segunda-feira, junho 18, 2007

DESERTIFICAÇÃO



Fez dois dias que foi comemorado o DIA MUNDIAL DA DESERTIFICAÇÃO E SECA e responsáveis do projecto DesertWatch da AEE, informaram que o nível de desertificação em Portugal, Itália e Turquia - é dos mais elevados da Europa”. Portugal está mesmo na terceira posição desta lista.

Foi o Sr. Ministro Mário Lino quem nos alertou, na sua infeliz estirada ,que a margem sul era um deserto. A norte do rio Tejo o presidente da Câmara de Alcobaça, autorizou que se construíra, em pleno centro da capital do concelho, junto ao mosteiro, um imenso areal, transformando aquela zona num deserto como é conhecido pelos locais e como designam, estupefactos, os forasteiros que nos visitam. Sem projectos que una as pessoas Alcobaça é governado de forma autista além de que o concelho está vetado ao abandono! Passar o olhar sobre o concelho é ver sinais alarmantes de desertificação; Povoações velhas e cheias de casas abandonadas e em ruínas, população velha, instrução muito baixa. Campos incultos e agricultura inexistente. Desemprego elevado. Investimento nulo ou quase. A capital do concelho é aquilo que já mostramos: um verdadeiro travesti urbanístico! “Bonito” pela frente mas com excesso de casas degradadas por detrás e em pleno centro histórico. UMA VERDADEIRA CULTURA DE RUINA ASSOLA O CONCELHO E É O RETRATO MORAL DE QUEM O GOVERNA. Há pouco tempo em mais uma das suas estiradas lapidares, o presidente da CM de Alcobaça, na sua futurologia pueril, dizia que Alcobaça poderia ser uma capital do comércio. O deserto implantado no coração da povoação bem o contraria e é o símbolo eloquente da secura e aridez das suas ideias e as casas em ruínas , abandonadas em venda e a cair, bem como dos campos do concelho outrora férteis, mas abandonados demonstram a mentalidade decrépita, velha, atávico e sorumbática como o concelho está a ser governado .
A praxis do sr. ministro Mário Lino e do presidente da Câmara de Alcobaça são ilustrativos exemplos do alarmante relatório do projecto DeserWatch.

27 comentários:

Ema Pires disse...

Olá Antonio,
Passei por aqui e vi o deserto. Este é particularmente tétrico e trágico. Falta um oásis fresquinho e umas palmeiras. Mas imagino que os monges darão de beber ao viajante sedento assim como aos pobres dromedários cansados.
Beijinhos

Moura ao Luar disse...

Nem ele sabe como se está bem no deserto

ANTONIO DELGADO disse...

E não teriam mãos a medir no meio de tanta aridez. A questão é que eles já não estão em Alcobaça...

Umbjs para ti Ema.

A. João Soares disse...

Confesso que não passo por Alcobaça há uns pares de anos. Então, onde estão os lindos pomares? Que é feito dessa saborosa fruta?
Desejo que, independentemente das autoridades, o bom povo Alcobacense saiba dinamizar a economia criando riqueza. Há muito português com saudade da «nossa» fruta e está farto da que vem de fora, sem sabor nem aroma. Força minha gente, vamos produzir.
Abraços

ANTONIO DELGADO disse...

Amiga, Moura ao Luar, fala de quem: do presidente da Camara de Alcobaça ou do Ministro Mário Lino.

cordialmente
António Delgado

ANTONIO DELGADO disse...

Estimado A. João Soares,
Alcobaça mudou muito porque os efeitos do terceiro quadro comunitário fizerem-se sentir, em todos os âmbitos incluindo os da paisagem. Mas em relação aos seus políticos a população de Alcobaça anda muito desmotivada e deprimida com eles. Não acredita, neles, porque tomam as decisões menos próprias para as necessidades da região. E depois as populações, vêem o seu concelho regredir em relação aos circundantes. A fruta é um dos produtos desta terra que tem alguma reputação mas graças a um grupo de fruticultores. Há muito que fazer neste domínio, devido ao micro clima da região e quando boa parte das mentalidades não funcionar com subsídios mas pelo engenho e a determinação. E os políticos saibam ouvir as populações e configurem o concelho , com a necessidade delas e as potencialidades da região mas em rede com os outros que são vizinhos e tendo presente os grandes desafios que se avizinham .

Um abraço
António

Anónimo disse...

Um deserto destes é verdadeiro, mas os cadáveres são os nossos, e estarão em vala comum, a localizar em lugar ecologicamente adequado. Tantos anos a "proteger" o ambiente e o património, isto é, a usar o dinheiro do povo para conservar aquilo que nunca foi nem nunca será será seu: monumentos, parques naturais, reservas, recursos hídricos, atmosfera, etc., etc.
É preciso que se entenda de uma vez por todas o "modus operandi" desta praga jacobina que nos infecta e (des)governa. Faço minhas as palavras do "ambientalista céptico", em www.oambientalistaceptico.blogspot.com.

