quarta-feira, março 26, 2008

LISTAS PARTIDÁRIAS


Otto Von Bismarck e Churchill terão dito respectivamente que há duas coisas boas que o melhor é não saber como se fazem: as salsichas e as leis. Eu acrescento uma terceira: as listas eleitorais de um partido.
Todos aceitamos que os votantes elejam os seus representantes pensando, principalmente, nos candidatos que votam na sua circunscrição, assim como os líderes nacionais e os partidos que nos representam, até porque a lei portuguesa obriga os partidos políticos a apresentar listas às eleições autárquicas, à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu.
Se a regra é esta, porque é que a constituição das listas de candidatos de qualquer partido é sempre um momento tenso e de confrontação interna?
Isso acontece porque a composição de listas é uma ocasião para medir forças entre as facções existentes. Há militantes que preferem arriscar "matar" o partido ou debilitar o seu espaço de acção a criarem consensos, no sentido de ser uma força política unida e ganhadora, mas sem a predominância deles próprios.
Determinados candidatos são apenas a essência de guerras pessoais com fins obscuros e nunca os do apaziguamento do partido como espaço de inclusão, escola de tolerância e valores cívicos como deveria ser. Por isso muitas vezes os eleitores não estão a votar em candidatos mas a acentuar tricas internas. Não serão estas operações alheias ao serviço público ao qual se destina a democracia? Afinal que beneficio tem isto para a sociedade?
A imprensa distrital parece dar razão ao que acabo de expressar: nas últimas semanas assistimos a badalados e controversos casos, como no concelho da Nazaré onde há, ao que parece, várias listas para a concelhia do PS e, em Alcobaça, uma intransigência localizada em não se querer a unidade do partido, numa lista única, quando tudo o justificaria. Noutras concelhias do distrito, ao contrário, vemos atitudes bem nobres e dignas por parte de potenciais candidatos em que estes abdicam em favor de outros para que haja consenso e unidade numa só lista a fim de reforçar o partido como é desejável.
Noutros casos fazem-se desmentidos sobre rumores e afirmações; se determinada pessoa será ou não a mais idónea para ocupar ou candidatar-se a determinado lugar.
Mais do que política, isto parece ser unicamente extensões de conflitos entre vizinhança de aldeia, motivados por vaidades, invejas locais e pessoais, tudo ocasionado por “sindicatos” de votos. Aqueles que não integram estes conluios ficam debilitados para estarem em listas partidárias, mesmo que sejam pessoas dotadas dos maiores méritos. Grosso modo é este o tipo de militância que se vive nas concelhias partidárias. O "sindicato" do voto sobrepõe-se aos interesses locais e do partido, estimulando ainda o caciquismo e o nepotismo para exaltar o abandono dos melhores. Deste modo faz-se superar a falta de uma doutrina partidária ou de uma ideologia e quadros preparados. Se a nível nacional, um partido pode ter ideologia, a nível local, na maioria das vezes não a tem. Por isso as pessoas de bem, como os militantes mais doutrinados afastam-se da vida partidária por ser um mundo sem regras onde parecem primar os instintos mais irracionais.
Tirar ou pôr candidatos, na maioria das vezes sem mérito ou desconhecidos do grande público, parece ser uma maneira de exercitar a luta no interior dos partidos. E é aí que se podem ver em acção aqueles cujo objectivo principal, não é a unidade nem trazer votos a uma desejada vitória eleitoral com a melhor candidatura possível, mas sim debilitar o adversário interno e controlar o aparelho local do partido que é donde emana o seu poder, o seu estatuto e, inclusive, os seus favores económicos.
Triste? Não sei. É inevitavelmente em todo o caso, com o actual sistema eleitoral partidário. Talvez com listas abertas se poderia reduzir o poder do aparelho partidário e a prepotência de pessoas cujo valor pode ser simplesmente nulo mas está desgraçadamente justificada pelo "sindicato" de voto.
As listas abertas seriam a melhor forma de escolher objectivamente aqueles que queremos que nos representem; as únicas hipóteses que temos, a das listas fechadas, têm associada a armadilha de meter a gente inútil, incapaz e sem valor que vai protegida apenas pelos primeiros nomes da lista de candidatos porque são esses os que arrastam os votos. António Delgado in Jornal de Leiria 28/3/2008. artigo de opinião

33 comentários:

Lúcia Duarte disse...

