista e cartesiano. É juto que o faça. Porém parece-me muito pouco moderno. Espero ter-me explicado. Repare que eu não fiz aqui nenhuma detracção aos "seus" autores certamente eleitos, como por exemplo Bodim ou Voltaire, que respeito e admiro por terem no seu tempo dado um apreciável contributo para a libertade dos homens e a sua luta legítima contra a escravisão. Sobre o assunto em si mesmo destes seus posts não me furto à discussão, pelo que comentarei lá em cima o seu elogio de Pombal, algo que neste contexto era mais do que previsível.
Cordiais saudações,
Valdemar Rodrigues
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