Saudações,

Valdemar

Zé Povinho disse...

O deserto fronteiro ao Mosteiro está em contadição evidente com o desvio das águas, feito pelos monges para a serventia do edifício e para a agricultura que desenvolveram e fomentaram na zona.
Existe de facto um grande deserto neste país, o de ideias inteligentes por parte de quem nos governa.
Abraço

ANTONIO DELGADO disse...

Caro Valdemar, tens toda a razão e a imagem foi mesmo construida para fazer entender essa versão por ti exposta. Infelizmente haverá alguns que como de costume vão dizer que eu exagerado. Simplesmente gostaria que as pessoas tivessem mais sentido comum e poder de critica para saberem quem as governa e as estultices que praticam em seu nome .

não consigo abrir o blog que referes e gostaria de o linkar no Ecos.

Um abraço fraterno para ti e todos ai em Cóz.
António

ANTONIO DELGADO disse...

Pois sim amigo Zé Povinho,
A desertificação das mentes, por parte da inteligência é terrível. Em Alcobaça há pelo menos dez anos que afectou o cérebro dos políticos de todos os quadrantes. Só por esta via se entende como permitiram que semelhante monstruosidade se alojasse em pleno centro de Alcobaça. E como muito bem diz é uma contradição com o sistema hidráulico impulsionado e revitalizado pelos monges. Uma região que no passado foi um verdadeiro equilíbrio entre a natureza as pessoas e a sua vida humana transformou-se na ultima década numa terra sem perspectivas com um futuro muito turvo e com pouca esperança.

Um abraço fraterno
António

Anónimo disse...

Caro António
Mais uma vez gostei da ideia.

É uma imagem árida á semelhança dos cérebros ocos dos vereadores da Câmara de Alcobaça, "liderados" por uma pessoa pateta, cuja densidade cerebral é por vezes semelhante á densidade da agua de côco, mas ácida e fétida.

Como não há penas para os incompetentes lá temos que suportar este actor até que a madeira enfraqueça .

PSD está a fazer um mau serviço a Alcobaça apoiando este sugeito.

Anónimo disse...

Palavras pra quê, meu amigo.
Ilustras bem o caos em que vai essa hermosa tierra...

Gostei da montagem que fizeste, com boa música a acompanhar o passo.

Um Abraço Fraterno

ANTONIO DELGADO disse...

Amigo José da Silva,

Metaforicamente a imagem tenta retractar aquilo que é neste momento a realidade sociocultural do Concelho de Alcobaça e da sua capital...um verdadeiro deserto e uma terra de esterilidade...parece um campo onde foi destribuido sal para que fique infecunda, como se fazia na antiguidade e se fez com os Tavoras. A imagem forte explica melhor a realidade que se vive presentemente em Alcobaça e região e é mais imediata que qualquer analise em texto. Este perderia-se no deserto do baixo nivel académico que tem as pessoas na região. Sobre a cabeça do preclaro presidente já imaginei desenhar Alcobaça a partir dela. O terreiro do Rossio como é despojado e árido adapta-se bem a ela e se o termo se pudesse aplicar, tanto terreiro deserto e careca seriam palavras homonimos. De facto a cabeça dele deve se ser tão lisa no interior como é no exterior. Em 1998 fiz uma caricatura, publicada na SEmana Cisterciense, a denunciar essa sua tão evidente caracteristica. Parece que só agora as pessoas começam a notar...mas eu não estou a dizer nada de novo mas apenas a repetir-me.
Um abraço
Antonio Delgado

ANTONIO DELGADO disse...

Dizes muito bem Ludovicus esta HERMOSA TIERRA que poderia ser um verdadeiro museu natural e de património construído não fossem a imbecilidade com que sistematicamente é governada. Depois há uns "opinion makers" que tem influência no meio, não pelo que valem mas pela sua conhecida nulidade em muitos lados menos nessa terra. Ela tem especial apetência para os encantadores de serpentes... Alcobaça é mesmo um caso para psicanalise colectiva. Alguns destes artistas não tem profissões certas, tanto são professores secundários, como são poetas ou historiadores ou não sei mais que outras coisas ...dando credito à a imprensa local. Mesmo assim lá vão governando a vida com folclore e pandeiretas . Pena é que as pessoas não tenham sentido comum e capacidade de analise e o discernimento necessário para verem no meio no meio de quem vivem. Supõem que amor à terra é não criticar deixar que gente sem nivel, cultura, preparação e sentido comum governem sem rei nem rock a sua terra e os seus monumentos. Como se estes fossem as suas quintas particulares e a dos seus amigos. Numa total endogamia que brada aos céus.

Um abraço fraterno e obrigado pela tua passagem.
António

Anónimo disse...