olá António
infelizmente estas politiquices, jogos de interesses pessoais e total desrespeito pelo interesse numa luta séria e com projectos, a nivel do nosso concelho, vem apenas confirmar o que muitos já pensavam sobre o estado da politica no nosso país.
Mas, se calhar, a culpa é de todos nós que sabemos da podridão, dos aproveitamentos, da utilização de diversos cargos para alcançar objectivos de natureza pessoal e não os denunciamos.
estas personagens que, em campanha, em vez de debater ideias e projectos concretos vêm para a praça pública tentar denegrir a imagem de pessoas com vontade de trabalhar.
Mas a essas pessoas não interessa o trabalho porque para isso.... é preciso muito trabalho!
sentem-se felizes porque alcançam visibilidade. Pena que não o consigam através de ideias concretas para desenvolver a nossa terra e usem este tipo de armas.
qualquer partido sairia reforçado e credibilizado se todos se juntassem em nome de um projecto válido.
A comunicação social faz apenas o seu papel, se o faz bem ou mal, isso são outras águas e motivo para novas postagens mas o facto é que só transmitem o que interessa a alguém em particular.
eu gostava de assistir a uma campanha séria e não é o que vejo neste momento.
sabe, eu até já acho melhor vender Portugal aos espanhóis. Se eles sabem lidar com os terroristas melhor saberão lidar com gente falsa, egocêntrica e ambiciosa.

A. João Soares disse...

Caro António,
Mais um belo texto, muito amadurecido e estruturado. O tema merece meditação séria.
Acabo de colocar no Do Miradouro um post que aborda este tema, mas apenas como incitamento à sua análise, sem o pormenorizar como aqui aparece.
Quanto à sugestão da Lúcia Duarte de vender isto aos espanhóis, tire daí as ideias porque eles não querem. Até consta que estão a pensar criar um feriado nacional em 1 de Dezembro, sabe para quê? Para homenagear os conspiradores de 1640 que libertaram a Espanha de ter de governar um povo preguiçoso, invejoso, pouco dado a raciocínios elaborados, etc.

Um abraço
A. João Soares, serve de link

Siry Pérez disse...

Como siempre bien centrado, y excelente manejo de las ideas.

Saludos

C Valente disse...

Saudações amigas e bom fim de semana

Anónimo disse...

Amigo, espero que o teu regresso seja com bastante actividade. Um Abraço e Bom Fim de Semana

ANTONIO DELGADO disse...

Viva Lúcia,

aponta precisamente uma série de coisas que eu por principio combato. Sabe? há pessoas e pessoas na politica e haverá algumas como as que refere, mas não são todas assim. As primeiras quando tem oportunidade manifestam-se e exprimem-se verdadeiramente como diz, mas quem não comunga dos princípios delas afastam-se simplesmente. Por vezes o que querem é protagonismo e nada mais, tem necessidade de se mostrarem, mas em muitos casos fazem-no da pior forma. Supõem que estão no poleiro e como não tem capacidade para discernir entre real e virtual quando caem dele a frustração é total.. Como normalmente um mal não vem só, algumas conseguem ainda ser limitadas ou sem “dioptrias mentais”, para entenderem que a luz da ribalta cega doidamente e na maior parte dos casos não permite que a razão veja. Nunca viu grandes futebolistas perderem-se para a vida devido a não saberem gerir , tanto a sua imagem , como os seus proventos, sociais e económicos? Alguns ao virem de formações muito humildes onde não receberam um estrutura que as pudesse orientar depressa desnorteiam com tanta e aparente facilidade. Há dias, li num jornal, que um futebolistas muito famoso que hoje é servente de pedreiro. No tempo efémero de estrela, não soube escolher os verdadeiros amigos para voar verdadeiramente e explanar o seu dom. Havia pessoas que só andavam com ele movidas pelo interesse de tudo quanto lhe podiam sacar. Como o viam vulnerável aproveitavam-se desse debilidade até o transformarem no farrapo que hoje é....mas que lhes podemos fazer? A idade agora já não lhe permite voltar para trás e os amigos onde estão?

Em linguagem psicanalítica para estes casos costuma-se dizer que as frustrações atraem frustrações. Segundo os psicólogos o tipo de histórias como a do futebolista passa em pessoas (algumas) com baixa auto estima, pouco ou nada realizadas e com muita insegurança falta de amor e de amor-próprio além de não terem a preparação emocional necessária. Há pessoas com esta patologia que vêem parar à política: são os futebolistas da política. Habilidosos de todo o género, fintas à direita e à esquerda mas rara vez fazem uma jogada correcta, metem um golo ou jogam uma partida por inteiro sem serem substituídos, e, à selecção nunca chegam. Correm muito mas só atrapalham o jogo e os colegas de equipe além só perdem a bola. Depois dizem mal do adversário do árbitro e do treinador, no entanto não reconhecem que não têm capacidade de jogo. Há ainda aqueles políticos futebolistas que fora da militância partidária são autênticas nulidades: mas será que fazem alguma coisa para contrariar isso ? Sobre campanhas elas são o retrato, nalguns casos, de pessoas sem o menor sentido ético, mas pense que infelizmente não são todas assim. Não comparto essa ideia dos espanhóis e posso dizer-lhe que Portugal não lhes interessa em absoluto . Se me dissera que eles pretendem entrar no selecto grupo do G8, já me calaria!

