quarta-feira, abril 25, 2007

SERÃO ASSIM AS MARAVILHAS ?!



Visitar o Mosteiro de Alcobaça poderá ser uma "maravilha" para quem nunca o tenho visto, desde que não sofra de qualquer limitação ou diminuição física ou SEJA IDOSO... Provavelmente esta é uma das razões para a baixa votação no concurso das Sete Maravilhas que tantos afectos “causa” em Alcobaça.
IDOSO A ENTRAR NO MOSTEIRO.



IDOSO A SAIR DO MOSTEIRO.




IDOSO A DESCER AS ESCADAS DE ACESSO AO MOSTEIRO...IMAGINAMOS A SUBIDA!

Ps. Todo o comentario bem disposto e elevado é bem vindo.

21 comentários:

papagueno disse...

Olá meu amigo, mais uma vez não é só em Alcobaça. Penso que este senhor nem conseguiria subir a escada em caracol que dá acesso ao Palácio da Vila de Sintra.

Anónimo disse...

Caro Autor deste blog, espero que a filmagem n tenha sido realizada pelo próprio, pois também não o vi a ajudar este pobre idoso. Sendo um monumento histórico a nível mundial, não acho propicio que se construam acessos para garantir a entrada de todos, mas podiam-se criar facilidades externas a estrutura do mosteiro para a garantir.
Não creio que a critica destrutiva seja a melhor maneira de combater algumas das coisas que estão erradas no nosso concelho, mas quem sou eu para dar lições aos mais velhos, tenho visto algumas associações e organizações a criar e ajudar de uma forma mais suave e real este nosso concelho já muito debilitado, mas por vezes as formas jovens de tratar os assuntos não são bem vistas pelos dinossauros do poder.

Continue o trabalho que vai bem...

ANTONIO DELGADO disse...

Pois Amigo Papagueno, grande parte dos monumentos estão assim e é pena.Tendo em conta que o turismo cultural (visita a monumentos) nutre-se muito da visita de pessoas da terceira idade...corresponde a quase quase 80% deste turimo. Veja o suplicio que será para algumas destas pessoas visitarem monumentos.

Anónimo disse...

Contrariamente ao que diz o jovem , este tipo de monumentos deveriam ter outro tipo de acessibilidades, e não me parece critica destrutiva, pois está previsto na lei que todos os edificios públicos , Têm que permitir o livre acesso a todo as pessoas, provavelmente bastaria a criação de pequenos elevadores(externos), não é pelo facto de ser um monumento histórico que o não podem fazer,pois não descaracterizaria em nada o monumento já que este quando foi construido seguramente não foi com a intenção de ser mostrado como atracção turistica, porque se assim fosse provavelmente os arquitectos de então teriam pensado nisso.
Caro Jovem Alcobacessense pode ter a certeza que a crianção de acessos neste tipo de edificios não é tão dificil de fazer como parece neste mundo das altas técnologias e pode crer que são necessárias na maioria dos monumentos Nacionais. Pois um dia todos chegaremos a velhos e provavelmente todos gostariamos de poder vitar os locais que em jovens pelas mais variadas razões não o fizemos. Concordo com o António em denunciar este tipo de contrariedades...

Mário Margaride disse...

É de facto complicado para os idosos, ter que subir estas escadas todas.
Mas que alternativas se sugere! O que fazer nestas circustâncias?
Não sei sinceramente em concreto, o que será possível fazer, para contrariar esta realidade!

Como subir as escadas? Sem as subir!

Estes nonumentos são antigos.
E não sendo Arquiteto. Não sei quais as possibilidades neste tipo de edifício de colocar elevadores externos!

Não sei!
Mas uma coisa é certa! Para tudo é preciso dinheiro. Nada se faz de borla.

Mas fica a observação...

Um abraço

Anónimo disse...

Este “jovem alcobacensse” pensa que talvez vai ficar jovem para sempre. E parece-me uma ideia egoísta perguntar: “porque não ajudou essa pessoa?”. Muitos idosos não têm ninguém que os ajude.
Eu simplesmente quero dizer que na maioria de países de Europa, existem rampas ou elevadores para as pessoas impedidas poderem entrar nos edifícios públicos, que, como o nome indica, são públicos e devem por conseguinte serem acessíveis a todos. Assim como também os transportes públicos. Mas vivemos numa sociedade donde está mal visto ser idoso, doente e feio. Rende-se culto à beleza e ao corpo eternamente jovem, deixando à parte a sabedoria e a inteligência. Sobre tudo esquecendo que a vida é efémera e que todos, um dia ou outro, seremos velhos e morremos, e não há nada mais certo do que isso.
Os idosos merecem todo o nosso respeito e o direito de poderem deslocar-se quando quiserem e puderem e uma sociedade moderna e civilizada deve pôr os meios para que isso seja assim.
Ema Pires

Anónimo disse...

