terça-feira, junho 24, 2008

ESTAR-SE-Á REALMENTE A CRIAR RIQUEZA II?

Pedra do Ouro Alcobaça
Gasto de recursos hidrícos ( Pedra do Ouro Alcobaça)

Na continuação de uma POSTAGEM ANTERIOR reproduzo na integra outro avisado artigo de Vitor Cóias publicado na revista Pedra e Cal , nº. 34 maio/Junho de 2007. Esta postagem vem na sequencia das noticas surgidas na imprensa local (Alcobaça) sobre o urbanismo que se está a fazer em Pedra de Oura e que os grupos ecologistas, segundo parece, já avançaram com uma providencia cautelar. Mas voltaremos a falar do tema e dos campos de golf oportunamente

(Pedra do Ouro Alcobaça)


"Projectos “PIN” e Zonas Protegidas
Um caso de atracção fatal
“Habitação de férias... um imóvel pouco usado, com despesas de manutenção relativamente elevadas e cujo rendimento é limitado as épocas de férias... Acresce que os equipamentos colectivos necessários a um empreendimento de laser são maiores do que os destinados aos empreendimentos urbanos... (nota 1) André Jordan

O NOVO TURISMO
E AS BOAS INTENÇÕES

Segundo um estudo sobre a motivação do turismo, referido no boletim do ICCROM (nota 2) cerca de 80 por cento das pessoas interrogadas consideram a integridade do ambiente natural um factor essencial na escolha de um destino e atribuem, igualmente, grande importância ao ambiente cultural e social. Neste mesmo estudo dá-se a conhecer a evolução do perfil do turista médio ao longo dos últimos vinte e cinco anos. O estudo revela que o turista de hoje é menos materialista que antes, e já não está exclusivamente fixado sobre a busca do prazer pessoal. O novo turista deseja compreender o país que vai visitar antes de partir, e prepara-se nesse sentido. Ele quer experiências mais enriquecedoras e está disposto a prescindir de algum conforto na condição de descobrir locais relativamente pouco degradados. Por outro lado, segundo Manuel Castells (nota 3) o “turismo de sol e lua” — praia e divertimentos nocturnos — é insustentável em países como o nosso, porque e mais fácil procura-lo em destinos no Terceiro Mundo, mais baratos e menos deteriorados ambientalmente.
Sendo Portugal um país pequeno, a opção deverá ser, logicamente, pela qualidade e não pela quantidade, gerindo sabiamente o seu património natural e cultural. A Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável (ENDS) estabelece orientações muito positivas nesse sentido. No seu 2.° Objectivo — Crescimento sustentado e competitividade à escala global, apontam-se “exigências estruturais” como “Utilizar de forma sustentável os recursos naturais, aproveitando o potencial endógeno nacional (...) e promovendo a dissociação do crescimento económico do consumo de recursos naturais e da degradação ambiental”. No seu 3.° Objectivo — Melhor ambiente e valorização do património natural, apontam-se domínios essenciais para o desenvolvimento sustentável, em particular na sua dimensão ambiental, como a promoção de uma politica de protecção dos solos, designadamente no que se refere a perda de biodiversidade, contaminação, compactação e impermeabilização. O património é considerado um dos quatro principais recursos endógenos nos com vista à aceleração do crescimento económico do país. “Transformar Portugal num destino turístico de grande qualidade, corn uma oferta diversificada de produtos, tirando partido da qualidade e diversidade das paisagens e do património cultural” é uma das linhas de orientação dominantes.
Estas orientações encontram-se, há vários anos, consignadas em instrumentos como o Programa Nacional de Turismo da Natureza ou a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade. Nesta linha, refiram-se, também, os regimes do Turismo no Espaço Rural e das Casas de Natureza. No terreno, programas como o Sistema de Incentivos a Produtos Turísticos de Vocação Estratégica (SIVETUR), visam apoiar projectos de investimento em modalidades de turismo sustentável.
No recentemente divulgado Quadro de Referência Estratégico Nacional, QREN 2007-2013, afirma-se que “A salvaguarda e valorização do património natural e dos recursos naturais constituirão uma área privilegiada de intervenção — a concretizar de forma articulada com o Programa Operacional de Desenvolvimento Rural co-financiado pelo FEADER, destacando-se neste contexto as intervenções dirigidas à gestão e utilização sustentável de recursos naturais, a gestão de espécies e habitats, bem como a promoção da eco-eficiência e a valorização do litoral.”
Em contradição flagrante com estas boas intenções, assiste-se a uma rápida deterioração do património natural do País. Dos vinte e seis indicadores do Relatório de Estado do Ambiente (REA) de 2005, apenas oito apresentam evolução positiva. O “território artificializado”, isto é, o solo virgem que foi irreversivelmente ocupado com novas urbanizações , industria, vias de comunicação e outras infra-estruturas, aumentou cerca de 700 km entre 1985 e 2000 em Portugal, ou seja, uma área equivalente a nove vezes a do concelho de Lisboa (nota 4).