Um abraço.
António

ANTONIO DELGADO disse...

Amigo A. João Soares,

Obrigado pelas suas generosas palavras que muito estimo, dado ser uma pessoa que lê e interpreta aquilo que tento expressar. O texto é apenas uma reflexão sobre as eleições dentro dos partidos e nalguns casos, são momentos de irracionalidade pura e dura por parte de algumas pessoas que não têm o menor pudor para se for preciso “matar” o partido e a ideologia dele.

Gosto muito da sua última observação, porque penso da mesma forma.

Um abraço
António Delgado

ANTONIO DELGADO disse...

Hola Siry,

Gracias por tus palabras y lectura.
besos
António

ANTONIO DELGADO disse...

Amigo CValente,

obrigado e desejo-lhe também bom fim de semana.

saudações
António Delgado

ANTONIO DELGADO disse...

Olá Ludo obrigado pela tua visita, podes crer que o regresso é em força.

Um abraço fraterno
António Delgado

Zé Povinho disse...

A política, aquela actividade nobre em prol do bem público, transformou-se num jogo de interesses, de poder e de compadrio.
Se nas autarquias isso é visível, para o Parlamento então acaba por ser uma trapalhada, em que muitos dos primeiros nomes das listas são apenas usados como chamariz, e depois cedem o lugar a figuras de segundo e terceiro plano, sem capacidade de intervenção que se limitam a fazer figura presente no hemiciclo.
Os partidos, devido à sua organização interna, desacreditaram-se e poucos são os que votam convictamente nessas formações.
Abraço do Zé

Beezzblogger disse...

Meu amigo, venho lembrar-lhe um caso a nível nacional.

Durão Barroso, saiu, e o PR Dr. Jorge Sampaio devia, à luz da Constituição Portuguesa convocar eleições antecipadas, não o fez, violando a constituição. E não o fez pela simples facto, de que quem era o secretário geral do PS na altura, embora indiciado (à força) no processo "Casa Pia", O Dr. Ferro Rodrigues, abandonando o cargo logo depois, pois internamente, sofreu grandes pressões para isso. O Ferro Rodrigues, era o homem da ala esquerda do PS, e assim que Sócrates ganhou o congresso, o PR, logo convocou as eleições para lá colocar o dito Pseudo-engenheiro.

Se tivesse ganho Manuel Alegre, será que ele as convocaria?

Não, ainda hoje, teríamos o Santana Lopes a PM.

E isto é o Quê?

Abraços do beezz

ANTONIO DELGADO disse...

Caro ZÉ POVINHO,
o problema está precisamente nas listas das autarquias. Algumas pessoas que elaboram essas listas fazem-no apenas por estarem desejosas de serem eventualmente eleitas para o parlamento (os partidos tem no seu interior caminhos ínvios e pouco democráticos), depois fazem as piores cambalhotas possíveis para lá chegarem. Algumas pessoas conseguem ludibriar e passam antes de serem topadas e outras estatelam-se à partida . Infelizmente este comportamento só existe porque estão protegidas por capangas e pessoas pouco serias que vivem apenas de expediente e favores. Estes candidatos nunca se associam a gente séria para chegarem onde desejam, porque as pessoas sérias também as ajudariam naturalmente mas pela via da verticalidade. As pessoas sérias gostam também que a sua terra tenha alguém que a represente nos foros de poder. Como diz e muito bem parte destas pessoas que querem ir nas listas para o parlamento, nas circunstâncias que aponta, são pessoas de segundo ou terceiro plano mas haverá outras que nem plano têm. O drama das listas das concelhias é exclusivamente pensar desta forma obtusa. Portugal é o que é devido este tipo de mentalidade que parece de tipo caciqueiro.

ANTONIO DELGADO disse...

Caro Beezz
Conheço a história e chegou-se mesmo a falar em mortes politicas dentro do Ps., até porque as coincidências são muitas.
Um abraço
Fraterno
António

Jorge Casal disse...