Infelizmente a realidade, é que apenas 20 dos 120 museus portugueses "têm projectos em curso" para pessoas com deficiência , tais como exposições complementadas com audioguias ou escritos em Braille, instalações com rampas ou elevadores e materiais pedagógicos.
A acessibilidade aos museus e monumentos Portugueses deve começar pelo seu exterior, mais propriamente pelos acessos, transportes públicos que devem ser todos acessíveis; via pública e por fim o seu espaço circundante; agora no que diz respeito a facilitar o acesso ao interior, de uma pessoa com mobilidade reduzida, devem estar equipados com elevadores ou então com plataformas elevatórias...
Ainda há muito por fazer...
Um Abraço

sonhadora disse...

Esta noite deitei o sonho no leito ...e vejo estrelas.
beijinhos embrulhados em abraços

sonhadora disse...

Esta noite deitei o sonho no leito ...e vejo estrelas.
beijinhos embrulhados em abraços

Lúcia Duarte disse...

na ala norte do mosteiro foi criada uma rampa de acesso para os menos jovens e os que têm dificuldades de locumoção.
na altura a criação desta rampa foi criticada por imensas pessoas, ao ponto de se ter de colocar à vista de todos, o artigo que permite a sua instalação. de facto, talvez fosse melhor contactar os serviços do mosteiro e solicitar que a porta da ala norte fique aberta ao público no horário de visita ao nosso monumento.
antigamente, não havia abertura para se falar destes assuntos com a ex-directora do mosteiro. agora, já há abertura no diálogo.
vamos chamar a atenção para o assunto a quem o pode resolver?

Verena Sánchez Doering disse...

sabes lo que me llamo mas la atencion de todo?
no es que no este el Museo preparado para persona que tienes discapacidad fisica
me llamo la atencion como llegamos a cierta edad caminando despues de haber corrido tanto por la vida y que todo se hace mas dificil
cuando deberia ser mas facil
mil besitos y que estes muy bien
un abrazo muy grande y un hermoso dia viernes


besos y sueños

Maria Romeiras disse...

Caro António Delgado, esta é uma guerra que comprei há alguns anos já... A liberdade passa pela livre circulação de pessoas nos locais públicos. E não falamos só de um cego que se veja impedido de entrar numa repartição de finanças porque leva consigo o seu cão-guia (convém que leve a identificação do cão e a sua autorização INTERNACIONAL para o acompanhar em permanência). Mas de uma cadeira de rodas, manual ou eléctrica que não passa os mais simples obstáculos. O mais leve trepidar de uma calçada mal arranjada pode provocar convulsões. Ir ao café com um amigo pode ser uma aventura, portanto. Sobretudo quando há carros que continuam a estacionar em cima de passeios, ocupando-os como se o mundo fosse deles. E impunemente. Falamos obviamente de todos, não só de circunstâncias extremas. Falamos dos nossos idosos (penso no meu pai que tem quase 93 anos). E como é fácil e não tão caro como isso instalar determinados sistemas discretos e adaptados nos nossos monumentos. Já trabalhei nalguns desses projectos. Para quem se interesse, a legislação e outras informações podem ser encontradas em http://www.snripd.pt/, http://www.lerparaver.com/mobilidade, http://www.recife.pe.gov.br/pr/secplanejamento/comissao.php, http://www2.posgrad.ua.pt/pt_resultDtl.asp?RefIDCurso=163.

São só algumas "dicas" para os interessados nestes temas. Obviamente, tudo passa pelo bom senso e pela ideia omnipresente de direitos humanos...

Um abraço.

Poeta ou Poetisa disse...

"É normal os cavaleiros
derreburarem-se uns aos outros
o que é vencido hoje
é vencedor amanhã"

(Cervantes 1547 -1616 D.Quixote de l'Mancha)

Deixo-te sonhos lindos para sonhares..

Anónimo disse...

Solo quería comentar que la música que has puesto hoy es fabulosa Antonio, tiene una gran fuerza, es de alguna película? gracias por compartirla.
Besos desde aquí.

Pastora disse...