Fig 1 Portimao



Entre 1990 e 2000, as áreas artificializadas nas zonas costeiras registaram, em Portugal, o crescimento mais rápido da Europa (com um aumento de 34 por cento em dez anos), que ultrapassou a Irlanda (27 por cento), e a Espanha (18 por cento) (nota 5) (Fig 1).
Torna-se, portanto, imperioso que as boas intenções ao nível da estratégia sejam postas em pratica no terreno. Não é isso, infelizmente, o que está a acontecer.



A EUFORIA DO TURISMO
RESIDENCIAL E DOS RESORTS


A ocupação galopante de solos virgens vê-se, de há uns anos para cá, reforçada com uma nova onda de projectos de duvidosa sustentabilidade: o turismo das segundas residências e dos “resorts”. De facto, sendo este tipo de projecto imobiliário baseado na construção muito dispersa de habitações de elevado impacto ambiental, com infra-estruturas proporcionalmente mais pesadas e profusão de equipamentos de lazer, implica um substancial acréscimo da “pegada ecológica” (nota 6).

Fig 2 Novo resort suspende PDM

Estas novas modalidades de urbanização têm vindo a suscitar o apetite de um certo empreendorismo predador, excitado pela permissividade com que muitas autarquias suspendem os planos directores e pela facilidade com que o Estado abre mão das mais-valias associadas a essas operações (nota 7) (fig. 2). A oferta estimada de ‘resorts” turísticos com componente imobiliária no futuro prOximo envolve 447 km de urbanização e mais de 26 milhões de m2 de construção (nota 8) e continua a ser estimulada através de expedientes como a classificação PIN (Potencial Interesse Nacional). Se não for controlada a tempo, esta deriva pode vir a revelar-se desastrosa: um promotor imobiliário estrangeiro afirmava recentemente que Portugal tem ainda capacidade para 300 000 novas casas, que correspondem a vendas de 45000 M€ (nota 9).

Fig 3 Os espanhóis querem um desenvolvimento sustentado

Perante a estagnação do mercado espanhol e o esvaziamento da “Burbuja inmobiliaria” Fig 3 os promotores voltaram-se para a costa portuguesa, em particular para a costa alentejana. Isto mesmo é reconhecido pelos responsáveis dos grandes interesses imobiliários. Numa recente entrevista, um deles refere-se à saturação da costa algarvia, onde os projectos imobiliários se começam agora a desenvolver “em Segunda linha” uma vez que a primeira (junto a costa) se encontra esgotada. Na mesma entrevista referenciam-se perto de meia centena de empreendimentos em construção ou em projecto, grande parte dos quais na costa alentejana, a qual, segundo ele, “ainda se encontra totalmente virgem”(Nota 10)...
O que realmente assusta, portanto, é o que ainda pode estar para vir, com a actual euforia do turismo residencial e dos resorts. Os números acima referidos quanto a área prevista em novas urbanizações correspondem a mais de cinco vezes a área do concelho de Lisboa E isto a expensas dos melhores terrenos da orla costeira e da reserva ecológica nacional.


A GRANDE ILUSÃO
O facto de uma boa parte dos promotores imobiliários por trás dos grandes projectos de urbanização de solo virgem actualmente em curso serem estrangeiros conduzirá a que os benefícios retirados da valorização dos terrenos, quando passam de rurais a urbanos, e da ulterior exploração dos empreendimentos neles implantados serão sistematicamente exportados, sob a forma de dividendos para os accionistas e prémios para os administradores (nota 11). De igual modo, a maior parte do benefício da valorização das propriedades, quando forem mudando ao longo do tempo, ficará no estrangeiro.