CACIQUES a CAPANGAS.
São as palavras exactas para classificar as pessoas que açambarcam a politica entre nós. A democracia só lhes interessa porque eles se servem dela para as suas mixórdias políticas. Parasitas. Inuteis sociais. Só sabem fazer tricas, armar intrigas e urdir traições. A rampa destes mixordeiros é fácil de descrever: começam por ser capangas na secção local, lambe-botas do cacique que já foi lame-botas dum outro que ascendeu. Quando o cacique sobe a um poleiro convida o capanga a um posto. Este arranja entretanto capangas e lambe-botas e assim vão todos subindo da secção local ao parlamento e às empresas e lugares publicos, passando pelas autarquias. Quem não adular o chefe não sobe. Quem tem ideias ou ideologia, quem pensa em militar por causas justas, quem tem inteligência e pensa por si não tem «futuro politico». «Futuro político é como eles classificam a garantia de viverem da mixórdia, da traição e da intriga Sabem porque é que Portugal conta com a maior percentagem de abstenção na Europa? Adivinhem... «eles só pensam no tacho» ou nunca ouviram dizer isto? Um abraço Antonio e parabens pelo texto e pela tua frontalidade. Oxalá houvesse meia centena de pessoas como tu num concelho. Ou meia dúzia que fosse mas em cada um dos partidos.

Jobove - Reus disse...

buen post y muy acertado en todo, las ideas claras y el posicionamiento, saludos desde Reus Catalunya

Pastora disse...

Belissimo!
Desenho, legenda, música, e este um pouco de desespero que vamos sentindo, com aquilo que se sabe!

Ainda bem que nem tudo se sabe, porque se o mundo não ardesse, nós de certeza nos consumiriamos!

Um abraço

ANTONIO DELGADO disse...

Caro Jorge,

subscrevo o que afirmas. Não é nada agradável ser vertical e recto, num país onde só se safam aqueles que não o são. Ser diferente e pensar pela própria cabeça tem o seu preço e é muito duro. Repara a falta de princípio associados a esta situação real que te vou contar. Um militante de um partido concorreu contra o próprio partido em que estava inscrito como militante, numa lista de candidatos independentes a um órgão autárquico. os estatutos determinam a sua expulsão imediata o problema e que ninguém faz caso destas regras de conduta ... não entendo, nem sei que tipo de vida partidária e politica é esta...se calhar terei de perguntar à esfinge! Se os partidos não se reformularem , no sentido de combaterem fraudes deste tipo talvez estejam condenados à extinção e por perder toda a credibilidade.
Agradeço as tuas palavras de elogio mas sou apenas um simples cidadão que gosta de dizer coisas, mas , se estivera no meu cantinho sossegado não teria tanto problemas por falar em voz alta... Há coisas que ferem os mais elementares princípios da ética politica e partidária..


Um abraço
António

ANTONIO DELGADO disse...

Ola Té Te Maria,

Gracias por tus amabres palabras
António

ANTONIO DELGADO disse...

Ola Mila!

é estimulante saber que gosta.


Um abraço
António

VR disse...

A preparação das liastas partidárias obedece, como já aqui foi dito e muito bem, por exemplo pelo Jorge Casal, a um critério demasiado simples e que está na raiz do problema da chamada “classe política”: há que por à frente das listas aqueles que têm mais “contactos” e “influência” ou seja, aqueles que estão melhor capacitados para o exercício da corrupção.

É lamentável a situação a que chegámos. Há que reabilitar o espírito revolucionário, que foi o daqueles que há mais de 30 anos subiram ao poder e que nunca mais o largaram. É necessária uma Revolução, e quem a pode fazer, como bem notou Hanna Arendt, não são concerteza aqueles que ainda colhem os frutos das revoluções anteriores. Ninguém faz uma revolução duas vezes. Seja pois esta a nossa vez. E não caimamos, por amor de Deus, na extrema estupidez de começarmos a matar-nos uns aos outros!

Obrigado António e um abraço,

Valdemar Rodrigues

Lúcia Duarte disse...

ora o que eu gostei de ver por aqui o valdemar. já fazia falta!

Lúcia Duarte disse...

pois é antónio, mas parece que casos como os que agora fala vão sendo guardados no segredo dos Deuses.
Um cavalheiro assim não só deveria ter sido retirado do partido como mandam os estatutos como não deveria poder concorrer a qualquer lugar em nome do mesmo. Mas se calhar, a presença dele dá jeitinho a alguém. sabe-se lá porquê...

São disse...

Por este sujo jogo partidário é que se não chega a resultados positivos nem os reais interesses do país são defendidos.
E admiramo-nos nós de que as gerações mais novas estejam alheadas da política!!
Saudações.

