Nicolas Sarkozy, sendo o primeiro presidente divorciado a ocupar o Eliseu, é também o primeiro presidente que põe em palco a vida privada como uma categoria acrescida a uma estratégia de comunicação que nunca mais parou desde que foi eleito. Precedeu a uma outra novela que foi crise matrimonial e as separações temporárias com a esposa, problemas matrimoniais, tudo para dar dele uma ideia de presidente mais humanizado fora dos adjectivos políticos como tecnocrata, ambicioso, pragmático, liberal, atlantista, europeísta, como era conhecido. O divertido desta questão é que os episódios em cadeia deste novo político também fabricado pelo “marketing” parecem ser decalcados nas histórias saídas do principado do Mónaco adaptadas ao Eliseu... num admirável mundo rosa que parece que se inicia.
O enorme esforço que tem realizado a mulher moderna desde os séculos XIX e XX para conquistar os seus direitos, talvez alcance a vitória neste. Se hoje o poder que detém um executivo é ainda proporcional à longitude das pernas da sua secretária, no futuro será a qualidade dos músculos masculinos, a evidência que ponha no volume muscular, a sua disposição para exercer de amante ao minuto ou à la carte. Serão estas características que determinarão ao homem encontrar um bom posto de trabalho e uma rápida colocação, quando as mulheres libertadas ocupem os altos cargos de chefia.
Para esse tempo supõem-se que todos os rapazes terão de ter dois cursos, saberão quatro idiomas e terão feito uma série de “masters” em Harvard ou na Sorbonne. Somente os fará diferente um corpo mais ou menos esplêndido, como sucede às raparigas preparadas que ocorrem a entrevistas para conseguir um posto de trabalho, sendo que o critério do físico da mulher é catalogado pelo olhar inseminador oculto no inconsciente dos chefes.
Este darwinismo cruel da beleza feminina pode vislumbrar-se em escritórios, bancos e ministérios. À medida que qualquer um sobe os andares nobres de uma multinacional ou entra mais no núcleo duro do seu poder, encontra as empregadas e as secretárias mais fascinantes. Neste trajecto parece que se produziu uma selecção natural quase cavalar, de modo que as formas femininas foram-se depurando até alcançar a perfeição das medidas de ouro e com elas inundam esse ambiente hermético donde se estabelecem insonoras dentadas de tubarão e jacaré e ao mesmo tempo uma batalha entre a sedução das que obedecem e o pólen dos que mandam. Quando as mulheres no futuro substituiremos homens nos postos de decisão, coisa que sucederá já neste século, elas estarão sentadas atrás da secretária e os secretários e os outros subalternos serão valorados pelas horas que dedicaram no ginásio de musculação. De acordo com este propósito a executiva moderna dirá ao tipo que pede trabalho: (tem um grande expediente, mas à parte da sua alta preparação, estará o cavalheiro disposto a acompanhar-me um fim de semana às Ilhas Fiji e na semana Santa às Caraíbas? Ah! que quer de prenda para a sua noiva?)
No futuro o homem terá que estar sempre em forma, maquilhado e disponível. A competição será terrível. Quando receba a ordem e abandone o escritório, elas por detrás da secretária, na poltrona, também observarão a qualidade das musculaturas e deles farão grandes projectos como Glenn Close no papel de Alex Forrest a Dan Gallagher ( Michel Douglas) em Atracção Fatal!
PS. Um excelente ano de 2008 a todos os leitores, colaboradores e profissionais que elaboram o Jornal de Leiria. Aproveito para rectificar um dado impreciso que escrevi na minha última crónica dedicada ao presidente da Câmara de Alcobaça: onde afirmei que ele não tinha feito a declaração de impostos durante sete anos quando aquilo que não fez foi a declaração de rendimentos ao TC nesse mesmo período. António Delgado in Jornal de Leiria 10/1/2007
O enorme esforço que tem realizado a mulher moderna desde os séculos XIX e XX para conquistar os seus direitos, talvez alcance a vitória neste. Se hoje o poder que detém um executivo é ainda proporcional à longitude das pernas da sua secretária, no futuro será a qualidade dos músculos masculinos, a evidência que ponha no volume muscular, a sua disposição para exercer de amante ao minuto ou à la carte. Serão estas características que determinarão ao homem encontrar um bom posto de trabalho e uma rápida colocação, quando as mulheres libertadas ocupem os altos cargos de chefia.
Para esse tempo supõem-se que todos os rapazes terão de ter dois cursos, saberão quatro idiomas e terão feito uma série de “masters” em Harvard ou na Sorbonne. Somente os fará diferente um corpo mais ou menos esplêndido, como sucede às raparigas preparadas que ocorrem a entrevistas para conseguir um posto de trabalho, sendo que o critério do físico da mulher é catalogado pelo olhar inseminador oculto no inconsciente dos chefes.