Desengane-se, portanto, quem pensa que a venda de terrenos e de casas aos estrangeiros a panaceia para os problemas da economia do País. Veja-se o caso da vizinha Espanha, tantas vezes apontada como exemplo: depois de anos e anos de aplicação deste modelo de “desenvolvimento”, a divida externa espanhola (mais de 86 mil milhões de euros) e a segunda major do mundo em termos absolutos, ultrapassada apenas pela dos Estados Unidos, e, em termos do PIB, a divida externa dos nossos vizinhos atinge 8,8 por cento, ultrapassando largamente a dos Estados Unidos (nota 12). Se a venda de terrenos e de habitações a estrangeiros trouxesse dinheiro para o país, a Espanha não precisaria de se endividar tanto para pagar o que compra no exterior.


Além de serem actividades de elevado impacto ambiental, o turismo de residência e os resorts geram apenas, quer durante a construção, quer ao longo da exploração, em pregos de reduzida qualificação, logo, de baixos salários. A produtividade do sector da construção e da ordem dos 17 mil euros por activo, bastante inferior a media do País.

Fig 4. Nao haverá ocupaçao mais produtiva para estes homens?

A produtividade do turismo tem-se reduzido, desde 2001, segundo um estudo da Universidade do Algarve, tornando-se, também, inferior a media do País (fig. 4). Logo, não tem interesse empatar recursos humanos nestas actividades. Não é a fazer casas para os estrangeiros e a tratar-lhes dos jardins e dos campos de golfe que se melhora o nível de vida dos portugueses.
Em suma, as políticas oficiais estão correctas, mas não estão a ser seguidas no terreno. A exploração do recurso endógeno que constitui o património natural devera ser feita não através do turismo de residência ou dos resorts, mas através do ecoturismo ou das suas múltiplas cambiantes, como o turismo em espaço rural ou as casas da natureza (nota 13). Para isso, as zonas protegidas deverão continuar a ser isso mesmo: zonas protegidas. Já há casas de férias a mais em Portugal: segundo o censo de 2001, são perto de um milhão. As urbanizações já em curso e aquelas que poderão vir a ser ainda autorizadas em solos virgens e zonas protegidas representam uma ameaça séria para o património natural, constituem uma ma aplicação de recursos humanos e financeiros e aumentam drasticamente a pegada ecológica do País, como reconhece o próprio Andre Jordan, o guru dos promotores imobiliários (ver citação no principio deste texto). Dado que a maior parte dos benefícios da valorização dos terrenos e da exploração dos empreendimentos é exportada, Portugal está a fazer um mau negócio. "