Um Momento disse...

Já não passava por aqui há algum tempo...
De politica pouco ou nada "sei" mas gosto de te ler...sempre "aprendo" alguma coisa
Contudo...mantenho-me sempre "afastada" porque não percebo mesmo nadinha!

Bom Texto !
( e ainda ñ me havia apercebido que escrevia para um jornal)

Noite linda desejo :)))

(*)

ANTONIO DELGADO disse...

Caro Valdemar eu não seria assim tão perentório mas que há suspeitas nalguns casos disso não tenho dúvidas.

Sobre as revoluções e no caso de Portugal, há algumas pessoas que desde o vinte cinco de Abril têm reinado a seu belo prazer ajudando o país a chegar ao estado a que chegou. Sobre o matar, recorde o tipo de linguagem usada para estimular as suas hostes, certas pessoas que querem ser lideres politicos, a fim de anular os adversários: "TEMOS DE CONTAR AS ESPINGARDAS"! Este linguagem eu não tenho a menor dúvida que a mesma Hannah Arent designaria de "MAL RADICAL" como a utilizou ao referir-se a determinados politicos. Noto que este tipo de argumento está encardida na mente de muitos deles porque fazem da politica um espaço de divergência e nunca de convergência ou seja de beligerancia e nunca de paz.
Um abraço .
António

ANTONIO DELGADO disse...

CAra Lúcia há muita gente trapaceira neste mundo e só vivem da mentira e do conto. Tricas ali tricas acolá. São as calhandreiras da aldeia e assim vão acomulando anos...mas não passam disso, não se preocupe! Pena tenho eu de pessoas que julgava com sentido comum bajulem este tipo de coisas e pactuem com elas...mas são livres de o fazer mais nada tenho a dizer.

Um abraço
António

ANTONIO DELGADO disse...

Cara São,
bem vinda aos Ecos e Comentários. Posso dizer-lhe que esta postagem foi vivida ao perceber ver o modo como certas pessoas tem dupla personalidade e com ela manipulam tudo e todos para singrar na vida atravéz da politica. E chocou-me mais porque eram pessoas pelas quais nutria muita admiração, estima e afecto. Não sei o que a politica tem assimde tão especial! a mim parece-me que deforma o cerebro a algumas pessoas. Pela politica fiquei a saber que há gente capaz de tudo, até de pactuarem com o diabo e venderem a própria mãe para machucarem, humilharem e pisarem, aqueles que são verdadeiros amigos. Perdem toda e qualquer noção do real por tanta desmesura...mas como Deus não dorme espero que a justiça divina acaba um dia por triunfar...

É um facto a junventude não se interessar pela politica, sobretudo quando percebe gente que não é série .

receba um cordial abraço e obrigado pela sua passagem.
António

ANTONIO DELGADO disse...

Olá Monumentos,

Este texto é uma reflexão sobre uma realidade muito concreta . Sou uma criatura de liberdade e integridade e como tal não tolero caciquismos nem fascismos. Acredite que não sou politico nem percebo nada de politica,mas acredite também que não gosto de subversões de regras universais.

Saudações fraternas
António Delgado

C Valente disse...

Eu tenho tido problemas com o operador clix, pois é mais as vezes que não consigo contactar os amigos
Saudações amigas

ANTONIO DELGADO disse...

Caro C.Valente,

Não tem problema sei como são estas coisas da internet, desde que em janeiro tive um problema com o meu computador e depois de ser arranjado ele ainda não está a 100%.

Um abraço fraterno
António Delgado

Nilson Barcelli disse...

Há muitos anos, quase 20, fiz parte de uma lista para a Câmara Municipal respectiva.
Ainda hoje não sei bem como é que lá fui parar.
Acontece que eu estava num lugar elegível e, por isso, o cabeça de lista quis garantir a minha participação como vereador a tempo inteiro, coisa que não estava nos meus horizontes por razões profissionais. Como ele não aceitou a minha oferta de 1 dia por semana, sugeri que me passasse para um lugar não elegível.
O que se passou a seguir entre diversas delegações do partido é mais ou menos indescritível (uma baixaria...) e, como eu não era nem nunca fui filiado, aproveitei logo para lhes dizer que já não aceitava fazer parte da lista.
No fundo, percebi que seria uma marioneta...

Percebo muito bem o teu excelente post, por isso.

Bom fim-de-semana, abraço.

ANTONIO DELGADO disse...

Caro Nilson,

A questão esta bem diagnosticada: é essa mesmo a das marionetas!

Um abraço
António