Este darwinismo cruel da beleza feminina pode vislumbrar-se em escritórios, bancos e ministérios. À medida que qualquer um sobe os andares nobres de uma multinacional ou entra mais no núcleo duro do seu poder, encontra as empregadas e as secretárias mais fascinantes. Neste trajecto parece que se produziu uma selecção natural quase cavalar, de modo que as formas femininas foram-se depurando até alcançar a perfeição das medidas de ouro e com elas inundam esse ambiente hermético donde se estabelecem insonoras dentadas de tubarão e jacaré e ao mesmo tempo uma batalha entre a sedução das que obedecem e o pólen dos que mandam. Quando as mulheres no futuro substituiremos homens nos postos de decisão, coisa que sucederá já neste século, elas estarão sentadas atrás da secretária e os secretários e os outros subalternos serão valorados pelas horas que dedicaram no ginásio de musculação. De acordo com este propósito a executiva moderna dirá ao tipo que pede trabalho: (tem um grande expediente, mas à parte da sua alta preparação, estará o cavalheiro disposto a acompanhar-me um fim de semana às Ilhas Fiji e na semana Santa às Caraíbas? Ah! que quer de prenda para a sua noiva?)
No futuro o homem terá que estar sempre em forma, maquilhado e disponível. A competição será terrível. Quando receba a ordem e abandone o escritório, elas por detrás da secretária, na poltrona, também observarão a qualidade das musculaturas e deles farão grandes projectos como Glenn Close no papel de Alex Forrest a Dan Gallagher ( Michel Douglas) em Atracção Fatal!
PS. Um excelente ano de 2008 a todos os leitores, colaboradores e profissionais que elaboram o Jornal de Leiria. Aproveito para rectificar um dado impreciso que escrevi na minha última crónica dedicada ao presidente da Câmara de Alcobaça: onde afirmei que ele não tinha feito a declaração de impostos durante sete anos quando aquilo que não fez foi a declaração de rendimentos ao TC nesse mesmo período. António Delgado in Jornal de Leiria 10/1/2007
Felicito ainda o Dr. José Carvalho Pedrosa, pelo excelente e esclarecedor artigo titulado, "Alcobaça e o Hospital Oeste Norte", saído na penúltima edição do semanário Região de Císter.
Destaco , como fiz noutros momentos, um blog ( Té la mà Maria) de Réus Catalunha, por tratar um tema sério mas com muito humor ... Como Fazer Feliz uma mulher ( com fer feliç a una dona ...en Catalão)
27 comentários:
Levemente!
Nada de apertos... muita sensibilidade.
Pode ser bruto e animalesco na política, mas no que eu acabo de ver, não!
Parabéns a ele. Já agora, a ela também!
Ah, António, António!
Parabéns.
...Pois!
Caro Delgado, Por cá também há uma sintonia com essa esboçada evolução da feminilidade no Poder. Vejamos o nosso PM na sua marca pessoal traduzida nas corridas em todas as capitais onde é levado pelo dinheiro dos nossos impostos. Trabalha para a sua beleza. Não o faz com mulheres, apenas com os guarda-costas. As portuguesas têm que se decidir a acompanhá-lo e correr com ele. Ele precisa de não correr só! Corram com ele!
Um abraço
La Carla Bruni la tenia en un pedestal y la he tenido que bajar
saludos
Felizmente não ando à procura de emprego, porque certamente não reuno os predicados para nenhuma função devido à idade e à falta de musculatura.
Cumps
Caro A João Soares,
Tirando o futebol mas visto no sofá ou nos cafés ( estes lugares parece que voltaram ao inicio das emissões de televisão em finais de 50) os portugueses de forma geral não gostam de praticar desporto. O unico desporto nacional é o linguarejar e a maldicência. Correr sozinhos ou correrem com alguém não são capazes ...dai a obesidade nas pessoas ser um dos grandes sinais do Portugal pos-moderno, mas por outro lado a obesidade é igualmente simbolo nas sociedade modernas de pobreza e miséria e falta de boa alimenação
um abraço.
António
Hola Té la má Maria...Igual porque no canta tan bien como lo esperaba.
Un abrazo .
olá guardião...
Se calhar é isso.
Um abraço
António
Como estive sem PC desde antes do Natal; hoje eu só passo pra dizer que aos pouco vou colocando minhas visitas em dia e, na medida do possivel irei lendo e comentando.
Deixo o meu beijo e desejos de um ótimo domingo, além dos votos de um Ano Feliz!
Com carinho,
Menina
Amigo Delgado, de facto Sarkosy, esmerou-se, e ela também se esmerou, pois o "amor" é louco. Não acredito nesse tal "amor", pois é ver as figuras públicas todos os dias nas revistas cor-de-rosa enxovalharem aqueles e aquelas que partilharam a vida nos últimos tempos, mesmo sendo por pouco tempo que o tenham feito.
No caso de Sarkosy, a bela Bruni, deu a machadada final, bom proveito para ela.
Abraços do Beezz
Moita verdade neste post.
Las personas se esfuerzan por ser parejas en lugar de ser compañeros. Hemos degradado al ser humano casi a condiciones animales.
Estimado Beezzbloger,
subscrevo totalmente a sua opinião.
um abraço
Não sei o que dizer do tal romance, mas lá que não gosto do fulano, lá isso não gosto.