NOTA5
(1) André Jordan, “Posto do observação” Vida Imobiliária/Vida Económica, Nov. 2005.
(2) ICCROM - International Organization for Conservation of Cultural Heritage. “Tour-operateura: de nouveaux partenaires pour la protection du pa trirnoine”, ICCROM Chronique, n.° 32, juin 2006.
(3) Um dos peritos que ajudaram a preparar a “Agenda de Lisboa”. Autor de estudos sobre a sociedade de Informaçao, professor de Berkeley, Universidade da California e da Universidade Aberta de Barcelona.
4) Relatório do Estado do Ambiente de 2005. http://www.iarnbiente.pt/.
(5) Litoral europeu aproxima se de “ponto de não retorno” ambiental. Relatório da Agencia Europeia do Ambiente (AEA), Copenhaga, 2006. http://org.eoa.eu ropa.eu/docurnents/newsreleases/coastal20
(6) “Pegada ecológica”: pretende representar a quantidade de superfície de terra e agua que uma população humana hipoteticamente precisaria para suprir os recursos necessários para se suportar e para absorver os resíduos, usando a tecnologia corrente. Termo usado pela primeira vez por Williarn Rees, da Univ. British Columbia, Canada (Fonte:Wikipedia).
(7) Por exemplo , a recente suspensão do PDM de Loulé para permitir a instalação do resort Hilton, traduz-se numa valorização estimada em mais de 30 milhões de Euros (Público, 2007-04-04).
(8) Revista “Imobiliária”, n.° 168, Jul/Ago do 2006.
(9) Andrew Coutts, da ILM Portugal (Revista “Imobiliária”, n.° 168, Jul/Ago do 2006). 300 000 casas corresponde , ao ritmo actual do construção, ao que só constrói em seis anos em todo o País.
(10) Revista “Imobiiaria”, n.° 175, Abril do 2007.
(11) O sector imobiliário português encontra-se já, em grande parte, nas mãos de empresas estrangeiras ou de capital estrangeiro: Starwood Hotels & Resorts Worldwido, Inc. (Colornbo’s Resort, Porto Santo), Frasa (Vilamoura XXI)O(I), Hercesa (Casal do Monte, Oeiras), Ferrovial Imobiliaria (GaiaMar, Forto; Quinta de S. Martinho, Alcabideche), Six Senses (Corte Velho, Castro Marim), Fadesa (Quinta Fonte da Prata, Moita; Allegro Design Hornos, Porto), Camin Global Real Estate (Golden Eaglo, Rio Maior), Pelicano Investimento Imobiliário, S.A. (Herdade do Pinheirinho), Oceânico Developments (Lagos, Silves), para citar só algumas.
(12) O Jornal Económico, 2007-03-19.
(13) Urna outra modalidade do turismo inteligente é o programa de troca do casas entre familias de diversos paises ou ate dentro do mesmo pais (ver, por exemplo , o sitio Internet da “Home Exchange”).

12 comentários:

Zé Povinho disse...

Meu caro
O post está muito bem escrito e documentado, apesar de ser longo. Este é o desenvolvimento característico dos patos bravos, infelizmente, sem qualquer preocupação ambiental, e sem qualquer valor acrescentado. Para isto dão-se benefícios fiscais, agilizam-se procedimentos e ultrapassam-se as leis vigentes, criando excepções que os acomodem.
É mais difícil construir uma casa dentro de qualquer propriedade rural, do que fazer campos de golfe e empreendimentos turísticos de luxo.
Estamos em Portugal.
Abraço do Zé

C Valente disse...

Antigamente era os "patos bravos" agora são os tubarões com a conivencia de entidades que devião proteger o ambiente e o país
Saudações amigas

Jorge Casal disse...

Meu caro António
O teu texto está muitíssimo bom. Os problemas que levantas são cientificamente correctos. O problema é a estupidez,a tacanhez e a cupidez dos eleitos. Se eles não lêem nem procuram informar-se sobre as teorias do desenvolvimento moderno e se apenas procuram luvas, benesses e favores dos construtores, como pode o País ser bem governado e gerido? Estamos tramados com esta gente que autoriza resorts, campos de golf na floresta e urbanizações na praia. Com esta cambada nem se vislumbra remédio até porque o povo que elege os corruptos, os ignorantes e os destrudidores está sempre à espera que lhe calhe também alguma coisita.

Jorge Casal disse...

Coment. 2 Nostalgia da servidão.

A foto da Madeira é significativa do que os das Câmaras da Província e os pacóvios que os sustêm concebem o turismo do resort e do campo de golfe: esperam que os turistas venham «à nossa terra» para que os seus filhos e netos passem a ser criados deles. Vejam os dois turistas na Madeira a serem carregados por dois indígenas a pé (bem lavadinhos e fardados...). A imagem recorda a Escravatura - o prazer que deve dar a estes estrangeiros o serem carregados por dois indígenas «a butes»... Com o tipo de turismo que os autarcas pensam promover em Alcobaça visa a que os indígenas da terra passem a ser os apanha-bolas dos golfistas (como é que se chama essa profissão?), os jardineiros e criados dos resorts. A melhor ilustração para este turismo do golfe e do resort é esta foto da Madeira. Bem encontrada!

Siry Pérez disse...

Hola
Como parte del Aniversario de mi Blog, he organizado una simpática elección para seleccionar con el apoyo de todos ustedes, los Blogs Joyas del Alma.