Será que ainda cabe um comentário aos videos?
Um homem, só, com excesso de peso,com dificuldade em andar e usando bengala ( solidão, gordura, prótese) - pronto aqui temos o estereotipo do indivíduo idoso, cidadão não produtivo cujos direitos se consideram um tanto contrariadamente porque parecem quase sempre dispendio sem retorno e por isso se apela a uma certa complacência e caridade. É claro que se o nosso jovem tivesse uma perna engessada ou deficiente em virtude de um dos inumeros acidentes de moto e carro que atingem os nossos jovens, teria iguais ou maiores dificuldades. E quantos somos os normais e durante quantos anos da nossa vida? É que as cidades estão feitas para seres ideais, que não tropeçam, não caiem, não se partem, não engordam, não adoecem, não ficam grávidos, não levam filhos ao colo, não são pequenos. E afinal os cidadãos, são simplesmente humanos. A forma como vemos um assunto tem implicações no modo como o vamos resolver. 2007 é o Ano Internacional da igualdade de oportunidades para TODOS - esperemos que as entidades oficiais dêem conta e façam pela inclusão algo mais do que discursos subsidiados. Um urbanismo amigável facilita e agrada a todos e o que já está feito precisa mais de decisão e iniciativa do que de muito dinheiro,a não ser que os compadres sejam muitos.
Com alguma ironia até dá para perguntar se por acaso têm seguro no Mosteiro e quantas são as pessoas que já cairam naquela porta :)

Pastora disse...

Para a Freyja, parte de um poema de um conterraneo seu, chamado Serrat
...
Si la vetaraní fuese un grado.
Si no se llegase huérfano a ese trago.

Si tuviese más ventajas
y menos inconvenientes.
Si el alma se apasionase,
el cuerpo se alborotase
y las piernas respondiesen.
Y del pedazo de cielo
reservado para cuando
toca entregar el equipo,
repartisen antecipos
a los más necessitados.

Quizás llegar a viejo
sería todo un progreso,
un buen remate
un final con beso.

En lugar de arrinconarlos en la historia
convertidos en fantasmas con memoria.
...

Amora Silvestre disse...

Entre maravilhas desejo-te um bom fim de semana.
beijo

francisco t paiva disse...

Caro António,
Mais um exemplo de que as pretensas requalificações do património esquecm o essencial: as pessoas. Delapida-se o erário com intervenções higienistas e de suposta assepsia do espaço público e esquecem-se as acessibilidades. É caso para perguntar a quem aproveitam essas obras, ou de que(m) são emblemas.
Um abraço e votos de perseverança

Vladimir disse...

é o eterno problema em torno do acesso dos idosos e deficientes aos mais diversos locais...há que arranjar soluções...

Alzira Henriques disse...

Bom dia a todos,
Dirijo-me, em particular, ao jovem alcobacense que manifestou, e bem, a sua opinião.
Quando refere que, sendo o Mosteiro de Alcobaça um monumento histórico a nível mundial e, portanto, que não acha propicio que se construam acessos para garantir a entrada de todos, mas podiam-se criar facilidades externas a estrutura do mosteiro para os garantir, deixe-me discordar de si, pois esta é a postura democrática que todos devemos ter.
É que o Mosteiro de Alcobaça, como, aliás, todos os monumentos nacionais ou estrangeiros, por constituirem património da humanidade, deviam ter acessos facilitados a todos quantos, por razões de idade, debilidade ou deficiência física, apresentam dificuldades de locomoção. Caso contrário, estaríamos a segregar os seus destinatários...
E, repare que a maioria dos visitantes do nosso Mosteiro são pessoas já com alguma idade (grande número aposentados) que se deslocam em excursões para o visitar...
A solução não passará, obviamente, pela alteração da estrutura do monumento mas, poderá passar pela criação de condições de acesso, interior e exterior, a essas pessoas, seja através de elevadores ou outro técnica de engenharia que os mais habilitados que eu nessa matéria poderão identificar.
Refiro, ainda que, não visualizei nesta postagem qualquer critica destrutiva. Visualizer apenas, e tão só, a constatação de uma realidade que a todos deve preocupar e que, ao que sei, constitui também uma preocupação do próprio Director do Mosteiro de Alcobaça.
Por fim, deixe-me dizer-lhe que, também não concordo, nem posso concordar, com a visão que dá do saber jovem uma vez que, para mim, a intervenção dos jovens constitui uma mais valia para qualquer comunidade - eles serão os Homens de amanhã. O que se passa é que, não raras vezes, certos jovens pensam que já sabem tudo e não aceitam outras opiniões ou críticas e, afigura-se-lhes mais fácil apelidar os mais velhos (detentores de maiores vivências e conhecimentos que a vida, o trabalho, as habilitações académicas e/ou profissionais, lhes acrescentaram) de "dinossauros".
Para tudo na vida é preciso humildade...e, felizmente, eu conheço muitos jovens que comigo aprendem e eu aprendo com eles.
É esta humildade recíproca que gera consensos e evolução.

Lúcia Duarte disse...

olá Alzira
mais uma vez estamos de acordo. falo por experiência própria. estou a tirar um curso em que lido com três gerações diferentes.
não imaginam o que tenho aprendido com todos.
mas sabe o que mais me agrada? é que eles também mostram estar a aprender alguma coisita comigo.
é tão gratificante...