Abraço do Zé
Tienes toda la razón Siry. El papel de las parejas, en los últimos años cambió debido a cuestiones socio-profesionales. Muchas parejas empezaron a trabajar en lugares distintos y alejados y han tenido que vivir en casas separadas. También con amigos diferentes. Conozco mucha gente que por el simple hecho de que un hombre hable con una mujer que no sea la suya, que vaya a comer con ella o pasear, piensa que la está engañando y que hay más que una amistad. Lo mismo pasa con la mujer en relación al hombre, aunque en este caso, la mujer es mucho más mal juzgada debido a una mentalidad machista. Desgraciadamente, es todavía “el que dirán” que CONDICIONA LA LIBERTAD DE MUCHA GENTE SUPUESTAMENTE BIEN FORMADA E INTELIGENTE... y que hace los celos y la inseguridad.
Besos
António
Caro Zé Povinho vamos ver o que sai deste presidente nas grandes questões. Uma coisa é certa os meios de comunicação estão por conta dele e os franceses em geral, não têm feito grandes ondas.
Um abraço.
António
Olá António,
O Senhor Sarkosi parace muito mais feliz desde que tem namorada, seja ela Carla Bruni ou outra. Pelo menos esta é uma linda mulher.
E acho que um presidente feliz talvez governe melhor. Esta como primeira dama poderá muito bem representar a França glamourosa.
E os/as que dizem mal é só por pura inveja.
Beijinhos
Um presidente é um homem como outro qualquer mas que tem uma função profissional a de zelar pelo governo de um país e governa-lo. Tem os mesmos defeitos e virtudes que qualquer mortal! da minha parte não vejo nenhum inconveniente esta sua vida publica. Apenas falei na novidade em relação ao que é habito na política. O estilo não era habitual mas como estamos num mundo cambiante oxalá venham essas mudanças para bem e para que todos/as tenham consciência da típica frase que por “detrás de um grande homem ou mulher” afinal poderá estar não só uma pessoa mas várias. Penso que o fenómeno só tratará o glamour que falta na política e trará mais naturalidade às pessoas. Enquanto figuras de proa os políticos também devem de ter a responsabilidade de ajudar a destruir tabus que obstruem as mentalidades em aspectos tão mesquinhos como sejam as vidas particulares de uns e de outros. Para mim crimes são roubar, matar, desviar dinheiros públicos e utilizar a causa publica em beneficio próprio. Crimes de ordem sexual, violações, com crianças...haverá de certeza mais! Quanto ao resto apenas posso dizer que o Sr. Sarkozy se divirta com quem quizer. Agora mesmo o presidente Hugo Chavez da Venezuela anda, segundo a imprensa, “acaramelado” com a modelo Noami Campbell...não tenho a menor duvida que estas questões são formas de publicidade politica fora dos estereótipos tradicionais e baseadas no “voyerismo” tão ao gosto das pessoas.
Um abraço António Delgado
Exactamente, estou totalmente de acordo contigo.
O Sr. Sarkosi faz o que quer na sua vida privada e ninguém tem que là pôr o nariz.
Ainda por cima tem agora uma mulher lindissima e muito inteligente.
Beijinhos
No cal dir que el president Francès aprofita el seu sex-appeal per tal de dur a terme una política de dretes furibunda, això si amb una imatge de màrqueting realment bona.
I la foto de la medalla... sense comentaris...
Cara Ema,
Não tenho a menor dúvida sobre o que afirmas mas a questão é a exibição publica das amantes de um presidente ser um caso inédito na forma de estar no Eliseu. Todos sabemos que Miterrand tinha uma vida matrimonial paralela e Chirac era "galan", mas em caso nenhum pouco ou nada salpicou na imprensa como salpicam as namoradas do sr. Sarkosi.. Segundo a France Inter parece que o casalinho anda um pouco desavindo.
bjs.
Antóno
gracias y obrigados por la referencia a nuestro blog, un placer y a mandar
saludos
este, pelo menos, sempre consegue encanar a perna à rã e não tem medo de vir a engravidar... pois, não é presidente da câmara de Alcobaça, por isso não corre esse perigo!
Ó Deuses!
Porquê? Por que penas minhas me não fizestes tão belo quanto este vosso representante na Terra? Porquê?
Este Homem é LINDO!
Um abraço.
Jorge G
Te la má maria,
de nada amigo es un placer verte por aqui una abrazo.
António
Lúcia hoje não estou com clarividência dai não entender o humor do seu comentário...dias!
bjs.
António
Viva Mocho - Real,
É um verdadeiro Apolo! uma estátua de Praxiteles ou o David de Miguel Angelo são verdadeiros horrores quando comparados a ele. De vez em quando estas divindades emergem para separar as trevas da luz e reorientarem os canônes da eterna beleza sublime... Fiat Lux!
Um abraço.
Viva Mocho - Real,
É um verdadeiro Apólo! uma estátua de Praxiteles ou o David de Miguel Angelo, em termos de canône, são verdadeiros horrores quando comparados a ele. De vez em quando estas divindades emergem, para separar as trevas da luz e, reorientarem o sublime e beleza. Fiat Lux...como somos tão lhanos!
Um abraço.
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