Desculpa António, o link completo do Blog é:

http://www.oambientalistaceptico.blogspot.com/

Um forte abraço,

Valdemar

ANTONIO DELGADO disse...

Caro Valdemar agora deu e já esta Linkado o teu sitio. Um abraço.
António

Anónimo disse...

Caríssimo Antonio Delgado, quando retornarás ao Brasil para trocarmos fados e "fardos"?!

Essa situação é muito semelhante ao nordeste brasileiro, em especial ao meu Ceará e ao Piauí.

Um abraço.

Mário Margaride disse...

Olá António,

Como diz o Ludo: palavras para quê!
Está à vista de todos com este exemplo.

Um grande abraço!

Jorge P. Guedes disse...

Lembro-me bem de ver letreiros anunciando: Fruta de Alcobaça. Isto para lá da bonita loiça!

Então já não se produz a boa frutinha?
E a Cister, ainda "mexe" ou é fenómeno do passado?

Cada vez mais me vou convencendo que por aí adoram mesmo o senhor senhor presidente. E não me admiro!

um abraço

ANTONIO DELGADO disse...

Amigo Carlinho,
se não fosse um assunto, muito importante que tenho até Setembro, estaria no Brasil...infelizmente não pode ser, mas já nos veremos. Sobre o que afirmas constata-se que a globalização da aridez mental e intelectual se espante . No entanto isso não quer dizer que tenhamos de ser passivos e aceitar. Ao contrário devemos erguer-nos com a globalização das estultices

Um abraço
António Delgado

ANTONIO DELGADO disse...

Pois sim Mário e o problema é que esta realidade parece que se está a normalizar com a apatia de todos.

Um abraço fraterno
António

ANTONIO DELGADO disse...

Pois sim Mário e o problema é que esta realidade parece que se está a normalizar com a apatia de todos.

Um abraço fraterno
António

ANTONIO DELGADO disse...

E lembra-se muito bem amigo JP. Se em Alcobaça existisse esclarecimento o comercio bem podia recuperar essas antigas tabuletas como forma de identidade local. Como vemos em cidades e pequenos comércios de países como Inglaterra, Holanda, Alemanha, França e até Espanha. E ao mesmo tempo recuperar-se um património que serviria para dar coesão a uma nova imagem da terra. Mas, ela como disse, está desmotivada pelas constantes amarguras que os políticos locais fazem passar as populações e sobretudo pela ignorância e mentira deles. Não há nada que una as pessoas. A fruta, sobretudo a maça é uma realidade que volta a emergir mas...já veremos! E a ginja de Alcobaça, o produtor, tem de ir comprar a matéria-prima a outras terras porque não é produzida em Alcobaça. A Câmara não apoia mas Óbidos parece que já se disponibilizou para ajudar o empresário detentor desta marca. A cerâmica tende a desaparecer porque como objecto de “recuerdo” já não atrai. E na cerâmica devia-se analisar o espírito empresarial Português e como estas fabriquetas surgem, medram e depois desaparecem. Quanto ao senhor presidente há um descontentamento geral, as pessoas chama-lhe de incompetentes e mentiroso para cima a verdade é que se tem revelado um enorme incapaz. E a sua incapacidade associada a certo tipo de mentalidade local já o elegeu por três mandatos... Alcobaça é um verdadeiro caso de estudo.

Um abraço fraterno
António

Maria Faia disse...

Olá António,

É como diz o Zé Povinho: " O deserto fronteiro ao Mosteiro está em contadição evidente com o desvio das águas, feito pelos monges para a serventia do edifício e para a agricultura que desenvolveram e fomentaram na zona."
Espelha bem o sentido contrário do pseudo-desenvolvimento de que tanto falam os nossos autarcas.
Ou não?!... Depende do que pretendem eles desenvolver... Concerteza, a avaliar pelas opções que praticam, obras que encomendam e desprezo pelos direitos mais elementares do povo, não se trata de desenvolvimento humano e de incremento do bem - estar social deste povo.

Bjo

António Inglês disse...

Meu caro António

Não é costume dizer-se que uma mentira repetida muitas vezes começa a ser verdade?
Que esperavas que alguém habituado a um deserto de ideias mandasse construir?
-Só poderia ser outro deserto não?
Um abraço
José Gonçalves

ANTONIO DELGADO disse...

Viva Maria Faia,

Sim é uma contradição, sobretudo quando se argumentou, com vivencias do passado para justificar a solução realizada. Como não votei em semelhante criatura não me pesa a consciencia. No entanto lamento ter de falar tantas vezes, numa personagem e em coisas que os Alcobacenses deveriam de contestar e denunciar com mais força e assiduidade.

Bjs António

ANTONIO DELGADO disse...

Pois sim Jose a cabeça do senhor é tão pelada como o terreiro de Alcobaça ou ainda pior.

Um abraço.
António