Aqui todos los detalles
http://recetasparaelalma.blogspot.com/2008/06/buscando-al-blog-joya-para-el-alma.html

He nominado tu Blog.
Participa, tu puedes votar hasta por 5 Blogs.
Hoy se aperturó la primera selección, el martes se inicia la gran final y el 5 de julio los Galardonados..

Un abrazo

Menina do Rio disse...

Eu venho só pra te desejar um ótimo final de semana.

Deixo um beijo quente nesta manhã fria

Fica bem

Wilhemina Queen disse...

Felicitaciones por la nominación al Blog Joya para el Alma , compartimos nominación.
Toda la suerte!
un abrazo!

Verónica Curutchet desde
El Mundo de Wilhemina Queen

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UN BLOG SE ALIMENTA Y CRECE GRACIAS
A LOS COMENTARIOS, CUANDO VISITES UN
BLOG DEJA TU HUELLA EN ÉL
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Siry Pérez disse...

Hola amigo
Hubo muchos problemas con la anterior encuesta de preselección, al parecer no admitía votar en el 90% de los intentos. Por ello se cerró con ese servidor a las 14:30 y se abrió de nuevo en otro servidor, esta vez dividiendo en 5 grupos, para hacerlo mas fluido para el votante.
El total de la anterior encuesta se sumará a la nueva. Se aperturó el nuevo proceso a las 14:45.
Espero estés en la final que empieza el martes y que tu lindo blog sea de los 5 mas votados.

Un abrazo y disculpa los inconvenientes

VR disse...

E o TGV? Quem bem trará ao ordenamento do Território alcobacense?

Ass: Valdemar Rodrigues

a d´almeida nunes disse...

Fica-se estarrecido ao ler e a ver fotografias de tantas barbaridades contra o Ambiente.
Afinal, alguém anda a ganhar muito dinheiro com projectos (alguns esquisitíssimos) e projectos sem qualquer preocupação real pelo Ambiente. Só aparentemente é que se vislumbram uns fingimentos...
Esta simples passagem deste seu artigo "o solo virgem que foi irreversivelmente ocupado com novas urbanizações , industria, vias de comunicação e outras infra-estruturas, aumentou cerca de 700 km entre 1985 e 2000 em Portugal, ou seja, uma área equivalente a nove vezes a do concelho de Lisboa" é ilustrativa do que se está a fazer de Portugal.
Os locais mais aprazíveis e verdes estão a ser invadidos impiedosamente pelas máquinas de terraplagem e escavadoras para movimentar terras, deturpando o que a Natureza levou milhares de anos a fazer para se prevenir contra as intempéries. O Homem, de posse dessas máquinas, destrói, insensivelmente, todo esse trabalho, sem pestanejar.
NÃO PODE SER! TEMOS QUE NOS MANIFESTAR EM FORÇA CONTRA ESTE ESTADO DE COISAS. Mas todos. NÃO HÁ LUGAR PARA COBARDIAS!...

António, com um grande abraço

Carilisve disse...

¡Hola!
Excepto por el documento que presentas en tu bitácora, desconozco la situación del turismo y su influencia el Portugal.

Por lo que entiendo, creo que esa moda de los resort terminarán inevitablemente, como muchos de los que se han construido en esta zona del Caribe.

El turismo que llega tales resort, se limitan a disfrutar en las instalaciones, y no existe la interrelación con toda la idiosincrasia del lugar. Eso por una parte, por la otra es que las divisan que aportan los turistas extranjeros se quedan en las operadoras turísticas y los resort, el aporte a la economía local es insignificante.

Finalmente, la relación costo/beneficio en relación con el tema ecológico, normalmente es negativo.

Un saludo.

Arte e Liberdade disse...

mais uns quantos postais ilustrados... para o curriculum do regedor! S´falta o TGV a Este e o tsunami (que vem vem) a Oeste.
Adoro sobretudo (e casaco), aquele detalhe do respirador... tão bem marcado pelo suave desalinho do topo do murtere (compromisos com as fossas ou com os arrumos em cave). Eu aliás adoro muretes... são o máximo... mesmo jardidinados com palnmitos ou feijoeiros!
Fujo.... fujo disto google runit, ao El Lissitzky... para lavar a vista destes... porreiros pá... de toda esta ...javardice!